Em fevereiro de 2017, Uber e Visa iniciaram um projeto para incluir o cartão de débito no leque das opções de pagamento no aplicativo. O objetivo era levar o serviço da empresa para mais brasileiros e incluir digitalmente pessoas que não tinham cartões de crédito ou que queriam usar uma solução a mais do que o dinheiro em papel. Hoje, pouco mais de um ano após o lançamento do projeto, os números mostram um crescimento vertiginoso do cartão de débito e uma queda na participação do dinheiro em papel. Mais de 550 mil portadores Visa cadastraram seu cartão de débito na plataforma. Entre eles, 72% das viagens foram pagas por um meio digital, sendo 50% por débito.
Para tornar isso possível, a Uber se uniu com a Visa e com emissores brasileiros para disponibilizar o débito de uma forma que fosse segura e que oferecesse uma excelente experiência de usabilidade, além de inclusão digital. Foi então implementada a tecnologia, tornando a Uber uma das primeiras empresas no País a oferecer, em larga escala, pagamentos com débito sem maquininha, direto no app, sem necessidade de reinclusão de senha a cada operação.
“Há um ano, a Uber começou a aceitar pagamento em dinheiro e viu o número de viagens aumentar principalmente nas periferias, em um fenômeno que, para mim, prova a capacidade da nossa plataforma de mudar a mobilidade das nossas cidades”, diz Guilherme Telles, diretor-geral da Uber no Brasil. “A nossa expectativa é a de que esse processo continue, agora com parceiros como a Visa e com meios de pagamento mais modernos, como o débito online, tornando a Uber uma opção cada vez melhor para cada vez mais pessoas.”
Esse crescimento do débito em detrimento a outras formas de pagamento, como o dinheiro em espécie, está em linha com o resultado do estudo independente encomendado pela Visa à Roubini ThoughtLab: Cidades sem dinheiro em espécie: Compreendendo os benefícios dos pagamentos digitais. “Este estudo demonstrou que existem vantagens substanciais para consumidores, empresas e governos à medida que as pessoas aumentam a adoção de pagamentos digitais, como elevação do crescimento econômico, queda da criminalidade, aumento do nível de emprego, alta de salários e aumento da produtividade dos trabalhadores”, diz Edson Ortega, diretor de Risco da Visa do Brasil.
O estudo estima que o aumento no uso de meios eletrônicos de pagamento, como cartões e pagamentos móveis, poderia gerar um benefício líquido de até US$ 470 bilhões por ano nas 100 cidades estudadas – o equivalente a cerca de 3% do PIB médio de todas essas cidades. Se considerarmos São Paulo e Brasília, esse benefício chegaria a US$ 13 bilhões nas duas cidades juntas.
Outro ponto de destaque para o sucesso do projeto de débito na Uber foi a confiabilidade. Dados da VisaNet, rede de pagamentos da empresa, mostram que os índices de fraude com débito na Uber estão bem abaixo da média do mercado. Apesar do crescimento exponencial do uso do débito nos últimos meses de 2017, as taxas de fraudes no uso de Visa só caíram ao longo do ano, chegando a 0,1% do total das transações, no mês de dezembro.
“Confiabilidade é a base para inovação e não pode ser deixada nunca de lado. Nada nesse mundo digital pode ter sucesso em escala sem isso”, avalia Ortega.
E esse crescimento não deve parar por aí. Segundo dados mais recentes do Score Digital – modelo estatístico desenvolvido pioneiramente no Brasil pela Visa Consulting & Analytics -, quatro em cada dez brasileiros portadores de cartão Visa são digitais e mais de 71 mil compras digitais aconteceram por hora no país em 2017, um aumento de 25% quando comparado a 2016. Isso mostra o tamanho do potencial do projeto.
O segmento de aplicativo de transporte se destaca na quantidade de transações online, que juntamente ao de streaming, representam aproximadamente 30% das transações digitais realizadas em 2017.
“Isso é relevante pois são segmentos considerados porta de entrada para o consumo digital”, conta Ortega.
Para utilizar o débito Visa na Uber, os usuários que não usam cartões ao viajar com o app deverão cadastrar os seus na seção “Pagamentos”. Os que já utilizam o plástico, poderão optar pelo débito em vez do crédito quando quiserem, desde que os cartões sejam múltiplos, ou seja, aceitem as duas formas de pagamento (crédito e débito).