“Este terceiro trimestre destaca a evolução da nossa política comercial, que agora privilegia a lucratividade ao invés dos volumes. Nossa performance em veículos elétricos, o excelente lançamento dos nossos modelos com motorização E-TECH híbrida, nossas reservas de liquidez e o espírito positivo de nossas equipes nos dá confiança na capacidade do Grupo de iniciar sua recuperação”, declarou Luca de Meo, CEO da Renault.
RESULTADOS COMERCIAIS: DESTAQUES DO TERCEIRO TRIMESTRE
O terceiro trimestre de 2020 foi marcado por uma recuperação da tendência no mercado automotivo mundial, com uma queda de 4,0% contra uma retração de 28% no primeiro semestre do ano.
O Grupo Renault vendeu 806.320 veículos durante o 3º trimestre, com uma queda de 6,1% em comparação com o terceiro trimestre de 2019. A marca Renault está fortalecendo sua liderança em veículos elétricos e acelerando o lançamento da gama de veículos com motorização E-TECH híbrida e híbrida recarregável na Europa. O Grupo acentuou sua política de disciplina de preços no decorrer deste trimestre.
Na Europa
Em um mercado europeu em recuo de 5,0%, o Grupo manteve uma boa dinâmica, com 405.223 unidades vendidas no terceiro trimestre (-2,9%). A participação de mercado avançou 0,2 ponto, para 10,3%.
As vendas da marca Renault tiveram alta de 0,8%, graças ao sucesso dos modelos Clio, Captur e ZOE, que são líderes em suas respectivas categorias.
As vendas da marca Dacia tiveram queda de 9,9%, principalmente em razão de uma base de comparação elevada no terceiro trimestre de 2019.
Veículos elétricos: ZOE líder em um mercado em crescimento
A marca Renault é líder em veículos elétricos na Europa, em um mercado em alta de 107,2%. O ZOE é o veículo elétrico mais vendido, com um crescimento 157,4% de suas vendas, para mais de 27.000 unidades no trimestre.
O bom nível de pedidos de veículos híbridos e elétricos reforça a capacidade do Grupo de atingir seus objetivos CAFE[1] no ano de 2020.
Fora da Europa
As vendas do Grupo tiveram um recuo de 9,0%, impactadas principalmente pela queda das vendas no Brasil (-50,9%), em razão da forte retração do mercado e da evolução da política comercial, que privilegia a lucratividade ao invés dos volumes.
Na Rússia, segundo maior mercado do Grupo Renault, a LADA teve uma alta de 4,5% no trimestre, em um mercado que avançou +3,7%. O Grupo Renault é líder com 28,8% de participação de mercado, alavancado pelos modelos LADA Granta e LADA Vesta, os dois veículos mais vendidos no mercado.
Na Turquia, em um mercado em recuperação bastante acelerada (+178,0%), o Grupo Renault aumentou suas vendas em 131,1% no terceiro trimestre em comparação com 2019.
FATURAMENTO DO TRIMESTRE POR SETOR OPERACIONAL
No terceiro trimestre de 2020, o faturamento do Grupo atingiu 10.374 milhões de euros, em queda de 8,2% em comparação com o ano anterior. Com taxas de câmbio e perímetro constantes[2], a queda teria sido de 3,2%.
O faturamento da Divisão Automotiva, com exceção da AVTOVAZ, ficou em 8.948 milhões de euros, em retração de 7,4%. Esta variação se explica essencialmente por uma queda dos volumes (-6,8 pontos), ligada em parte a ajustes nos estoques.
Vendas às empresas parceiras caiu -3,3 pontos, resultado da queda da produção de veículos e componentes para nossos parceiros.
Os efeitos do câmbio foram negativos à altura de -4,2 pontos, tendo em vista nossa exposição aos países emergentes.
O efeito dos preços, positivo em +5,5 pontos, provém dos aumentos para cobrir as desvalorizações das moedas e de nossa política de disciplina de preços.
O efeito do mix de produtos foi positivo em 1,1 ponto reflete essencialmente o aumento das vendas do ZOE.
O efeito “outros” mostra uma contribuição positiva de 0,3 ponto.
A contribuição da AVTOVAZ para o faturamento do Grupo ficou em 663 milhões de euros no trimestre, em queda de 16,2%, tendo em vista um efeito negativo das taxas de câmbio de 153 milhões de euros. Com taxas de câmbio constantes, a contribuição da AVTOVAZ teria sido positiva em 3,2%.
Os Serviços de Mobilidade contribuíram com 5 milhões de euros para o faturamento do terceiro trimestre de 2020.
A Divisão de Financiamento das Vendas (RCI Banque) teve faturamento de 758 milhões de euros no terceiro trimestre, em queda de 10,1% em comparação com 2019.
A Divisão Automotiva dispunha, em 30 de setembro de 2020, de 15,2 bilhões de euros em reservas de liquidez, que incluem a abertura de uma linha de crédito de 5 bilhões de euros que se beneficia da garantia do Governo da França, dos quais 3 bilhões de euros foram sacados no fim de setembro de 2020. As reservas de liquidez tiveram queda de 1,6 bilhão de euros em comparação com 30 de junho, principalmente em razão da sazonalidade das necessidades de capital de giro e do pagamento de dívidas. Entretanto, o Grupo deve realizar um fluxo de caixa livre operacional positivo da Divisão Automotiva no segundo semestre.
[1] A fim de analisar a variação do faturamento consolidado com taxas de câmbio e perímetros constantes, o Grupo Renault recalcula o faturamento do exercício corrente, aplicando as taxas de câmbio médias anuais do exercício anterior e excluindo as variações significativas de perímetros ocorridas durante o exercício.
[2] CAFE: Corporate Average Fuel Economy — Economia de Combustível Média Corporativa
SOBRE O GRUPO RENAULT
Montadora de automóveis desde 1898, o Grupo Renault é um grupo internacional presente em 134 países, tendo vendido quase 3,8 milhões de veículos em 2019. O Grupo emprega atualmente mais de 180.000 colaboradores, tem 40 unidades industriais e 12.700 pontos de venda espalhados pelo mundo.
Para responder aos grandes desafios tecnológicos do futuro e manter sua estratégia de crescimento rentável, o Grupo se apoia no desenvolvimento internacional, na complementariedade de suas cinco marcas (Renault, Dacia, Renault Samsung Motors, Alpine e LADA), nos veículos elétricos e em sua inigualável aliança com a Nissan e a Mitsubishi Motors. Com uma escuderia 100% Renault participando do Campeonato Mundial de Fórmula 1 desde 2016, o Grupo faz do automobilismo esportivo um verdadeiro vetor de inovação e notoriedade.