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Após um período de crise, Ricardo Eletro retoma forte crescimento

No primeiro semestre de 2019, empresa apresentou um aumento de 50% no faturamento em relação ao mesmo período do ano anterior

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Divulgação

Após um período de crise, reforçada pela recessão econômica brasileira, a Ricardo Eletro – rede varejista com quase 500 lojas pertencente ao grupo Máquina de Vendas -, que desde março deste ano recebeu investimento da gestora Starboard Asset, apresentou um aumento de 50% no faturamento no primeiro semestre de 2019 comparado ao mesmo período do ano passado, e já comemora os resultados positivos da reestruturação que teve início em 2017.

Houve, ainda, 85% de aumento da venda em comparação com o 1º tri deste ano em termos de same store sales (SSS) – comparativo entre as mesmas lojas no período anterior. Desconsiderando os períodos de sazonalidade do ano, todas as categorias registraram aumento de dois dígitos.

Como foi necessário o enxugamento das despesas operacionais e dentro do processo de turnaround, a Ricardo Eletro já começou a ter caixa positivo e atingiu o breakeven  (ponto de equilíbrio) de EBITDA (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em junho, sendo que em julho a crescente permanece sólida. Para fins de comparação, a Ricardo Eletro fechou 2018 com EBITDA negativo em R$ 450 milhões e espera terminar 2019 com EBITDA em torno de positivos R$ 50 milhões.

Como estratégia de entrada, após o investimento, a Ricardo Eletro fez diversas alterações operacionais no curto prazo, com o reforço na diretoria de pricing, diretoria comercial e diretoria de recursos humanos, focando sempre na operação da rede.

Nos últimos meses, as prioridades da empresa foram as negociações de pendências com fornecedores e parceiros, acordos com colaboradores e o investimento na experiência do consumidor. Para o sócio da Starboard e presidente do Conselho de Administração do Grupo Máquina de Vendas, Pedro Bianchi, o principal foco é resgatar a confiança na empresa, para tanto é preciso solucionar questões pendentes, trazer de volta os fornecedores e reposicionar a marca como um dos maiores varejistas do país, como de fato é.

Os esforços da reestruturação já estão dando resultados: a empresa que registrava um faturamento anual de R$ 2 bilhões em 2018, está apresentando evolução contínua e a expectativa é fechar 2019 em R$ 3 bilhões. “Já para 2020, a expectativa é ainda maior, ficando na casa dos R$ 4,8 bilhões”, comemora Bianchi.

Para tanto, a Ricardo Eletro está investindo fortemente na área digital, com o Marketplace e melhorias no e-commerce, novos processos de logística, ações para fortalecimento da marca e de comunicação com o cliente, regionalização e recursos humanos. “Em julho de 2019, alcançamos um faturamento 85% maior comparado com as mesmas lojas e o mesmo período do ano passado, representando R$62 milhões.

Cliente em primeiro lugar

Melhorar a logística era uma das prioridades da empresa, por isso foi realizado o investimento em novas formas de entrega, estoque, unificação do sistema de vendas, ganho de eficiência e tecnologia.

Entre as conquistas da Ricardo Eletro, nesse sentido, está a disponibilização da Prateleira Infinita para os consumidores, pick-up store (retirada em loja) e a reformulação total do site. “Estão programadas muitas melhorias. A ideia é oferecer para todo o Brasil uma experiência omnichannel. Uma das novidades será o carnê eletrônico, que facilitará para quem quer comprar online, mas não quer usar cartão de crédito”, afirma Bianchi.

O site da Ricardo Eletro já registra mais de 150% de aumento de vendas e o objetivo é horizontalizar de forma agressiva a plataforma. “O intuito é que o cliente entre no site da rede varejista e tenha uma experiência completa antes, durante e depois da compra. Para isso, estamos investindo em empresas de tecnologia, que irão acelerar esse processo para o segundo semestre e para o próximo ano. Estamos mais preocupados em vender experiências do que produtos em si”, diz Bianchi.

Confiança e credibilidade

Outra etapa para esse reposicionamento foi abrir os canais para negociação com fornecedores, colaboradores e parceiros, colocando os valores da empresa como confiança e credibilidade em primeiro lugar.  O setor de Recursos Humanos (RH) tem sido um dos principais pontos de investimento dentro da Ricardo Eletro. Para o sócio da Starboard, Pedro Bianchi, investir no colaborador, garantindo inclusão e diversidade, é fundamental para que qualquer empresa cresça de forma sustentável. “A contratação ativa de Pessoas com Deficiência (PcDs) e familiares de PcDs para trabalhar em nossa área administrativa e no setor de vendas é parte dessa estratégia”, afirma. Além da contratação em si, haverá a criação de campanhas internas e treinamentos aplicados por consultoria especializada, que visam sensibilizar e engajar os demais colaboradores, promovendo a real inclusão. “Nosso foco está no ser humano e na construção de uma sociedade inclusiva e diversa, mostrando que também é possível ter lucro nesse modelo”, finaliza Bianchi.

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