Início Artigos Martha Gabriel Inteligência Artificial vs Inteligência Humana: porque “together is better”

Inteligência Artificial vs Inteligência Humana: porque “together is better”

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Divulgação/ Blog Martha Gabriel

Se você decidiu ler esse texto é porque, provavelmente, está entre as pessoas que estão percebendo a grande reestruturação que está acontecendo atualmente em todas as dimensões da vida humana em função da transformação e aceleração da tecnologia. Uma das nossas maiores inquietações hoje — se não a maior –, tem sido redescobrir o nosso papel em um mundo cada vez mais populado por outro tipo de seres: os digitais. Até recentemente, ser humano significava ser o mais inteligente entre todos os seres no planeta – e graças a essa superioridade, ao longo da história, nossos ancestrais evoluíram, dominaram e conquistaram a seu bel prazer. Essa mesma inteligência que nos trouxe até aqui também tem nos permitido criar outros seres inteligentes, artificiais, que tendem também a evoluir (com a nossa ajuda) para se tornarem completamente autônomos em algumas décadas.

Assim, com o avanço acelerado dos algoritmos de inteligência artificial nos últimos anos, a nossa situação humana de supremacia entre os seres no planeta tende a se modificar, e a pergunta que não quer calar é: o que acontecerá com a humanidade quando existirem entre nós seres mais inteligentes do que a gente? Essa é, indubitavelmente, uma questão legítima, pois será um acontecimento inédito na história da humanidade: nunca lidamos com isso antes, mas precisamos, rapidamente, descobrir como viver, e conviver com esses seres digitais inteligentes, nesse cenário que se torna, a cada dia, mais real.

Nesse contexto, ao mesmo tempo em que a tecnologia continua avançando implacavelmente em ritmo exponencial, adquirindo inteligência, a humanidade se debate tentando acompanhar essa velocidade frenética de mudança para que, no final do dia, continue mantendo a sua relevância no contexto tecnológico emergente. Toda a nossa evolução humana se baseou nesse princípio fundamental – nos adaptarmos o mais rapidamente possível ao novo ambiente que se apresenta. Seres que não conseguiram se adaptar na história do mundo, como os dinossauros, por exemplo, foram extintos. Portanto, a nossa questão essencial é: como se adaptar para ter sucesso nesse mundo, em que seres artificiais cada vez mais inteligentes conviverão conosco

Essa jornada já começou, quer percebamos, ou não – inúmeras decisões hoje já são tomadas por sistemas inteligentes e temos interagido cada vez mais com robôs, em todo tipo de interação imaginável

Dessa forma, admitindo que estamos trilhando um caminho irreversível para a superinteligência artificial em um futuro próximo, a melhor forma para solucionarmos a equação da relevância humana nesse cenário é compreender as diferenças entre as inteligências artificial e humana, e o que cada uma faz melhor. Nesse sentido, listei as características dominantes de cada tipo de inteligência, e fiz em um comparativo de habilidades na imagem a seguir:

Como podemos observar, as forças principais da inteligência artificial hoje são bastante distintas da inteligência humana, e em sua maior parte, complementares. Nesse contexto, duas conclusões tornam-se bastante claras:

  1. Não adianta tentar competir com as máquinas naquilo em que elas são melhores do que nós: perderemos sempre; 
  2. Precisamos abandonar comportamentos humanos repetitivos – braçais ou mentais — que podem ser facilmente substituídos por máquinas e nos dedicar a desenvolver as habilidades humanas em que somos melhores do que elas.

Se passarmos a nos concentrar no que somos melhores e deixarmos as máquinas nos substituírem no que não somos tão bons, a nossa evolução tende a um cenário em cada “ser” – humano e artificial – contribua com suas forças, de forma complementar, em que as máquinas nos ampliem. O estudo Gartner “Top Technology Trends in Data & Analytics That Will Change Your Business”, que será apresentado no Gartner IT Symposium/Xpo São Paulo aponta diversas tendências de ampliação (augmentation) aplicadas a negócios. Por exemplo, a Augmented Analytics tem trazido resultados impressionantes em aceleração de descobertas na área de agricultura ou na nutrição de leads no varejo (ampliando com Machine Learning a capacidade humana de fazer análises para a tomada de decisão).

Nessa linha de evolução, esse mesmo estudo prevê que até 2022, mais da metade dos novos sistemas de negócios incorporarão Inteligência Contínua (continuous intelligence), que usa dados contextuais em tempo real para melhorar as decisões.

Assim, o futuro irreversível é inteligências humana e artificial trabalhando together – por um lado, o desafio da humanidade é se adaptar continuamente para encontrar o seu lugar no mundo de máquinas mantendo sua relevância e se ampliando nesse processo; por outro, o desafio das organizações é se transformar continuamente para conseguir otimizar a utilização dos recursos disponíveis no ambiente de forma o maximizar resultados. Portanto, together is better

Para conhecer as demais tendências que estão transformando os negócios, e aprender como utilizar tecnologia e dados para melhorar os seus resultados, participe do Gartner IT Symposium/Xpo São Paulo, de 28 a 31/outubro. Te vejo lá para continuarmos essa discussão e a nossa evolução 😉

Acesse o site da Martha Gabriel

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