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Natura apresenta painel “Guardiões da Floresta” em celebração ao Mês da Amazônia

O bate-papo levantou questões sobre a preservação da floresta e a união entre tecnologia e saberes tradicionais

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Em comemoração ao Mês da Amazônia, a Natura promoveu nesta quinta-feira (9) o painel “Guardiões da Floresta”, com transmissão simultânea, pelo Youtube, para Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia, México e EUA. Nele, a mediadora Carol Ribeiro conversou com a cantora paraense Liège, o influenciador digital e ativista indígena José Neto, o ilustrador rondoniense João Queiroz, o ecologista e empreendedor peruano Gian Piero Mubarack e a Vice-Presidente de Marca, Inovação, Internacionalização e Sustentabilidade da Natura, Andrea Alvares. Gisele Bündchen, embaixadora da causa Amazônia Viva e da marca Natura Ekos, também deu sua contribuição sobre o tema, em vídeo exclusivo.

O debate girou em torno da defesa da vida na floresta e suas estratégias que propõem a união da tecnologia com os conhecimentos tradicionais de povos originários a fim de alcançar um futuro mais harmonioso entre homens e floresta. “É uma característica intrínseca dos povos indígenas essa relação próxima com a natureza como parte dela. Falar sobre essa cultura vai trazer conhecimento da forma como nos relacionamos e inspirar a nova geração”, afirma José Neto. Gian Piero Mubarack completa: “Temos que trabalhar de forma conjunta com as comunidades, saber escutá-las. Temos que falar dos pilares da economia circular, de conectividade e educar melhor as pessoas das comunidades amazônicas”.

Os convidados abordaram as ações que têm praticado para ajudar na preservação da biodiversidade, da cultura local e da floresta em pé. Andrea Alvares contou um pouco da ação da Natura: “Ao longo de 20 anos, estabelecemos cadeias da sociobiodiversidade, parcerias com 7 mil famílias, quase 28 mil pessoas conectadas a essa rede e investimentos expressivos na região”, afirma. “Em 10 anos, conseguimos ajudar a preservar 2 milhões de hectares de floresta. Mas ainda é insuficiente para o tamanho da Amazônia e para os desafios que estamos vendo ali. Se não criarmos uma cooperação e ampliarmos essa rede, não vamos conseguir reverter o cenário de degradação”, destaca.

Andrea também anunciou a expansão da atuação da Natura com foco em impacto positivo cultural na região Amazônica. Fruto de uma parceria com a Secretaria de Cultura do Estado do Pará (via Lei Semear), o investimento de R$ 3,3 milhões será distribuído em três frentes: Chamada Criativa da Amazônia, que apoiará projetos que resgatam a história, movimentam a cena contemporânea e projetam o futuro em diferentes regiões do estado; doação ao Fundo de Cultura do estado do Pará, que fomenta ações de formação e capacitação de agentes culturais, manutenção de atividades de base de instituições de formação e auxílios emergenciais para profissionais da cultura da região; e a nova edição do Edital Natura Musical, que fomenta projetos artísticos com foco em música no Pará e na região Amazônica e está com inscrições abertas até o dia 28 de setembro.

Para dar vida à sua arte, a cantora Liège diz que foi buscar mais informações sobre suas origens, que a influência tanto como artista hoje. Em sua música, ela consegue conectar o seu passado com a tecnologia, que é como ela se comunica com o presente: “Trazer essa narrativa, seja através do meu sotaque, seja contando as histórias das músicas, eu consegui me comunicar com o presente. Então a minha música que pode potencialmente tocar em uma rádio ou estar em uma abertura de novela, e que vai alcançar várias pessoas, vai dizer essa narrativa, e vai mostrar que tem uma artista na Amazônia que está produzindo um conteúdo musical de arte atual, e que conta uma narrativa ancestral, mas que está viva e presente. Então esse potencial da Amazônia Viva ser transmitida através da arte é fundamental para que a gente possa fazer essa conexão do passado, presente e futuro, e conseguir levar isso adiante”, afirma Liége.

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