Reconhecido tanto por sua voz singular quanto por suas performances surpreendentes, o cantor Ney Matogrosso é tema de documentário inédito, que estreia no canal Curta!. Centrado no impacto do artista na cultura brasileira, “Ney — À Flor da Pele” apresenta uma antologia audiovisual, composta por entrevistas históricas e clipes musicais, contemplando toda a sua bem-sucedida carreira.
Das primeiras aparições públicas no lendário grupo Secos & Molhados, na década de 1970, até os dias de hoje, o documentário mostra a transformação do artista. A roupa e a maquiagem extravagantes dos primeiros anos como cantor dos Secos & Molhados vão sendo deixadas de lado a partir da carreira solo. Em entrevista exibida no filme, Ney comenta que foi tirando a maquiagem aos poucos, a partir do momento em que se sentia mais seguro.
Desde cedo quebrando tabus relacionados às questões de gênero e sexualidade, Ney aparece, no filme, refletindo sobre o tema em declarações dadas ao longo de muitos anos. “Eu nasci transgressor e vou morrer transgressor. Tenho consciência do exercício da liberdade e vou morrer defendendo a liberdade até o fim. Sou um homem livre. Somos seres livres e temos que reafirmar isso o tempo todo (…) O que me deixa aliviado é que, em paralelo ao conservadorismo que existe hoje, tem surgido um movimento de liberdade, uma resistência muito forte em relação a essa gente careta e covarde. Existe uma juventude forte e livre, cheia de vida e tesão que não tem governo e nem nunca terá”, diz o artista.
O documentário “Ney À Flor da Pele” é uma produção da Nepomuceno Filmes, dirigida por Felipe Nepomuceno e viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A estreia é na Segunda da Música 21/09, às 22h30.
As brincadeiras infantis e o lúdico na vida adulta são temas do documentário ‘Tarja Branca’
O A importância da brincadeira na infância pode ir além do que imaginamos, e o documentário “Tarja Branca”, produzido pela Maria Farinha Filmes, intenciona mostrar a relevância do lúdico. Com direção de Cacau Rhoden, o filme analisa o ato de brincar como parte da nossa formação social, intelectual e afetiva; e propõe uma reflexão sobre o papel ocupado por essa subjetividade “brincante” na vida adulta. “Tarja Branca” fala também sobre um sistema que nos afasta progressivamente dessa ludicidade conforme os anos passam e a infância vai ficando para trás. A exibição é na Sexta da Sociedade, 25/09, às 21h30.
Segunda da Música – 21/09
22h30 – “Ney — À Flor da Pele” (Documentário)
“Ney — À Flor da Pele” é um documentário de longa-metragem centrado no impacto das performances de Ney Matogrosso na cultura brasileira, desde a segunda metade do século XX até a atualidade. Uma antologia audiovisual, toda composta por imagens de arquivo, entre shows e entrevistas. Diretor: Felipe Nepomuceno. Duração: 70 min. Classificação: 14 anos. Horários alternativos: 22 de setembro, terça-feira, às 02h30 e 16h30; 23 de setembro, quarta-feira, às 10h30; 26 de setembro, sábado, às 14h50 e 27 de setembro, domingo, às 22h15;
Terça das Artes – 22/09
22h30 – “Marcia Haydée” (Documentário)
O filme conta a história da bailarina brasileira de carreira internacional Marcia Haydée, conhecida como a “Callas da dança”, por sua grande força interpretativa. Foi no Stuttgart Ballet, na Alemanha, sob a direção de John Cranko, que, no início dos anos 1960, ela se tornou musa do coreógrafo e foi revelada como grande intérprete e bailarina. Na década de 1970, após a morte de Cranko, Márcia assumiu a direção da companhia, onde permaneceu por 20 anos. Trabalhou ao lado de grandes nomes da dança como Richard Cragun, Rudolf Nureyev, Jorge Donn, Maurice Bejárt, John Neumeier. Os grandes momentos dessa carreira são lembrados pela própria Márcia, em depoimento ao filme. Diretora: Daniela Kallmann Duração: 80 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 23 de setembro, quarta-feira, às 02h30 e 16h30; 24 de setembro, quinta-feira, às 10h30; dia 27 de setembro, domingo, às 13h50.
Quarta de Cinema – 23/09
22h – “Santiago” (Documentário)
Em 1992, o diretor João Moreira Salles planejou o documentário “Santiago”, baseado na vida do mordomo da casa de sua família. Devido à sua incapacidade em editar as cenas filmadas, o longa-metragem nunca foi concluído. Em 2005, o diretor voltou a trabalhar sobre as cenas gravadas, encontrando outro foco no material rodado. Diretor: João Moreira Salles. Duração: 80 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 24 de setembro, quinta-feira, às 02:00 e 16h; dia 25 de setembro, sexta-feira, às 10h; dia 26 de setembro, sábado, às 22h30 e 27 de setembro, domingo, às 15h20.
23h30 – “Nós, Documentaristas” (Série) – Episódio: “João Moreira Salles”
No episódio da série, João Moreira Salles, diretor de filmes como “Notícias de uma guerra particular”, “Entreatos” e “Santiago”, fala sobre o trabalho de criação de sua mais recente obra, “No Intenso Agora”. No decorrer do episódio, João vai revelando memórias, abordando dificuldades e resgatando histórias de seus filmes que, intercaladas com trechos das principais cenas, nos fazem mergulhar na sua trajetória. Diretora: Susanna Lira Duração: 26 min. Classificação: Livre Classificação: Livre. Horários alternativos: 24 de setembro, quinta-feira, às 03:30 e 17h30h; dia 25 de setembro, sexta-feira, às 11h30; dia 26 de setembro, sábado, às 17h30 e 27 de setembro, domingo, às 8h30.
Quinta do Pensamento – 24/09
22h – “Bruta Aventura em Versos” (Documentário)
Ícone da poesia marginal dos anos 1970 no Rio, Ana Cristina Cesar se matou em 1983, aos 31 anos, deixando inúmeros leitores e fãs. Ela criou versos, traduziu poemas e contos, pesquisou sobre cinema e literatura, escreveu artigos, deu aulas e redigiu cartas. Seu estilo direto, porém delicado, visceral e comunicativo influenciou a literatura e a poesia de diversos artistas. A partir da apropriação de sua obra por outros artistas, o documentário procura captar a beleza e a originalidade de sua escrita, seja através da dança de Marcia Rubin, do espetáculo de Paulo José e Ana Kutner ou da poesia de Alice Sant´Anna. Todos, de maneiras diversas e particulares, conviveram com as vírgulas, as pausas, a voz e os olhos da poeta. Diretora: Letícia Simões. Duração: 74 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: dia 25 de setembro, sexta-feira, às 02h e 16h; dia 26 de setembro, sábado, às 13h15 e 27 de setembro, domingo, às 20h40.
Sexta da Sociedade – 25/09
21h30 – “Tarja Branca” (Documentário)
As brincadeiras infantis fazem parte de nossa formação social, intelectual e afetiva. Por elas nos socializamos, nos definimos e introjetamos muitos dos hábitos culturais da vida adulta. Todos brincamos na infância e no brincar fomos livres e felizes. Mas será que ainda carregamos essa subjetividade brincante e cultura lúdica vivas dentro de nós? Será que a criança que fomos se orgulharia do adulto em que se transformou? Diretor: Cacau Rhoden. Duração: 80 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 26 de setembro, sábado, às 01:30 e às 11h35; 27 de setembro, domingo, às 19h.
Sábado – 26/09
19h10 – “Incertezas Críticas” (Série) – Episódio: “Noam Chomsky”
O linguista e ativista político norte-americano Noam Chomsky, professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), explica como funciona o capitalismo hoje e adverte dos perigos que o Brasil corre na nova ordem mundial. Diretor: Daniel Augusto. Duração: 26 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 27 de setembro, domingo, às 10h10h.
Domingo – 27/09
12h20 – “Inhotim, Arte e Natureza” (Série) – Episódio: “Jardim Botânico”
Neste programa, apresentamos o acervo botânico de Inhotim, uma riquíssima coleção de palmeiras, antúrios, filodendros, orquídeas, bromélias e agaves, que transformaram o lugar num refúgio para centenas de animais da região, sensivelmente degradada pela mineração. Um ecossistema diverso e povoado também por obras de arte. Diretor: Pedro Urano. Duração: 52 min. Classificação: 14 anos.