O Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian registrou o total de 454 pedidos de recuperação judicial no país no primeiro semestre de 2021. Esse foi o menor número acumulado desde 2014, quando o índice marcou 414 solicitações. Segundo dados, o comparativo entre os primeiros seis meses deste ano e o mesmo período de 2020 revelou uma queda de 24,5%. A análise por porte mostra destaque para as micro e pequenas empresas, que são responsáveis por 312 requisições. Em sequência estão as médias, com 97 casos e as grandes com 45. Veja a variação do total de ocorrências gerais no gráfico abaixo.
De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, embora as empresas tenham passado por diversos desafios financeiros durante o ano devido a pandemia, “a retomada econômica obtida no primeiro trimestre deve continuar se fortalecendo, o que impacta positivamente esse cenário. Além disso, a expansão do mercado de crédito brasileiro foi essencial para manter os negócios em operação. Um terceiro fator são as linhas de renegociação, que seguem crescendo e ajudando a afastar os empresários da insolvência”.
Na avaliação dos segmento, por ordem crescente, os números de pedidos de recuperação judicial mostram a Indústria com apenas 73 solicitações, Comércio com 96 e Serviços, com 238. Com base nesses números, o setor de Serviços apontou o pior desempenho, já que teve a menor queda percentual de requisições na comparação do acumulado deste primeiro semestre. Confira as variações na íntegra no gráfico a seguir.
Solicitações de Falências crescem 2,9%
Ainda na análise acumulada do primeiro semestre, as requisições de falências cresceram 2,9%, indo de 455 (jan-jun/20) para 468 (jan-jun/21). A expansão foi puxada, principalmente, pelo segmento de Serviços, que teve 265 pedidos. Em seguida estão Indústria (107), Comércio (92) e Primário (04). No comparativo por porte os micro e pequenos negócios acumularam 256 pedidos, enquanto os grandes marcaram 116 e os médios 96.