Estima-se que 3 milhões de pessoas, das quais mais da metade, crianças, precisem urgentemente de ajuda humanitária no Malawi, Moçambique e Zimbábue após a passagem do ciclone Idai – o pior desastre que atingiu o sudeste da África em pelo menos duas décadas. Hoje o UNICEF lançou um apelo para arrecadar US$122 milhões para ajudar em sua resposta humanitária pelas crianças e famílias devastadas pela tempestade e por seus efeitos nos três países afetados pelos próximos nove meses.
“A escala maciça da devastação provocada pelo ciclone Idai está tornando-se mais clara a cada dia”, afirmou a diretora executiva do UNICEF, Henrietta Fore, que visitou a Beira, devastada pela tempestade, em Moçambique, na semana passada. “A vida de milhões de crianças e famílias está em risco e precisamos urgentemente de uma resposta humanitária rápida e eficaz em todos os três países”.
Espera-se que a situação nos locais atingidos piore antes que melhore à medida que mais áreas afetadas pelo ciclone se tornem acessíveis. Há também muito pouco tempo para evitar a disseminação de doenças oportunistas. As condições atuais – água estagnada, falta de higiene, corpos em decomposição, superlotação em abrigos temporários – podem facilmente levar a surtos de diarreia, malária e cólera, aos quais as crianças são especialmente vulneráveis.
O UNICEF também está profundamente preocupado com a segurança e o bem-estar de mulheres e crianças que estão amontoadas em abrigos temporários e em risco de violência e abuso, bem como crianças que ficaram órfãs ou separadas de suas famílias por causa da tempestade.
“O UNICEF já trabalhava nas áreas atingidas antes do desastre e, por isso, conseguiu iniciar a sua operação de emergência imediatamente. Para conseguir fazer o nosso trabalho, estamos mobilizando recursos em todo o mundo. Os brasileiros podem doar e ajudar a mudar a vida de milhões de crianças diretamente afetadas por esse desastre”, disse Florence Bauer, representante do UNICEF no Brasil. “Essa solidariedade já nos ajudou em emergências na Síria, Haiti, Nepal, entre outras. Agora, contamos com esses recursos para as crianças e os adolescentes de Moçambique, Malawi, Zimbábue”, completou.
Em Moçambique, o país mais afetado, 1,85 milhão de pessoas, incluindo 1 milhão de crianças, precisam urgentemente de assistência. Na Beira, há danos críticos em infraestruturas e inundações intensas em áreas urbanas, uma vez que a água não tem para onde ser drenada. As águas da enchente danificaram as plantações pouco antes da época de colheita, com até 50% da produção anual de culturas de Moçambique destruída.
No Malawi, mais de 869 mil, incluindo 443 mil crianças, foram afetadas, com mais de 85 mil pessoas deslocadas.
No Zimbábue, mais de 270 mil pessoas foram afetadas, metade das quais são crianças.
O UNICEF está aumentando sua resposta para as crianças e famílias afetadas em cada um dos três países, trabalhando para ampliar o acesso a serviços de saúde, água, saneamento e higiene e educação. O UNICEF e seus parceiros também estão se concentrando em prevenir um aumento na desnutrição, identificar crianças que podem ter ficado órfãs ou separadas de suas famílias e levar as crianças de volta à escola.
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