O que hoje parece corriqueiro nos esportes, começou como uma ideia considerada, à época, genial. Quando Colin Chapman, fundador da equipe Lotus, apareceu para o GP da Espanha de 1968 com seus carros pintados não com o tradicional verde britânico, mas com o vermelho e dourado estampando uma marca de cigarros, começou ali um caminho sem volta. Antes, a fonte de renda das equipes da Fórmula 1, por exemplo, vinha dos prêmios de participação e resultados. Os patrocínios passaram a incrementar as receitas dos times, que puderam desenvolver mais seus equipamentos, contratar os melhores pilotos, entre várias outras melhorias.
A Stock Car, principal categoria do automobilismo brasileiro, conta com uma verdadeira miríade de marcas apoiadoras, assim como seus pilotos e equipes. Retorno de mídia, exposição de marca e ações com clientes e prospects tornam a Stock Car um ativo valioso em termos de marketing, publicidade e relacionamento com o cliente.
E não são só empresas do ramo automotivo ou de tecnologia. O Grupo São Cristóvão Saúde, com quase 110 anos de história, usa deste expediente. A operadora de planos de saúde baseada no tradicional bairro da Mooca, em São Paulo, tem seu foco no esporte como maneira de promover a saúde.
A empresa patrocina as equipes de futebol feminino do Corinthians e da Portuguesa, o futsal do Corinthians e o futebol profissional da Portuguesa de Desportos e do Juventus. Além disso, detém os naming rights do Vôlei Osasco/São Cristóvão Saúde, campeão paulista feminino de 2020 e terceiro colocado na Superliga Feminina na última temporada. O grupo também apoia o jovem kartista Gabryel Romano, de apenas 13 anos, que compete na categoria Júnior.
Na Stock Car, o grupo patrocina Guga Lima. O piloto, que completa 25 anos de idade hoje, dia 5, estreou na Stock Car em 2015 depois de competir na Europa e já tem 109 corridas de experiência na principal categoria do automobilismo brasileiro. Nesta temporada, ele defende a equipe Vogel A.Mattheis.
“O automobilismo é também um esporte popular, de grande penetração junto ao público, com enorme visibilidade e com grande interesse de mídia”, destaca Valdir Pereira Ventura, presidente do Grupo São Cristóvão Saúde, que ressalta o lema da empresa: “saúde em movimento”. “E na Stock Car a saúde se movimenta a altíssimas velocidades. O crescente interesse na categoria, com o aumento dos pacotes de transmissão pela TV, em canais abertos e por assinatura, além da internet, fez crescer seu apelo e atraindo mais público. É uma plataforma muito especial para nós por tudo o que ela envolve: precisão, técnica, trabalho duro, preparação e desenvolvimento”, afirma.
O CEO da empresa afirma que, de fato, o patrocínio a Guga Lima, que tem estampadas as cores e o logotipo do grupo em seu carro e em seu macacão de competição, tem feito crescer o interesse na empresa. “Embora ainda não tenhamos números que possam comprovar isso empiricamente, a percepção em torno da marca já aumentou perceptivelmente, e isso para nós já é um dos objetivos sendo cumprido. Aumentar esse reconhecimento é o motivo pelo qual o Grupo São Cristóvão Saúde vem aumentando sua participação nos esportes e o Guga é um dos nossos embaixadores”, explica. Guga Lima faz questão de ressaltar o envolvimento com a empresa. “Não é simplesmente um acordo de patrocínio. É uma parceria que vai bem além disso. É preciso acreditar na marca que estamos levando conosco no carro. O mote ‘saúde em movimento’ faz muito sentido dentro da Stock Car, porque envolve velocidades altas, adrenalina e, fora das pistas, um cuidado extremo com a saúde, com a preparação física e a alimentação, pois é um esporte muito exigente. Por isso, faz todo sentido ter o apoio de um grupo como o São Cristóvão Saúde”, diz o piloto, que neste final de semana disputa a sétima etapa da temporada, no Autódromo Internacional de Curitiba (PR).
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