O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 7,3 pontos entre novembro e dezembro de 2019, para 112,4 pontos, voltando a ficar acima dos 110 pontos. Em médias móveis semestrais, a incerteza recuou pela terceira vez consecutiva, em 1,1 ponto, para 111,4 pontos.
“Apesar das notícias positivas da conjuntura brasileira nos últimos meses, ainda existem dúvidas em relação ao crescimento sustentável da economia doméstica. Além disso, as condições globais não tão animadoras para 2020 parecem impedir que a incerteza se permaneça em níveis mais baixos. No acumulado de 2019, houve um tímido recuo de 0,6 ponto, mas em médias móveis de seis meses, a incerteza apresenta tendência decrescente desde o início do 4° trimestre. A redução mais expressiva da incerteza em 2020 vai depender da continuidade do crescimento da economia interna e de boas notícias no cenário externo”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em dezembro, os dois componentes que compõem o indicador de incerteza seguiram em sentidos opostos. O componente de mídia, com maior peso, subiu 8,8 pontos, para 112,4 pontos, contribuindo em 7,7 pontos para a alta da incerteza. O componente de expectativa, caiu 1,8 ponto, para 107,1 pontos, contribuindo em -0,4 ponto para o resultado agregado.