Inteligência artificial, realidade virtual e equipamentos ultramodernos, como drones, já estão no dia a dia de empresas que inovam para se manter no mercado. Na palestra “Organizações em tempos exponenciais: como se adaptar à velocidade das mudanças”, realizada na Casa Firjan, na terça-feira (14/08), grandes indústrias apresentaram suas estratégias de adaptação à nova economia. Gil Giardelli, professor convidado de instituições como a Universidades de Stanford e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), apresentou dezenas de exemplos para demonstrar que o futuro proporcionado pela inteligência artificial já chegou.
O debate integrou o ciclo de palestras que a Casa Firjan promove sobre a nova economia, às terças-feiras. Acesse aqui a programação. A Casa Firjan também oferece cursos e um FabLab, espaço para desenvolvimento de projetos colaborativos. Confira aqui tudo o que o a Casa Firjan oferece, como se inscrever nas atividades e horários de funcionamento.
No evento do dia 14 à noite, os cases citados por Giardellli foram de combustível à base de borra de café – um resíduo antes sem finalidade, que passou a alimentar 40% dos ônibus de dois andares de Londres –, ao design biológico, que permite a fabricação de tijolos que não deixarão rejeitos de construção na natureza. “A mudança é tão rápida que a empresa que não encarar a inovação estará se matando”, sentenciou.
Paulo César Carneiro Bueno, gerente industrial da Gerdau, contou que a centenária empresa desenvolveu programas que culminaram com a aplicação pioneira de conceitos de indústria 4.0 no setor siderúrgico. As inovações incluem o uso de drones para estoque de matérias-primas, um aplicativo que agenda as movimentações de carga e descarga dos produtos e a realidade virtual para treinamentos de segurança.
Outra novidade é o uso de inteligência artificial na classificação de sucata, o que reduziu a execução desse trabalho em 93 horas por mês. “Somos pioneiros na aplicação da inteligência artificial na siderurgia mundial, buscando transformar a Gerdau para termos mais 100 anos de história”, frisou Bueno.
Abertura a startups
A BR Distribuidora busca inovar para se aproximar do cliente. Para isso, criou um aplicativo que permite, por exemplo, enviar pedidos para suas lojas de conveniência, enquanto o consumidor abastece o carro no posto. Aspen Andersen, CIO da empresa, citou também o Edital de Inovação para a Indústria – Desafio de Startups Petrobras Distribuidora, lançado este ano com o objetivo de estimular soluções a serem alavancadas pelos Institutos de Inovação da Firjan SENAI. “Com essa iniciativa, a empresa se abre ao mercado para encontrar soluções não só com sua força de trabalho interno”, explicou.
A Cisco tem longo histórico de ações voltadas à inovação. O que mudou, segundo Eugenio Pimenta, diretor do Centro de Inovações da empresa, foi a escala das mudanças, em tempos exponenciais. Fazem parte da estratégia da multinacional a aquisição de tecnologia desenvolvida por terceiros, ações em parceria e o investimentos em venture capital (fundos voltados para o empreendedorismo).