O prefeito Bruno Covas prestigia, nesta sexta (25), dia do aniversário dos 465 anos de São Paulo, as comemorações dos 86 anos do Mercado Municipal Paulistano, o Mercadão. As festividades serão realizadas até o sábado (26) no próprio local, na Rua Cantareira, 306, região central.
Lá acontecerão representações artísticas de rua e apresentações dos grupos Maracatu Bloco de Pedra, Forfé e Trovadores Urbanos, além de dança cigana. Durante os eventos serão oferecidas ao público fatias do bolo de aniversário, que pesa cerca de meia tonelada.
Conhecido pela sua variedade gastronômica o ‘Mercadão’ recebe, semanalmente, cerca de 50 mil pessoas, que são atendidas por mais de 1.500 funcionários, movimentando por volta de 350 toneladas de alimentos por dia. Em datas comemorativas como Páscoa, Dia das Crianças e Natal, além dos períodos de Carnaval e volta às aulas, esse público dobra. Funciona de segunda-feira à sábado, das 6h às 18h, e aos domingos e feriados, das 6h às 16h. Para as negociações no atacado, atende de segunda a sábado, das 22h às 6h. Ao longo do ano lá são realizados shows, apresentações teatrais, feiras de artesanato e eventos diversos, atraindo os mais variados públicos. Em 2004, o prédio ganhou um mezanino com dois mil metros quadrados, onde funciona o Mercado Gourmet, espaço que conta com cozinha para aulas e eventos ligados à gastronomia, além de ampla praça de alimentação.
Ponto turístico
O Mercadão é visita obrigatória para turistas de todo o Brasil e de outros países. Em seus 261 boxes são negociados produtos de açougue, adega, embalagens, frios e laticínios, hortifrutículas, lanchonete, mercearia, padaria, peixaria, rotisseria, tabacaria e utilidades domésticas, além de possuir caixas eletrônicos e casa lotérica.
O local teve suas obras iniciadas em 1928. Foi projetado para substituir o antigo mercado que ficava na Rua 25 de Março. Como São Paulo era a cidade do café, sua localização, no quadrilátero entre as ruas da Cantareira, Comendador Assad Abdala, Mercúrio e Avenida do Estado, foi cuidadosamente pensada pois, na época, ficava próximo à rede ferroviária, na Estação Sorocabana, e às margens do rio Tamanduateí, próximo ao Porto Geral. Lá as mercadorias eram desembarcadas ou embarcadas e transportadas ao longo do rio.
A arquitetura do imóvel foi projetada para ser um marco histórico paulistano pelo arquiteto Ramos de Azevedo. Foi construído numa área de12.600 m²e possui pé direito que chega a16 metrosde altura. Reúne vários estilos arquitetônicos, o que lhe proporciona acabamento sofisticado, que explora a iluminação natural por meio de claraboias e telhas de vidro. Seus vitrais em estilo gótico foram criados pelo artista russo Conrado Sorgenicht, que também é o autor dos vitrais da Catedral da Sé, do Theatro Municipal, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Estação Sorocabana e de mais de 300 igrejas espalhadas pelo país. Ao todo, são 32 painéis subdivididos em 72 lindos vitrais.
Quando as obras terminaram, São Paulo se encontrava em meio aos combates da Revolução Constitucionalista de 1932, e o prédio se tornou depósito de armas e munições. Assim, sua inauguração ficou adiada para o ano seguinte, tendo a data do aniversário da cidade, 25 de janeiro, como o da sua abertura. No entanto, foi no final da década de 1930, com o surgimento das primeiras linhas de bonde na região, que a popularidade do Mercadão começou a crescer. Durante os anos 60, graças ao esforço dos proprietários dos boxes, feirantes e simpatizantes, que inscreveram o prédio no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), foram conseguidos recursos para restaurá-lo, evitando uma demolição que estava sendo planejada. Outras duas pequenas reformas no local foram feitas entre 1970 e 80.
CidadeMarketing com informações da Prefeitura de São Paulo.