Em janeiro, a linha de produtos Natura Crer Para Ver, em parceria com o Instituto Natura, lança a campanha “Volta Pra Escola”. O objetivo principal é sensibilizar as Consultoras Natura, seus familiares e clientes o papel social da escola e a importância do retorno às aulas presenciais, levantando a bandeira contra a evasão escolar.
“As Consultoras Natura estão na frente de todo o movimento de Educação da Natura, encabeçada pela venda dos produtos Crer Para Ver. E este ano é especialmente desafiador para Educação em função do impacto da pandemia, que obrigou estados e municípios a suspender as aulas presenciais, agravando ainda mais as nossas desigualdades educacionais”, explica David Saad, diretor-presidente do Instituto Natura. “Por isso, este é o momento de mobilizar toda a sociedade para a retomada com foco total na recomposição da aprendizagem. Não podemos deixar ninguém para trás”, conclui.
A campanha contará com um hotsite exclusivo (www.voltapraescola.natura.net), que oferece uma jornada de reflexão, com dados e informações de conscientização sobre evasão escolar, além de uma série de vídeos com histórias particulares de Consultoras Natura. Por meio do site é possível se cadastrar para mostrar apoio à campanha. Somado a ele, todas as Consultoras receberão o jogo “Volta Pra Escola”, a fim de incentivar as crianças e jovens do seu entorno para retomada dos estudos.
Desde 1995, os produtos de Natura Crer Para Ver, única linha não-cosmética da Natura, têm o lucro integralmente revertido ao apoio da educação pública (por meio da alfabetização das crianças até os sete anos de idade e o ensino médio em tempo integral para os jovens) e do desenvolvimento integral das Consultoras de Beleza Natura por meio da educação. Todos os recursos de Natura Crer Para Ver são geridos pelo Instituto Natura, responsável por implementar as iniciativas.
A atuação da venda da linha pelas Consultoras sustenta todas as ações de educação da instituição e segue sendo feita porta a porta, mas com um expressivo processo de digitalização que já existia antes da pandemia e agora segue mais forte e com uma série de cuidados e orientações no envio dos produtos para as consultoras a fim de evitar contágio.
Evasão escolar na pandemia
Assim como 2020, o ano de 2021 seguiu enfrentando desafios na área de educação, entre elas, a paralisação de escolas e distanciamento social por conta da pandemia de Covid-19. Um estudo feito com pais e responsáveis de estudantes da rede pública e encomendado pela Fundação Lemann, pelo Itaú Social e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ao Datafolha, mostrou que quatro em cada dez alunos da educação básica na rede pública de ensino correm risco de abandonar a escola por causa da pandemia do coronavírus.
No Brasil, a média foi de 279 dias de suspensão de atividades presenciais durante 2020, considerando escolas públicas e privadas. O levantamento é do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Apenas em agosto de 2021 que números de escolas com aulas presenciais da rede pública era maior do que as que seguiam com o ensino à distância. O impacto deste período ainda está sendo dimensionado, mas estudos já indicam a perda de aprendizagem entre os estudantes. Uma pesquisa realizada pelo Insper e o Instituto Unibanco, divulgada no ano passado, projetou uma perda de aprendizagem de 9 a 10 pontos na escala Saeb, cerca da metade do que se deveria aprender, em função do fechamento das escolas.
Em 2020, mais de 667 mil alunos estiveram fora das escolas no estado de São Paulo. A evasão escolar no Brasil atinge, hoje, 5 milhões de alunos. Os dados são do último relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), publicado em 2021.