A Ticket, marca de benefícios de refeição e alimentação da Edenred, realizou, entre os dias 25 de setembro e 6 de outubro, um levantamento com mais de 1.000 pessoas, usuárias de seus benefícios, como o Ticket Restaurante e o Ticket Alimentação, em todo o Brasil. Elas foram questionadas sobre o processo de retomada da atuação presencial nos escritórios e mudanças permanentes no modelo de trabalho e na vida pessoal.
“O novo levantamento que realizamos evidencia uma importante mudança de cultura e comportamento individual e coletiva. É uma constatação de que a pandemia provocada pela covid-19 trouxe transformações permanentes para as relações de trabalho e para a vida das pessoas. Nesse momento de retomada, ainda há muito aprendizado a ser concretizado e acredito que ainda passaremos por um período de acomodação antes de podermos ter clareza a respeito do que é transitório e do que é permanente”, ressalta Felipe Gomes, Diretor-Geral da Ticket.
Apesar de apenas 7% dos participantes terem relatado uma experiência de trabalho a partir de outras localidades durante a quarentena – são pessoas que preferiram passar esse momento em casas de veraneio, em locais afastados dos centros urbanos e distantes do local de trabalho habitual ou na residência de amigos e parentes -, 28% dos participantes indicaram considerar uma mudança para outra cidade, tendo em vista a menor necessidade de deslocamento à estrutura física da empresa para a qual trabalha, com a implantação de home office total ou parcial.
Passado o período crítico do isolamento social, 44% dos trabalhadores sinalizaram que não gostariam do retorno ao trabalho presencial. O índice é 12 pontos percentuais maior que o evidenciado por levantamento anterior, realizado de 4 e 20 de agosto.
A adesão pessoal à cultura de home office se reflete no movimento das empresas no momento de retomada: de acordo com o levantamento, 36% dos trabalhadores desempenham suas funções em empresas que já sinalizaram a adoção do trabalho remoto permanente para todos os funcionários ou para algumas áreas específicas. Outros 33% trabalham para organizações que preferiram a adoção do modelo híbrido, ou seja, em que o funcionário deverá passar parte do tempo em casa e parte do tempo no escritório. Os outros 31% sinalizaram que o retorno aos escritórios se dará integralmente, para todas as equipes.
Desde março, a Ticket vem acompanhando, por meio de rodadas de pesquisas, a movimentação das empresas com relação ao local de trabalho em cada fase da pandemia. Em agosto, 52% dos trabalhadores que participaram do levantamento ainda estavam em home office, 7% deles com previsão de retorno aos escritórios nas próximas semanas. O índice de pessoas em teletrabalho naquele momento era 40 pontos percentuais maior que o revelado pelo último levantamento, em que apenas 12% dos entrevistados disseram permanecer no sistema de teletrabalho, já com sinalização de retorno no próximo mês. Os picos na adoção se deram no início de abril (72%) e na transição de maio para junho (71%).
Durante a quarentena, 74% dos respondentes adaptaram uma estrutura para o trabalho remoto, seja com o uso móveis e equipamentos que eu já possuíam (53%), seja com novos móveis e equipamentos comprados por conta própria (15%), ou com móveis e equipamentos que a empresa forneceu para o sistema de teletrabalho (6%). Outros 15% atuaram ou atuam no sistema de teletrabalho sem ter realizado adaptações no ambiente, por falta de espaço ou estrutura. Apenas 11% não realizou adaptações por considerar que esta era uma situação passageira. Além disso, 39% afirmam contar com um cômodo exclusivo para a realização do trabalho (escritório) e 57% dizem dispor de um novo ambiente de trabalho privativo, ou seja, não necessitam dividir o espaço com outras pessoas.
Para o retorno aos escritórios, total ou parcial, as organizações adotaram algumas medidas que incluem o escalonamento de dias e horários para atuação presencial (17,5%), uma maior flexibilidade de horários (15%), a mudança de layout dos ambientes internos (13%), a redução dos treinamentos e reuniões presenciais (12%), a proibição de participação em eventos presenciais (10%), a oferta de novas alternativas para deslocamento, como o uso de fretados, parceria com aplicativos como Uber e 99, estímulo ao uso / parceria apps de locação de bicicleta ou patinete (6,1%).
Grande parte dos participantes são empregados do setor de serviços (55%), mas também responderam ao questionário funcionários da indústria (13%), comércio (13%), funcionários públicos (8%) ou área da saúde (7%). Outros 4% se identificaram como profissionais autônomos ou empreendedores.
A pesquisa foi respondida por trabalhadores com mais de 18 anos, mas a grande parte da força de trabalho que participou do levantamento tem entre 25 e 34 anos (37%) e 35 a 44 anos (32%). Somam 9% os que têm de 19 a 24 anos, 15% os profissionais com idade entre 45 e 54 anos e 7% os que têm 55 ou mais. Mais da metade dos respondentes são mulheres e 47% são homens. Outros 2% preferiram não informar.
“Ao ouvir os trabalhadores e acompanhar as variações pelas quais suas percepções passaram ao longo destes sete meses, ajudamos as empresas a entender seus desafios para traçar as estratégias para o próximo período, atendendo suas necessidades como organização, sem deixar de lado as expectativas de seus empregados. Nosso objetivo é trazer contribuições para que se possa desenvolver ações que maximizem a produtividade sem perder de vista a busca por índices positivos de saúde e qualidade de vida no trabalho. Com isso, cumprimos nosso propósito de multiplicar benefícios, apoiando tanto empresas quanto os trabalhadores”, afirma Gomes.