Os preços dos combustíveis avançam em 2021. A gasolina saltou mais de 70%, só de janeiro a outubro. A Petrobras anunciou que o preço da gasolina sofreu um novo reajuste a partir desta terça-feira (26). O aumento foi de 7,04% para a gasolina e de 9,15% para o diesel.
O primeiro reajuste de 2021 ocorreu em 18 de janeiro, quando o litro do combustível foi de R$ 1,84 para R$ 1,98, um aumento de 7,6%. Agora, no reajuste anunciado ontem, o litro da gasolina irá de R$ 2,98 para R$ 3,19, um aumento de 7% ou R$ 0,21 de aumento por litro.
“Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, afirma a Petrobras em nota.
Segundo a empresa, o alinhamento de preços aos praticados no mercado internacional se mostra especialmente relevante no momento em que há demanda atípica para o mês de novembro de 2021. A Petrobras informou na semana passada que recebeu pedidos de distribuidores de diesel muito acima dos verificados nos meses anteriores e de sua capacidade de produção para novembro.
O preço dos combustíveis, que vem subindo desde o ano passado, é uma preocupação cada vez maior dos brasileiros e empresas.
Os brasileiros que precisam consumir e se deslocar em um espaço de crise econômica aguda; E as empresas que precisam comprar insumos e prestar serviços – e dependem efetivamente do sistema produtivo e logístico.
O aumento da gasolina é uma variável incontrolável – e o impacto sobre diversas cadeias se tornou insustentável. Na internet, o consumo online já salta os olhos, especialmente quando consultamos nos mercados B2C e C2C – o espaço que calcula o frete – você já sente significativamente o impacto dos custos logísticos em relação ao produto. Muitos fretes já ultrapassam os valores dos produtos;
Para quem trabalha vendendo online precisa analisar toda cadeia de valor, em especial, gestão de ocorrências. Revise antes todo o processo de pontos de contatos até o cliente – principalmente as embalagens e acompanhamento do pedido – para que a entrega aconteça corretamente – sem erros. Com o aumento do combustível, o retrabalho vai custar mais caro – gerando muitas vezes prejuízo.
Para quem tem reserva de capital – investir em um estoque amplo (insumos ou produtos acabados) – ajudará a manter um preço competitivo. Ainda no ambiente online, entregar os seus produtos – armazenando-os em um centro logísticos – ajudará a reduzir o tempo de entrega e ativar promoções de fretes ampliando a sua vantagem em relação aos concorrentes.
O mercado supermercadista também é impactado porque possui uma rápida rotatividade de produtos e a elevação e remarcação dos preços é inevitável. Principalmente os itens perecíveis que requer um relacionamento estreito com os fornecedores para reabastecimento das vitrines. Além disso, temos que lembrar do peso sobre os derivados do petróleo usados no ambiente varejista – embalagens e sacolas sofreram também reajuste – o que impacta no preço final dos produtos.
Nas farmácias só não é igual porque o preço dos medicamentos é regulado pelo Governo Federal e só pode aumentar uma vez ao ano. Mas os demais produtos, itens de conveniência, são elevados quando as distribuidoras repassam o aumento do combustível. E nesse cenário farmacêutico – apenas as grandes marcas – possuem centros de distribuição – o que favorece os preços mais competitivos nas gôndolas em relação as farmácias menores de bairros.
Qualquer aumento no preço do combustível acaba afetando a vida de todos que precisam abastecer. Essa semana conversei com alguns frentistas que afirmaram que os consumidores deixaram de encher completamente os tanques dos veículos. A compra passou a ser fracionada – vários consumidores revisitam o posto de combustível várias vezes para realizar abastecimentos fazendo retirada de dinheiro da receita do dia. Situação muito comum para quem trabalha com transportes por aplicativos e pequenos empreendedores informais que realizam vendas diárias e precisam se deslocar.
Os profissionais que trabalham com entrega também sentem muito no bolso. Em época de pandemia, em que o serviço de entrega tem tido muita notoriedade e necessidade, o ramo tem sido bastante afetado.
Muitos restaurantes trabalham com as duas modalidades de entrega: delivery próprio e terceirizado via app. Alguns deles tinham a entrega gratuita como diferencial competitivo e passaram a cobrar depois dos aumentos dos combustíveis – o que pode gerar uma perda significativa na receita – principalmente daqueles consumidores que já estavam adaptados com a entrega dos pratos sem a cobrança da entrega.
É possível também perceber entregadores com bicicletas e patinetes elétricos nas ruas fazendo entregas. Visando reduzir custos, esse tipo de modalidade pode ser um risco para quem trabalha com entregas de produtos alimentícios – pela morosidade no fechamento do pedido e possibilidade da mercadoria chegar fria.
Nesse cenário caótico e de crise econômica, é ingenuidade e ignorância acreditar que apenas os afetados pelo aumento dos combustíveis são os que possuem veículos. Toda a cadeia produtiva sofre com os aumentos de combustíveis – e esse impacto é sentido diretamente no bolso dos consumidores e no caixa dos empreendedores.
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