Início Notícias Entidades representativas do audiovisual apresentam Protocolo de Segurança e Saúde no Trabalho...

Entidades representativas do audiovisual apresentam Protocolo de Segurança e Saúde no Trabalho Audiovisual

Em coletiva de imprensa virtual, as presidentes da APRO, do SIAESP e do SINDCINE detalharam o plano de retomada das atividades presenciais no audiovisual

0
Divulgação
  • As presidentes da APRO (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais), do SIAESP (Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo) e do SINDCINE (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal), Marianna Souza, Simoni de Mendonça e Sonia Santana, respectivamente, se reuniram nessa quinta-feira na Fiesp para assinar e apresentar o Protocolo de Segurança e Saúde no Trabalho Audiovisual durante uma coletiva de imprensa virtual.
    O documento oficial, que contou com a colaboração das mais relevantes entidades do setor, foi enviado à Prefeitura para análise das autoridades de segurança e sanitárias e aguarda liberação. “O objetivo é preparar toda a categoria para o momento de retomada das atividades de forma segura, viável e responsável, tendo como foco a preservação da saúde e a vida dos
    profissionais”, explica Simoni de Mendonça.
    Quem conduziu o encontro virtual foi André Sturm, empresário do setor. As presidentes das entidades detalharam o processo de construção do documento, os pilares em que se basearam e apresentaram as fases de abertura, de produção e a retomada presencial dos escritórios.
    “A versão apresentada foi a submetida para a prefeitura. Estamos falando sobre um documento vivo, que deve passar por constantes alterações para se tornar adequado conforme evolução das fases. Nossa proposta foi muito bem pensada e muito estudada, mas claro que a prefeitura pode sugerir algumas mudanças, por isso não podemos considerar a versão final”, comenta Marianna Souza.

O grupo de trabalho responsável pela elaboração do documento estudou protocolos de países como Estados Unidos, México, Uruguai, Portugal, Espanha e Nova Zelândia, para reunir as melhores práticas no planejamento da retomada. O SINDCINE e as associações de técnicos do audiovisual elaboraram procedimentos detalhados para garantir a segurança nos sets de filmagem. Além disso, foram consultados profissionais da área da saúde que orientaram sobre as medidas preventivas e o uso adequado dos equipamentos de proteção de individuais (EPI’s) e dos equipamentos de proteção coletivos (EPC’s). Baseados nas informações e seguindo as
orientações das autoridades municipal, estadual e federal, foi estabelecido um plano de retomada gradual, dividido nas fases 1, 2 e 3.
A Fase 1, diz respeito à medida do poder público mais restritivo (distanciamento, isolamento social ou lockdown), em que serão permitidas apenas filmagens remotas, com deslocamento mínimo de equipe. A Fase 2 é momento intermediário de flexibilização das medidas restritivas e que entrará em vigor apenas quando as autoridades sanitárias permitirem a retomada das atividades do setor. Já a Fase 3 será desenvolvida a partir das experiências da Fase 2. O protocolo seguiu os pilares de distanciamento, higienização, desinfecção,
comunicação e monitoramento e a proposta é que ele seja um documento único e de referência para todos os envolvidos na indústria na audiovisual.
“Nossa maior preocupação é garantir a integridade física dos profissionais do audiovisual. Por isso, nosso plano foi bastante estudado, pensado e debatido. Estamos vivenciando um momento único e desafiador. Os profissionais e a indústria estão extremamente vulneráveis”, afirma Sonia Santana.
Confira um resumo de algumas das medidas anunciadas. Destacamos que o protocolo será disponibilizado na íntegra depois de aprovado
pelos Órgãos responsáveis (prefeituras)

Mapa de risco – foi determinado um mapa de risco para set de filmagem, que visa evitar, controlar e bloquear o contato com as mucosas do rosto e com as secreções humanas.
Área A: risco moderado
base de produção, base de alimentação e área de fumantes
Área B: risco alto
base de set, base do GMA – gerenciador de mídias digitais
Área C: risco iminente
camarins, set de filmagem, área de monitoramento


Triagem dos trabalhadores: será aplicado um formulário com questões de saúde que se façam relevantes para segurança de todos os envolvidos

Termo de responsabilidade: deve ser assinado, de preferência online, após preenchimento do formulário de triagem
Checagem presencial: submeter a equipe a medição de temperatura antes de entrar no set
Plano de contingência: medidas que priorizem a saúde e a segurança de todos, caso alguém da equipe comece a apresentar sintomas da Covid-19 durante o trabalho em qualquer das etapas (pré-produção, filmagem e desprodução)


Fase 1:
Prever mais tempo do que o habitualmente empregado nas filmagens
Reuniões apenas por videoconferência
Adaptação de roteiros para a nova realidade e os limites impostos pela
pandemia
Filmagem na casa do próprio elenco
Obrigatoriedade de higienização completa e embalagem dos equipamentos
de filmagem antes do envio aos profissionais que se propuserem a executar
o trabalho remoto
Orientações técnicas por meio de consultoria remota

Fase 2:
Reabertura gradual, com a orientação de manter o trabalho remoto sempre que possível
Pré-produção deve seguir preferencialmente em home office Reuniões por videoconferência
Bases de produção, figurino e objeto devem contemplar normas de distanciamento em relação ao número de pessoas, assim como normas sanitárias de higiene e arejamento
Planejar trocas e desinfecção de EPIs com mais frequência em filmagens em dias de chuva
Pesquisa de locação por meio digital ou com profissional devidamente equipado
Higienização nas frentes de preparação
Roteiros que evitem contatos físicos, caso necessário priorizar a contratação de famílias reais

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui