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Michel Foucault: obra de um homem em transformação é tema de filme inédito

Através de um rico acervo de fotos e vídeos, o documentário mostra Foucault ora como ativista político, ora como filósofo.

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Michel Foucault em imagem de arquivo exibida no filme “Foucault Contra Ele Mesmo” (Crédito: Divulgação/Curta!)

“Escrever é se transformar, é se desprender de si mesmo, renunciar a si mesmo. Se eu já soubesse aonde estava indo, eu não escreveria”: tais palavras, ditas por Michel Foucault, resumem o desenvolvimento de sua própria obra. Essas transformações parecem fazer parte de sua escrita filosófica, que lançou um olhar investigativo sobre mecanismos de coerção e de punição da sociedade, sobre a loucura, a sexualidade e outros assuntos. Para esclarecer os meandros de um pensamento plural, o documentário “Foucault Contra Ele Mesmo”, que estreia no Curta!, se debruça nos livros desse grande filósofo do século XX.

O filme mostra como as reflexões de Foucault sobre temas relacionados a poder, controle social e as funções dos intelectuais na sociedade vão mudando de acordo com o momento e a perspectiva adotada por ele. Seus pensamentos, em muitos momentos, são conflitantes entre si, mas também configuram uma espécie de diálogo entre ideias, como se Foucault estivesse sempre buscando um caminho alternativo ao que ele já havia traçado, nunca consolidando uma visão definitiva sobre seus objetos de estudo — e sobre si mesmo.

Através de um rico acervo de fotos e vídeos, o documentário mostra Foucault ora como ativista político, ora como filósofo; em paralelo, Geoffroy de Lagasnerie, Arlette Farge, Didier Eribon, Georges Didi-Huberman e Leo Bersani — todos estudiosos da obra foucaultiana — analisam livros, como “Vigiar e Punir” e “A Vontade de Saber”, e comentam passagens de trajetória de Foucault desde a juventude até a sua morte, em 1984. 

Foucault Contra Ele Mesmo”, dirigido por François Caillat, é uma produção da The Factory, Arte France e INA, que chega ao Brasil com exclusividade através do Grupo Curta!. O documentário já está disponível no Curta!On, o streaming do NOW/NET, ou em curtaon.com.br. A estreia no canal Curta! é na Quinta do Pensamento, 19 de agosto, às 23h.

Filósofo e professor da USP, Paulo Arantes protagoniza episódio de ‘Incertezas Críticas’

O segundo episódio da terceira temporada de “Incertezas Críticas”, que estreia com exclusividade no canal Curta!, é protagonizado por Paulo Arantes, filósofo, escritor e professor de Filosofia da USP (Universidade de São Paulo). No programa, ele fala sobre a importância de uma formação voltada para a compreensão da literatura e da filosofia no Brasil.

Arantes também explica as origens e os aspectos sociológicos de uma nova direita que vem se formando no mundo: “Eles opõem uma outra concepção da História, que a vê não como um progresso, uma História ascensional de emancipação e liberdades que se acumulam e são consolidadas; mas como uma História perene de desgraça, de infelicidade, de desmoralização”.

Dedicada a expor o pensamento de intelectuais brasileiros, a terceira temporada da série “Incertezas Críticas”, de Daniel Augusto, também está disponível no Curta!On, streaming no NOW da NET/Claro ou em curtaon.com.br. Essa nova leva de episódios inéditos traz as reflexões de 13 pensadores: Christian Dunker, Djamila Ribeiro, Eduardo Viveiros de Castro, Ismail Xavier, José Arthur Giannotti, José Miguel Wisnik, Maria Rita Kehl, Marilena Chaui, Olgária Matos, Paulo Arantes, Peter Pál Pelbart, Raquel Rolnik e Renato Janine Ribeiro. A exibição é na Quinta do Pensamento, 19 de agosto, às 20h30.

Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 19/08

20h30 – “Incertezas Críticas” (Série – 3ª temporada) – Ep. “Paulo Arantes”
Paulo Arantes é professor de Filosofia na USP e autor de diversos livros. No seu programa, ele fala sobre a importância da ideia de formação para a compreensão da literatura e da filosofia no Brasil. Além disso, fala sobre a origem intelectual da nova direita no mundo. Direção: Daniel Augusto. Duração: 26 min. Classificação: 14 anos. Horários alternativos:  20 de agosto, sexta-feira, às 00h30 e às 14h30; 21 de agosto, sábado, às 18h35; 22 de agosto, domingo, às 10h00.

23h – “Foucault Contra Ele Mesmo” (Documentário)
O filme destaca as múltiplas e contrastadas facetas da obra e da vida de Michael Foucault, desde sua chegada a Paris no final dos anos 1940, quando o jovem provinciano ingressa na École Normale Supérieure, até 1984, quando o pensador mundialmente conhecido morre bruscamente, vítima da AIDS. “Foucault contra ele mesmo” mostra como um dos maiores pensadores do século XX fez questão de nunca consolidar uma visão definitiva dele mesmo e de sua obra.

Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) -20/08

23h – “O Voto: A História das Sufragistas” (Documentário em quatro partes) – Episódio 4
O quarto episódio da série continua a examinar a crescente disputa sobre estratégias e táticas das sufragistas nos Estados Unidos. Parte delas estava determinada a seguir um curso moderado e trabalhar dentro do sistema político, enquanto outra empregava métodos de protesto cada vez mais conflituosos e controversos. Diretor: Michelle Ferrari. Duração: 52 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 21 de agosto, sábado, às 03h e às 12h; 22 de agosto, domingo, às 18h; 23 de agosto, segunda-feira, às 17h.

Sábado – 21/08

22h30 – “Uma noite em 67” (Documentário)
Final do III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, 21 de outubro de 1967: entre os candidatos aos principais prêmios, figuram Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Mutantes, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo, protagonista do infame episódio da destruição de seu violão no palco. Com imagens de arquivo e apresentações de músicas hoje clássicas, o filme registra o momento do Tropicalismo, os rachas artísticos e políticos na época da ditadura e a consagração de nomes que se tornaram ídolos.  Diretores: Renato Terra e Ricardo Calil. Duração: 85 min. Classificação: Livre. 

Domingo – 22/08

19h10 – “Democracia em Preto e Branco” (Documentário)Tendo como pano de fundo o lendário movimento Democracia Corinthiana, o nascimento das bandas de rock brasileiras e a campanha das Diretas Já, “Democracia em Preto e Branco” mostra, com locução de Rita Lee, como o esporte, a política e a música se encontraram para mudar o rumo da história do país nos anos 1980.  Entre os entrevistados, estão Sócrates, Walter Casagrande, os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso, Marcelo Rubens Paiva, Marcelo Tas, Edgar Scandurra, Frejat, Serginho Groisman e Paulo Miklos. Diretora: Eliza Capai. Duração: 94 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 23 de agosto, segunda-feira, 15h20.

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