Nesta quinta-feira 18/4, o domínio “.br” completa 30 anos com 4 milhões de nomes registrados, cobrindo as mais variadas iniciativas conectadas à Internet no Brasil. Nessas três décadas, o “.br”, operado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), firmou-se como um dos “domínios de topo para código de país” (ccTLD ou country-code Top Level Domain) mais bem-sucedidos do mundo. São mais de
No dia 18 de abril de 1989, Jon Postel (IANA), responsável pela atribuição de domínios de topo, delegou o “.br” ao grupo que operava redes acadêmicas à época na Fapesp. Inicialmente o “.br” foi usado para identificar máquinas no ambiente acadêmico, e os registros eram poucos e feitos manualmente. “Postel considerou que a comunidade brasileira já tinha maturidade para administrar o ‘.br’ e o delegou”, lembra Demi Getschko, diretor presidente do NIC.br, um dos integrantes do grupo.
Em 1991, com o acesso à Internet já estabelecido no Brasil, foi criada uma estrutura de nomes sob o “.br” contemplando os subdomínios “gov.br”, “com.br”, “net.br”, “org.br” e “mil.br” – respectivamente destinados ao Governo, empresas, organizações sem fins de lucro e forças armadas. A partir da expansão da Internet no País na área comercial em fins de 1994, o “.br” passou a crescer rapidamente: de 851 domínios registrados em 1995, alcançava mais de 7.500 nomes no mês de dezembro de 1996. O processo passou a ser automatizado e a marca de 1 milhão de domínios foi atingida em 2006, dez anos após. A trajetória dos 30 anos do “.br” é narrada por Demi Getschko em vídeo animado — veja aqui.
Os 4 milhões de nomes registrados colocam o domínio brasileiro entre os maiores do mundo. Dentre os cerca de 300 domínios de País que existem (ccTLDs), o “.br” é o 7º mais popular. Em sua evolução, o “.br” manteve suas características específicas, como a preservação da semântica das categorias de nomes. Assim, com a criação de novos subdomínios, passou a ter mais de 120 opções. Há categorias para interesses específicos (como “ong.br”, “art.br”, “eco.br”), para profissionais liberais (“bio.br”, “adm.br”, “mus.br”, “med.br”, “eng.br”, entre outros), que identificam cidades (por exemplo, “rio.br”, “manaus.br”, “cuiaba.br”, “floripa.br”, “foz.br”), entre outras.
No Brasil, 92% das empresas que possuem website usam o domínio “.br”, de acordo com a pesquisa TIC Empresas 2017, do CGI.br, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do NIC.br. Mais detalhes sobre os números que marcaram a história do “.br” estão no infográfico animado: http://youtu.be/cGeKlwVbCNk.
Diferenciais e benefícios
Além da variedade de opções com os mais de 120 subdomínios disponíveis, os 30 anos de experiência mostraram solidez técnica e operacional. O “.br” diferencia-se de outros domínios, inicialmente por ser restrito a indivíduos e empresas no País, e também por adotar recursos de segurança como autenticação em duas etapas (token), resolução de DNS com garantia de segurança e criptografia (DNSSEC). A resiliência é aumentada com as numerosas cópias de servidores que possui no Brasil, além de manter servidores estrategicamente espalhados pelo mundo (Estados Unidos, Europa e Ásia). O valor praticado pelo registro, além de estar entre os mais baixos internacionalmente, mantem-se estável por longos períodos.
O recente recurso de “redirecionamento de página” do “.br” contribui para que usuários das mais diversas áreas e aplicações possam escolher uma forma estável e perene para sua identificação na Internet. Ao utilizar o redirecionamento, os usuários do “.br” podem conduzir seu público a páginas de redes sociais, ou a qualquer outra URL, com a flexibilidade de alterar o endereço no momento que desejar, sem perder sua identidade original.
Para Getschko, outra razão relevante para registrar um ‘.br’ é saber que o NIC.br investe suas receitas em ações que visam a melhorar a Internet no Brasil. Além de manter a estrutura técnica de excelência para atividade principal de registro e publicação de nomes de domínio, retribuímos a confiança dos brasileiros promovendo atividades como implementação e operação de Pontos de Troca de Tráfego Internet, cursos de capacitação para diversos profissionais, produção de pesquisas sobre o uso da Internet, entre tantas outras ações e projetos.