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Mês do Orgulho LGBTQIA+: Maior parte da comunidade vive no Sudeste e tem entre 18 e 35 anos, aponta Kantar

Dados da Kantar IBOPE Media visam contribuir para o entendimento além de rótulos e estereótipos

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Em junho é celebrado, em vários países, o Mês do Orgulho LGBTQIA+. A data está relacionada com a chamada Revolta de Stonewall, ocorrida em 28 de junho de 1969, na cidade de Nova York (EUA). À época, membros da comunidade foram às ruas contra frequentes episódios de abuso policial.

A proposta é que, durante o mês, eventos celebrem a liberdade e a diversidade, além de propagarem informação e estimularem o debate sobre o tema. Esse é um movimento necessário, uma vez que 7% dos brasileiros se assumem como não heterossexuais – o número mais do que dobrou entre 2019 e 2021.

Os dados são do material “Toda Forma de Amor! Deversidata! Uma jornada de dados pela comunidade LGBTQIA+”, preparado pela Kantar IBOPE Media – divisão da Kantar especializada em pesquisa de mídia. Trata-se da edição de junho do Data Stories, conteúdo temático lançado mensalmente pela empresa.

Desde 2019, a Kantar IBOPE Media inclui a orientação sexual em seus questionários do Target Group Index. Em 2021, por sua vez, passou a perguntar a identidade de gênero. Esses recortes permitem entender comportamentos, atitudes, opiniões e interesses da comunidade sob uma metodologia sólida e comparável ao longo dos anos.

Perfil da comunidade

Dentre os 7% que se declaram não heterossexuais nas 15 regiões atualmente cobertas pelo Target Group Index, 44% são homossexuais, 36% bissexuais, 5% assexuais e 14% se identificam com outros tipos de orientação sexual. Já quando o assunto é identidade de gênero, 5% dos respondentes se declararam como não cis, entre transgêneros, não-binários, gender-fluid ou outros.

A maior parte da comunidade vive no Sudeste (67%), em especial no estado de São Paulo (40%). Ainda vale destacar que 60% têm entre 18 e 35 anos, enquanto menos de 5% pertencem ao grupo com mais de 65 anos – dados mostram que há correlação entre faixa etária e a decisão de se assumir.

Insights do comportamento

Membros da comunidade LGBTQIA+ são mais ligados à internet do que a população em geral. Tanto é que 64% sentem necessidade de verificar as redes sociais todos os dias e 47% seguem e interagem online com marcas. Entre os heterossexuais, os números são, respectivamente, 54% e 31%.

Outros dados interessantes são: 78% sempre verificam as fontes das notícias que recebem (contra 69% da população geral), 97% acreditam que as crianças devem se expressar livremente (vs. 87%) e 75% apontam que é importante respeitar as tradições e os costumes (vs. 89%).

Inspirações LGBTQIA+

A comunidade vem ganhando forte representação nos últimos anos, com artistas, atletas e influenciadores assumindo sua orientação sexual e participando das discussões sobre direitos e anseios.

O estudo mais recente do CelebScore, realizado em 2021 pela Kantar IBOPE Media, identificou quais famosos assumidamente LGBTQIA+ se destacam como formadores de opinião em sua área de atuação, com scores de influência acima da média entre membros da comunidade. São eles: Marta, Anitta e Gil do Vigor.

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