A segunda-feira de carnaval (4) é uma das mais aguardadas e celebradas por adeptos e simpatizantes de manifestações afro-brasileiras. Neste dia, ocorre a Noite dos Tambores Silenciosos. A cerimônia ocorre no bairro de São José, há mais de 60 anos.
Vinte e sete nações de maracatu de baque virado saem em cortejo no Pátio do Terço para reverenciar os ancestrais africanos que sofreram e foram mortos durante a escravidão no Brasil colonial.
Os maracatus estão vinculados ao candomblé e, possuem um orixá como patrono. Além do rei e da rainha, os grupos são compostos por estandarte, a calunga – que é uma boneca que incorpora a força ancestral, carregada pela dama-de-paço.
Os maracatus começam o cortejo às 18h. O auge da celebração acontece à meia-noite. Os tambores param de tocar, o babalorixá Tata Raminho de Oxossi passa a comandar a cerimônia e cânticos em iorubá são entoados. Antes de Raminho, a cerimônia era guiada pela mãe de santo dele, Sinhá Eugênia da Costa.