A bacia hidrográfica do Rio Miringuava é a principal fonte de água de
São José dos Pinhais, abastecendo inclusive parte de Curitiba e outros
municípios metropolitanos. Cerca de 230 mil pessoas, além de indústrias e
produtores agrícolas, dependem do fornecimento de água que vem da bacia.
Entretanto, isso pode ser comprometido caso a área não passe por ações de
conservação. Para contribuir com a segurança hídrica no futuro e com a
realidade socioeconômica da região, a Fundação Grupo Boticário lança o movimento
Viva Água em parceria com o Instituto Renault, que busca conscientizar e
mobilizar a sociedade para cuidar da bacia do Miringuava.
“No Instituto Renault estamos sempre buscando projetos que impactem
positivamente a sociedade. Conservar e restaurar a bacia do Rio Miringuava é
uma ação do presente que com certeza trará muitos benefícios futuros,
garantindo a continuidade do fornecimento de água para Curitiba e região
metropolitana”, afirma Caique Ferreira, vice-presidente do Instituto Renault e
diretor de Comunicação da Renault do Brasil.
O movimento Viva Água busca também outros apoiadores da indústria,
comércio, poder público e sociedade civil organizada para colocar em prática um
plano de melhoria da infraestrutura natural e alavancagem de negócios com
impacto social e ambiental positivo na bacia do Rio Miringuava. Miguel
Krigsner, presidente do Conselho Curador da Fundação Grupo Boticário, destaca
que “O movimento é uma ação estratégica para garantir a segurança hídrica a
longo prazo e promover uma transformação ambiental e socioeconômica na região
da bacia, beneficiando todos aqueles que necessitam dessa água para suas
atividades, seja para a saúde e o bem-estar ou mesmo econômicas”.
Diante do papel vital dos recursos hídricos para toda a sociedade, o movimento
Viva Água irá investir R$ 1,5 milhão para os primeiros 18 meses do projeto. A
previsão é de que ao todo R$ 6 milhões sejam direcionados nos próximos 5 anos
para alavancar as estratégias de conservação e restauração.
Para ampliar o impacto da iniciativa, o movimento também concentrará esforços
para articular parceiros na região. “Queremos mostrar para atores de diferentes
setores a dependência que negócios e a população têm dos serviços oferecidos
pela natureza. A partir dessa conscientização, esperamos que, além de
trabalharem com o aumento dos níveis de ecoeficiência interna, também estejam
alinhados com ações de conservação da água na sua origem, olhando para fora do
seu negócio”, afirma o diretor-presidente da Fundação Grupo Boticário, Artur
Grynbaum.
A bacia do Rio Miringuava
Entre os problemas encontrados na bacia hidrográfica do Rio Miringuava estão
questões como a escassez hídrica e a grande quantidade de sedimentos nos rios.
Em 2018, durante um período de estiagem, muitos poços secaram e os agricultores
da região enfrentaram racionamento de água. Já em períodos de chuva intensa,
como o enfrentado no final de maio, a quantidade de sedimentos no rio aumenta,
podendo limitar a disponibilidade de água e sobrecarregar o sistema de tratamento,
acarretando possível elevação de custo e tempo com o tratamento da água.
Diante da importância da bacia do Miringuava para o abastecimento da região, um
reservatório está sendo construído na região para garantir o fornecimento
contínuo de água. O novo reservatório é um investimento da Sanepar, que já
possui uma Estação de Tratamento de Água na bacia. “O Rio Miringuava é um dos
mais importantes para São José dos Pinhais seja pela biodiversidade no seu
entorno da nascente à foz; seja pela importância econômica, tanto para
agricultores, quanto para o turismo rural e as indústrias; e ainda pelo
fornecimento de água para o abastecimento da nossa cidade e em breve das
cidades vizinhas, considerando a barragem que está em construção”, declara o
prefeito de São José dos Pinhais, Toninho Fenelon.
Porém, sem processos de restauração e conservação do patrimônio natural na
região, a disponibilidade hídrica da bacia e a qualidade da água que chega para
tratamento continuarão a ser comprometidas. “Muitas áreas de preservação
permanente encontram-se degradadas na bacia do Miringuava e características de
uso e ocupação do solo na região contribuem para o aumento da quantidade de
sedimentos e poluentes nos corpos d’água da bacia. Preservar e recuperar a
vegetação nativa, assim como a adoção de melhores práticas de uso do solo,
podem contribuir para melhorar este cenário”, explica a diretora-executiva da
Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes. Além da restauração e conservação, o
movimento pretende incentivar a agricultura sustentável e o turismo rural na
região.
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