Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, a alta de 4,4% em novembro de 2018 nas vendas do varejo restrito nacional, frente ao mesmo período de 2017, conforme divulgado pelo IBGE, deve-se principalmente a dois fatores: Black Friday e elevação da confiança do consumidor.
“É um número muito bom, puxado em grande parte pela Black Friday. É interessante observar que o ramo que mais cresceu foi o de artigos de uso pessoal e doméstico (16,9%), que inclui brinquedos, materiais esportivos, joias e lojas de variedades. Isso mostra que, embora a data comercial seja muito relacionada à venda de produtos eletrônicos pela internet, no varejo físico ? que vem abraçando a Black Friday de maneira cada vez mais intensa ?, a predominância é de produtos de menor valor, como panela, ferro de passar e utilidades domésticas”, analisa Burti.
Ele destaca que a elevação da confiança do consumidor brasileiro em novembro ? comportamento típico do período pós-eleitoral ? ajudou o varejo. “Passada a incerteza da eleição, o consumidor que estava postergando compras, por não saber exatamente o rumo do País, ficou mais à vontade, inclusive para comprar a prazo”. Em dezembro, o Índice Nacional de Confiança da ACSP subiu 4 pontos.
Por fim, o presidente da ACSP chama atenção para o crescimento de 4,8% no segmento de tecidos, vestuário e calçados, motivado pelas temperaturas mais elevadas na maior parte do Brasil, ajudando a moda primavera-verão.