Início Notícias Pesquisa de Mercado Cinco em cada dez LGBTQIA+ revelam que tiveram que mudar o cabelo...

Cinco em cada dez LGBTQIA+ revelam que tiveram que mudar o cabelo devido a pressões sociais

Questões profissionais despontam

0

Cinco em cada dez pessoas que se identificam com a sigla LGBTQIA+ revelam que já precisaram mudar o estilo de cabelo devido a pressões sociais. O dado faz parte de pesquisa encomendada pelo site Tudo pra Cabelo, hub da Unilever sobre cabelos, para a empresa Opinion Box, no mês que é comemorado o Orgulho LGBTQIA+.

O cabelo geralmente é visto como uma forma de expressão da personalidade, mas as pessoas LGBTQIA+ revelam que primeiramente, por questões profissionais, o estilo desejado muitas vezes tem que ser evitado. A pesquisa revela que 28% delas afirma que sentia que precisava mudar o cabelo para serem aceitas  nas empresas. Em segundo lugar, com 21%, apareceu a opinião de amigos ou colegas, os quais fizeram comentários sobre o cabelo. A pressão familiar também surgiu no mesmo nível, com 21% dos respondentes dizendo que a família havia feito comentários negativos sobre o estilo escolhido. 

“Entendemos que a escolha do estilo do cabelo passa por uma série de pressões internas e externas. Para a comunidade LGBTQIA+, estas pressões são multiplicadas. Se adotamos um estilo que é verdadeiro com a forma como nos vemos e como desejamos nos expressar, podemos nos expor ao risco de violência física e emocional, vinda tanto de estranhos quanto de pessoas próximas. Se nos submetemos ao medo e aceitamos seguir a norma imposta pela sociedade, criamos conflitos internos que podem levar a uma disforia com consequências irreversíveis,” afirma Wagner Azambuja, coordenador de Marketing Técnico e líder do ProUd, grupo de Afinidade LGBTQIA+ da Unilever, ao comentar os resultados da pesquisa.

Provavelmente, a busca por padrões influencia na escolha do cabelo mais usado no dia a dia. Para os respondentes do gênero masculino, o cabelo repartido de lado se despontou como o cabelo mais popular, sendo usado por 39% no dia a dia. Já para as mulheres o rabo de cavalo saiu na frente, mencionado por 30%. Porém, o estilo black power mostrou semelhança entre os gêneros feminino e masculino, mencionado por 12%, mostrando que hoje em dia cabelo cruza distinções de gênero. Aliás, black power é o cabelo mais usado pelos não bináries mencionado por 24%.   

“O black power em si representa um símbolo de resistência para pessoas negras em todo espectro de gênero. É um corte que pode ser visto desde atrizes e apresentadoras de TV, até jogadores de futebol. Por conta dessa neutralidade o corte acaba por ser uma escolha bem possível para pessoas não binárias”, afirma William Alencar, analista de Desenvolvimento de Produto e membro do Afrolever, grupo de afinidade para questões raciais da Unilever, e do ProUd.

A pesquisa detectou que a comunidade LGBTQIA+ também tem seus cabelos prediletos em eventos ou lugares específicos para o público. Por exemplo, quando perguntados se usam o cabelo de forma especial para essas ocasiões, 40% disseram que sim. O cabelo colorido ganha destaque, sendo mencionado por 18% dos respondentes. 

Metodologia: Foram entrevistadas 536 pessoas LGBTQIA+ em todo o Brasil, de diferentes classes sociais entre 18 e 39 anos. Entre os entrevistados, 254 se declararam sendo do gênero masculino, 265 do feminino e 17, não bináries. Os dados foram coletados entre 28/05 e 07/06/21. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui