Atualmente, o Brasil tem quase 2,5 milhões de crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos trabalhando, segundo o IBGE. Eles trabalham na agricultura, pecuária, em comércio, domicílios, nas ruas, em construção civil, entre outros setores.
A manutenção do trabalho infantil se dá, em grande parte, pela cultura enraizada em nossa sociedade de que é melhor a criança ou adolescente estar trabalhando do que estar na rua. Ainda existe o mito de que trabalho infantil ensina valores morais. As crianças que trabalham de forma irregular, sob riscos, têm seus sonhos, suas rotinas de aprendizado e proteção substituídos por uma rotina de exposição a riscos e traumas.
Para ajudar a conscientizar a sociedade sobre a importância dessa causa, o Ministério Público do Trabalho está lançando a campanha “Toda Criança é Nossa Criança. Diga Não ao Trabalho Infantil”, que tem um filme de animação como principal peça de divulgação. A iniciativa integra o posicionamento de comunicação adotado pela instituição desde 2017, com a hashtag #ChegaDeTrabalhoInfantil.
O filme conta a história de Beto, um adolescente de 14 anos em situação de vulnerabilidade social, que vivia de catar latinhas na rua. Um dia, seu Elias, dono de uma fábrica, resolveu dar um emprego de carregador de caixas ao Beto. Afinal, pensava ele, “melhor trabalhar do que ficar na rua, ou do que roubar”. A partir daí se desenrola toda a trama da peça animada, que culmina no oferecimento de um programa de aprendizagem pelo empregador, gerando oportunidades aos adolescentes e uma notável melhoria na comunidade do seu entorno.
O objetivo do desenho animado é conscientizar a sociedade sobre os mitos que envolvem o trabalho infantil. Muitas vezes, ao oferecer trabalho para crianças e adolescentes, as pessoas acham que estão ajudando-os a sair da rua, a ter um futuro, mas na verdade estão contribuindo para a perpetuação de um ciclo de miséria, podendo até trazer prejuízos graves à formação física, intelectual e psicológica desse jovem ou criança. Tudo tem o seu tempo. Lugar de criança e adolescente é na escola. Só a partir dos 14 anos os jovens podem exercer atividades de formação profissional em programas de aprendizagem, com todas as proteções garantidas.
Ficha técnica
Cliente: Ministério Público do Trabalho
Agência: C4 Publicidade – Campinas
Animação e Ilustrações: Vetor Zero/Lobo
Criação: Pedro Pletitsch, Fabio Rodrigues, Bruno Garófalo e Luiz Filipe Peres
Planejamento: Pedro Pletitsch
Mídia: Flávia Tonon Gallo
Atendimento: Henrique Leme, Erik Curado e Camila Alves
Aprovação cliente: Dr. Ronaldo Lira e Dra. Giselle Oliveira