Estado é um dos três no País em que competitividade do GNV supera a casa de 50% em relação aos dois combustíveis líquidos; metodologia do estudo calcula competitividade a partir da média de preços apurada pela ANP na segunda semana de novembro conforme rendimento de cada combustível
A economia para quem usa Gás Natural Veicular (GNV) no estado de São Paulo é de 56% em relação à gasolina e de 51% na comparação com o etanol, aponta estudo de competitividade realizado pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). A análise foi realizada com base em metodologia da Abegás que calcula o rendimento de cada combustível a partir da média de preços apurada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e divulgada em 18 em dezembro.
O custo do quilômetro rodado com GNV no estado de São Paulo é de R$ 0,18, enquanto com gasolina esse mesmo trecho sai por R$ 0,41 e com etanol, R$ 0,37. Quem roda 2.500 quilômetros mensais utilizando GNV e abastecendo em postos de São Paulo pode economizar, em média, R$ 570 (ante a gasolina) e R$ 466 (ante o etanol).
No estado de São Paulo, com a média de preços apurada pela ANP nos postos e divulgada no dia 18 de dezembro, o metro cúbico de GNV custa em média R$ 2,38 (média no Brasil é de R$ 2,73). Já a gasolina custa em média R$ 4,37 (média no País é de R$ 4,63) enquanto o etanol, em média, sai por R$ 2,75 (média no País é de R$ 3,33).
“O consumo de GNV vem subindo no País. Em nosso último levantamento, a alta foi de 15,3% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Essa curva de crescimento aumentou depois da greve dos caminhoneiros. O consumidor que converteu seu veículo sabe que o rendimento do metro cúbico de gás natural é muito superior ao dos combustíveis líquidos. E essa economia faz toda a diferença no final do mês”, afirma Augusto Salomon, presidente executivo da Abegás.
“Além de gerar renda e emprego para as pessoas, o gás natural contribui para a redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa e para a melhora da qualidade do ar, reduzindo, consequentemente os gastos públicos com saúde e melhorando a qualidade de vida da população. Defendemos a adoção de acordos estaduais para implementação de políticas públicas de incentivo ao uso de GNV, inclusive em veículos pesados de carga e transporte de pessoas, em substituição ao óleo diesel”, acrescenta Salomon.
De acordo com o levantamento mais recente da Abegás, o consumo de GNV em todo o País teve alta de 15,3% em outubro de 2018 na comparação com outubro de 2017 e de 12,3% na média do acumulado em dez meses de 2018 ante o mesmo período de 2017.
Atualmente, a frota brasileira movida a GNV é de cerca de 2 milhões de veículos, com predomínio de veículos leves (táxis, frota cativas, autônomos e particulares).
Metodologia do estudo
Para calcular as porcentagens de economia do GNV em relação a cada combustível, o estudo da Abegás utiliza dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Como referência para estimar a performance com cada combustível, a Abegás utiliza o Fiat Siena, veículo que traz em seu manual de fábrica o consumo médio com os três combustíveis. No Fiat Siena, com um metro cúbico de GNV, é possível percorrer em média 13,2 quilômetros enquanto com um litro de gasolina o carro anda 10,7 quilômetros e com a mesma quantidade de etanol, apenas 7,5 quilômetros.
Fonte: Levantamento da Abegás, com base em média de preços divulgada pela ANP no dia 18 de dezembro de 2018 e a performance de cada combustível segundo manual do Fiat Siena.
GNV é melhor para o meio ambiente
Entre todos os combustíveis fósseis disponíveis para aplicação em veículos de transporte de passageiros e cargas, o gás natural desponta como o mais limpo e sustentável, com um grande potencial para uma maior redução de emissões veiculares, quando comparado às emissões de um modelo similar a diesel. Veículos especialmente projetados para o uso de gás natural garantem uma redução de 23% na emissão de CO2 (gás causador do efeito estufa), de 90% de NOx (gases nocivos à camada de ozônio) e de 85% de material particulado (principal componente da fumaça preta).
Cinco coisas que você precisa saber sobre o GNV
1 – ECONOMIA — O GNV é comercializado em metros cúbicos enquanto o etanol e a gasolina são precificados em litros. Por isso, o que conta não é o preço da bomba, mas o rendimento. E o GNV proporciona um rendimento superior.
2 – INVESTIMENTO — O custo de uma conversão pode variar conforme a oficina. O valor é amortizado pela economia mensal. Quem roda aproximadamente 2.500 km/mês, por exemplo, pode recuperar o valor entre oito meses e um ano e usufruir integralmente da economia nos anos seguintes.
3 – PERFORMANCE E MANUTENÇÃO — Com o Kit GNV de Geração 5, totalmente eletrônico, a performance do carro praticamente não é alterada — a perda de potência é de apenas 3%, algo imperceptível até para um piloto profissional. Não há prejuízos para o motor. O Kit GNV de Geração 5 eliminou problemas como o ressecamento de mangueiras ou a necessidade de troca constante de velas. A partida do veículo é realizada pelo combustível original. Após o motor atingir a temperatura ideal, que gira em torno de 90ºC, o gás entra em operação. A manutenção segue o estabelecido no manual do veículo, sem necessidade de manutenção adicional.
4 – SEGURANÇA — O combustível é muito seguro. Menos inflamável que a gasolina ou o etanol, o GNV é mais leve que o ar e se dissipa rapidamente em caso de vazamento. Os equipamentos do Kit GNV Geração 5 seguem padrões internacionais de qualidade e segurança. E o cilindro de GNV é projetado com o mesmo material e normas, por exemplo, de um cilindro de oxigênio hospitalar. É fundamental fazer a conversão em uma oficina certificada pelo Inmetro.
5 – REDE DE ABASTECIMENTO — São mais de 1.600 postos credenciados para abastecer com GNV no País, presentes nas capitais e principais cidades e rodovias. Existem aplicativos para IOS e Android que informam onde estão localizados os postos.