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Na Black Friday o gasto médio estimado por pessoa é de R$ 1.132, apontam CNDL/SPC Brasil

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Na próxima sexta-feira, dia 29 de novembro, será realizada a 10ª edição da Black Friday no país. Ao se consolidar como uma das mais importantes datas para o varejo, a ação deve refletir um amadurecimento do consumidor, cada vez mais consciente em tomar cuidado para garantir as melhores ofertas e não ser enganado. É o que aponta pesquisa realizada em todas as capitais do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Os dados revelam que este ano quatro em cada dez (39%) brasileiros só pretendem adquirir algum produto se as ofertas realmente valerem a pena — um crescimento de sete pontos percentuais em relação a 2018. Em contrapartida, metade (50%) disse ter intenção de fazer compras na Black Friday. Apenas 11% não devem aproveitar as promoções.

Esse comportamento do consumidor também pode ser observado na decisão da compra. A pesquisa indica que nove em cada dez (91%) entrevistados planejam pesquisar preços antes de adquirir algum item, principalmente para confirmar se os produtos realmente estão na promoção, ou seja, com preços mais baixos do que o normal (54%). Considerando aqueles que pretendem buscar informações sobre as ofertas, 40% afirmaram que olhariam os preços a menos de 30 dias da Black Friday, enquanto 28% fariam pesquisa com um mês de antecedência e 11% até dois meses antes. Outros 13% só devem verificar preços no dia do evento. Os meios mais utilizados apontados para fazer a pesquisa são sites e aplicativos que fazem comparação de preços e produtos (55%), sites das lojas (52%) e portais de busca (42%).

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a Black Friday deste ano promete ser diferente em relação aos outros anos. “O consumidor brasileiro está mais exigente, em busca de experiências e bons descontos. Tanto é que já começa a se preparar com antecedência para as promoções e pesquisar as ofertas antes de sair comprando. Esse novo cenário abre oportunidades para o varejo que terá a chance de oferecer produtos com preços atrativos e alavancar as vendas, seja no ambiente físico ou on-line”, destaca.

Gasto estimado com compras é de R$ 1.132 por pessoa; 40% devem passar a madrugada conectados à internet para conseguir boas ofertas

Entre os que pretendem comprar produtos com descontos, 76% consideram a data uma oportunidade de adquirir itens que estejam precisando com preços mais baixos. Além disso, 32% querem antecipar os presentes de Natal de olho nas promoções e 17% planejam aproveitar as ofertas mesmo sem necessidade de comprar algo no momento. Em relação aos que não pretendem fazer compras na Black Friday, os principais motivos apontados são falta de dinheiro (35%), prioridade em pagar dívidas (18%) e falta de necessidade de comprar algum produto (16%). Também há aqueles que não acreditam na veracidade dos descontos oferecidos, que somam 15% da amostra.

Considerando os que realizaram compras no ano passado, 35% esperam adquirir mais produtos em 2019, 23% planejam comprar menos e 20% a mesma quantidade. Quanto à intenção de gastos, os entrevistados estão divididos: 32% pretendem desembolsar mais este ano e outros 32% menos. Por outro lado, 24% devem gastar o mesmo valor. Entre os que têm intenção de gastar mais, 31% justificaram que vão às compras por precisarem adquirir mais produtos. Mesmo percentual (31%) pode ser observado entre os que afirmaram que pretendem comprar mais por terem economizado ao longo do ano para desembolsar na data.

Em média, os consumidores devem comprar cerca de três produtos e desembolsar R$ 1.132. No entanto, 40% dos entrevistados ainda não definiram o quanto pretendem gastar. De acordo com o levantamento, a expectativa dos consumidores para este ano é de que haja um desconto médio de 45% nos produtos e serviços ofertados.

A pesquisa também investigou os locais que os consumidores devem fazer as compras. As lojas on-line (77%) mantêm a preferência dos consumidores. Na sequência, aparecem as lojas físicas (54%), como os shopping centers (33%), as lojas de rua e de bairros (28%) e os supermercados (16%). Outro dado aponta que 68% estão evitando algum tipo de compra em outubro e novembro para aproveitar as ofertas da Black Friday. Além disso, quatro em cada dez (44%) consumidores pretendem comprar na semana do evento, enquanto 27% irão às compras no dia e 13% pretendiam ir na primeira quinzena de novembro.

Somente 18% devem madrugar na porta das lojas físicas para garantir as compras, enquanto 73% não têm essa intenção. Ao mesmo tempo, 61% dos que trabalham esperam se manter conectados durante o expediente para ficar sabendo das melhores ofertas e 40% devem passar a madrugada conectados à internet para garantir a compra dos produtos.

Itens de vestuário, eletrodomésticos e smartphones lideram ranking de produtos mais procurados; 72% planejam pagar compras à vista

Na lista de itens mais procurados, as roupas lideram a lista de compras dos consumidores, com 36% das menções. Os eletrodomésticos aparecem em segundo lugar no ranking (31%), representando um aumento de 6 pontos percentuais na comparação com 2018. Calçados ocupam a terceira posição (29%), enquanto celulares e smartphones vêm na sequência (28%) entre os produtos que devem ser mais adquiridos nesta Black Friday.

De acordo com o levantamento, sete em cada dez (72%) entrevistados querem pagar pelas compras à vista — crescimento de 7,3 pontos percentuais em relação a 2018 —, principalmente em dinheiro (48%) e no cartão de débito (34%). Ao mesmo tempo, 73% mencionaram optar pelo crédito, em especial a modalidade de cartão de crédito parcelado (45%) e cartão de crédito em parcela única (26%). No caso dos consumidores que irão pagar de forma parcelada, a média será de seis prestações.

“É um sinal positivo parte significativa dos consumidores sinalizarem que devem realizar as compras à vista, sem se endividar. O país atravessa um momento delicado, de recuperação tímida e gradual na economia, ainda com poucos reflexos práticos e favoráveis para a população. Muitas pessoas têm se esforçando para manter as contas em dia. Vale lembrar ainda que há os gastos com compras de Natal e compromissos de início de ano, que incluem despesas com escola, IPTU, e IPVA, por exemplo. O ideal, portanto, é planejar bem o orçamento”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Maioria dos entrevistados achou que Black Friday 2018 teve ofertas reais; 42% compraram por impulso e 11% ficaram com nome sujo

Questionados sobre a experiência com a Black Friday 2018, 81% dos que fizeram compras consideram que valeu a pena. Para a maioria (91%), os descontos anunciados pelas lojas foram reais e 86% não encontraram problemas com as compras. Apenas 12% enfrentaram algum tipo de contratempo, especialmente com os descontos não aplicados ao efetuar o pagamento (4%). Entre os que tiveram problema na edição passada, 60% destacam que conseguiram resolvê-lo, embora 40% não tenham conseguido.

A pesquisa revela que um em cada cinco entrevistados admite que costuma gastar mais do que pode com as compras na Black Friday (22%). Ainda mais preocupante é o fato de que 7% pretendem deixar de pagar alguma conta para aproveitar as ofertas, e muitos desses potenciais compradores estão inadimplentes (22%). Apesar de seis em cada dez entrevistados (57%) terem planejado a maioria das suas compras no evento do último ano, 42% reconhecem ter comprado por impulso e 11% ficaram com o nome sujo. Dentre os consumidores que ficaram negativados por causa de compras feitas no período, 8% já limparam o nome e 3% ainda estão com restrição no CPF.

Metodologia

O SPC Brasil entrevistou 1.230 consumidores de ambos os sexos, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais brasileiras para identificar o percentual de pessoas que pretendem comprar na Black Friday. Em um segundo momento, a partir de uma amostra de 624 casos, foi investigado de forma detalhada o comportamento do consumo, gerando um intervalo de confiança de 95%.

SPC Brasil – Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.

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