De acordo com dados do IBGE, o número de trabalhadores sem carteira e por conta própria bateu novo recorde no trimestre encerrado em outubro. No período, foram registrados 11,9 milhões de trabalhadores sem carteira assinada e 24,4 milhões por conta própria. A taxa de informalidade, que inclui empregados domésticos sem carteira e empregados sem CNPJ, ficou em 41,2%, estável em relação ao trimestre anterior: são 38,8 milhões de trabalhadores nessas condições.
A taxa de desocupação (11,6%) no trimestre móvel encerrado em outubro de 2019, ficou estatisticamente estável tanto em relação ao trimestre de maio a julho de 2019 (11,8%) quanto em relação ao mesmo trimestre de 2018 (11,7%).
Indicador / Período | Ago-set-out 2019 | Mai-jun-julho 2019 | Ago-set-out 2018 |
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Taxa de desocupação | 11,6% | 11,8% | 11,7% |
Taxa de subutilização | 23,8% | 24,6% | 24,0% |
Rendimento real habitual | R$2.317 | R$2.292 | R$2.298 |
Variação do rendimento real habitual em relação a: | 1,1% (estabilidade) | 0,8% (estabilidade) |
A população desocupada (12,4 milhões de pessoas) ficou estatisticamente estável em ambas as comparações.
A população ocupada (94,1 milhões) cresceu em ambas as comparações: 0,5% (mais 470 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 1,6% (mais 1,4 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.
A população fora da força de trabalho (64,9 milhões de pessoas) permaneceu estável em ambas as comparações.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho (23,8%) variou -0,8 p.p. em relação ao trimestre móvel anterior (24,6%) e ficou estatisticamente estável em relação ao mesmo trimestre móvel de 2018 (24,0%).
A população subutilizada (27,1 milhões de pessoas) recuou (-3,5%, ou menos 972 mil pessoas), frente ao trimestre móvel anterior e ficou estatisticamente estável frente ao mesmo trimestre de 2018 (27,1 milhões de pessoas).
A população desalentada (4,6 milhões) recuou (-4,5%, ou menos 217 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e ficou estável frente ao mesmo trimestre de 2018 (4,7 milhões). O percentual de desalentados em relação à população na força de trabalho ou desalentada (4,2%) variou -0,2 p.p em relação ao trimestre anterior (4,4%) e ficou estatisticamente estável frente ao mesmo trimestre de 2018 (4,3%).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 33,2 milhões, com estabilidade em ambas as comparações. A categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (11,9 milhões de pessoas) foi novo recorde na série histórica, com estabilidade estatística em relação ao trimestre móvel anterior e alta de 2,4% (mais 280 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018.
A categoria dos trabalhadores por conta própria chegou a 24,4 milhões de pessoas, novo recorde na série histórica, com estabilidade frente ao trimestre anterior e alta de 3,9% (mais 913 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.
O rendimento médio real habitual (R$ 2.317) no trimestre móvel terminado em outubro de 2019 ficou estável em ambas as comparações. A massa de rendimento real habitual (R$ 212,8 bilhões) cresceu em ambas as comparações: 1,8% frente ao trimestre móvel anterior e 2,6% frente ao mesmo período de 2018.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 54,9%, permanecendo estável em relação ao trimestre de maio a julho de 2019 (54,7%) e variando 0,4 p.p. em relação a igual trimestre de 2018 (54,5%).
A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), estimada em 106,4 milhões de pessoas, ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior e cresceu 1,4% (mais 1,5 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018.
A força de trabalho potencial (7,8 milhões de pessoas) caiu (-5,3%, ou menos 438 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e ficou estável frente a igual trimestre de 2018.
O contingente fora da força de trabalho, no trimestre de agosto a outubro de 2019, foi estimado em 64,9 milhões de pessoas e ficou estável em ambas as comparações.
O número de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (7,0 milhões) recuou (-4,5%, ou menos 332 mil pessoas) frente ao trimestre móvel anterior e ficou estável em relação ao mesmo trimestre de 2018.
As categorias dos empregadores (4,5 milhões de pessoas) e dos trabalhadores domésticos (6,3 milhões de pessoas) ficaram estáveis em ambas as comparações.
O grupo dos empregados no setor público (inclusive servidores estatutários e militares), foi estimado em 11,7 milhões de pessoas e, também, não teve variações estatisticamente significativas nas duas comparações.
Em relação ao trimestre móvel anterior, a ocupação cresceu em no grupamento de atividade da Construção (3,0%, ou mais 197 mil pessoas) e recuou no da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,3% ou menos 199 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Em relação ao mesmo trimestre móvel de 2018, houve aumento da ocupação em três grupamentos de atividade: Transporte, armazenagem e correio (5,0%, ou mais 233 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,2%, ou mais 324 mil pessoas) e Alojamento e Alimentação (3,9% ou mais 206 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Com exceção de Outros Serviços (alta de 4,6% em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior) o rendimento médio real habitualmente recebido no trabalho principal de todos os grupamentos de atividade ficou estável em ambas as comparações.