O aquecimento global, a contaminação dos solos, da atmosfera e das águas são resultados das atividades humanas nocivas ao ecossistema e ao planeta. Em 2015, o Brasil se comprometeu em reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2025, em 43% até 2030 e neutralizar a emissão até 2050. Uma das principais formas desses resultados serem alcançados é por meio da eliminação do desmatamento e queimada ilegal. No entanto, nos últimos anos o país segue sem conseguir atingir suas metas.
O desmatamento na Amazônia, em 2021, foi o pior em 10 anos, segundo pesquisa do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon): mais de 10 mil quilômetros de mata nativa foram destruídos, um crescimento de 29% em relação a 2020. Em 2021, foram destruídos 10.362 quilômetros quadrados de mata nativa, o que equivale à metade do estado de Sergipe.
A Mercur, indústria gaúcha das áreas da saúde e educação, tem focado sua gestão no desenvolvimento de produtos e soluções que priorizem os processos de relação com o meio natural e com as comunidades. Dessa forma, cada uma das ações da empresa passou a ser questionada e refletida com o propósito de fomentar um mundo bom para todas as pessoas, com o objetivo de regenerar o planeta.
João Carlos Trinks, da área de Impactos da Mercur, explica que durante o processo de desenvolvimento de cada produto é problematizado: “Esse produto merece nascer de verdade? Quais serão os recursos necessários? A matéria-prima é renovável? É de fonte reciclável? Esse produto servirá a quem? Como é feito o descarte depois que ele deixa de ser utilizado? Há uma cadeia formada que se interessará em reciclar esse material? Essas e outras questões são elaboradas e respondidas, porque entendemos que é responsabilidade da indústria colocar no mercado soluções que tenham sentido e estejam em consonância com o planeta”.
Todas as pessoas sentem os impactos das mudanças climáticas, seja com a redução dos recursos hídricos, secas, extinção de espécies, chuvas que impactam a agricultura, frequência de aumento de inundações, além de perda da biodiversidade com o aumento da temperatura de 2 a 3°C acima dos níveis pré-industriais.
Para ir contra esses dados, um bom exemplo que a empresa vem investindo esforços é o projeto Borracha Nativa, que contribui na preservação da floresta ao fortalecer a relação com os seus protetores – os povos originários e tradicionais da Amazônia. O trabalho com os extrativistas do norte do país considera a preservação e o cuidado com a floresta em pé e o modo de vida das populações que a conservam, ao propiciar a geração de renda para as comunidades locais. Desde o início do projeto, há 12 anos, foram compradas mais de 22 toneladas de borracha da região amazônica.
Para a Mercur, manter a floresta em pé significa apoiar os povos tradicionais e originários no desenvolvimento da economia florestal por meio do comércio justo, na qual as plantas podem gerar renda de produtos não-madeireiros, como frutas, castanhas e sementes – e combater o desmatamento e a queimada ilegal, se aproximando assim de um mundo mais verde. “Beneficia o planeta, porque equilibra a temperatura, as águas, garante a existência da biodiversidade”, complementa João.
Nesta perspectiva, as florestas são essenciais por serem morada de plantas, animais e possibilitarem que outros elementos do ecossistema, como água e ar puro, atendam a todos. Ainda, são parte do meio de vida de aproximadamente 1,2 bilhão de pessoas no mundo, conforme dados do Instituto de Pesquisa WRI Brasil.
Outra ação importante da Mercur, é seu inventário de emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE), desenvolvido desde 2009, que garante o trabalho de compensação e redução. Por meio dele foi possível perceber que a maior emissão de GEE é gerada por meio do transporte, tanto de distribuição de produto pronto, quanto de entrada de matéria-prima.
Na busca de soluções, conta com a parceria das empresas de transporte que também fazem as suas compensações, por meio do plantio de árvores. Além disso, inspiradas pela Mercur, estas empresas passaram a desenvolver suas ações de responsabilidade socioambiental. Desde 2015, os processos da empresa são carbono neutro.
A Mercur também busca modais alternativos de transporte, como a cabotagem. Assim, reduz, em média, 58% na emissão do transporte dos produtos. Para a neutralização e compensação da emissão de carbono a empresa faz o plantio e restauração florestal, observando os biomas das áreas. A empresa mantém uma área de proteção permanente próxima ao distrito industrial, em Santa Cruz do Sul/RS. Desde que começou a compensar CO², a Mercur já restaurou 93 mil árvores plantadas, do bioma Mapa Atlântica com espécies como Coqueiro Gerivá, Caroba, Guajuvira, Paineira, Cedro, Araçá, Cerejeira, Guabiroba, entre outras espécies. Essa ação possibilita a proteção dos solos e da biodiversidade, além de melhorar o clima. Para cada tCO2e (tonelada de CO2 equivalente), são plantadas 6,3 árvores.
Em 12 anos, Mercur restaurou mais de 93 mil árvores do Bioma Mata Atlântica
Empresa tem fluxo de ações de proteção contínua das florestas e regeneração do planeta