Mesmo com dólar médio de R$ 4,93, Taurus mantém forte desempenho operacional, com margem bruta de 47,6% no 2T22 e lucro líquido de R$ 295,8 milhões no 1S22
Encerrado o desafiador primeiro semestre de 2022, a Taurus está orgulhosa dos resultados alcançados e apresentados ao mercado. Com uma equipe de monitoramento e inteligência de mercado, um portifólio de produtos amplo e diversificado, processos operacionais eficientes que proporcionam agilidade para adequar o mix e com flexibilidade para direcionar a produção para diferentes mercados mundiais, a empresa encerrou o segundo trimestre com excelentes resultados, mantendo o alto patamar de margens consolidado no decorrer dos últimos anos e que já é uma característica da Taurus.
As condições do mercado norte-americano de armas, maior mercado mundial, mudaram um pouco nos últimos meses. Depois de atingir níveis de demanda jamais vistos em 2020, houve certa desaceleração na intenção de compra. Mesmo assim, o NICS (National Instant Criminal Background System), índice que indica o número de pessoas que têm a intenção de comprar uma arma nos EUA, se mantém acima da média histórica. Considerando o período de janeiro a junho, o Adjusted NICS atingiu 8,1 milhões de consultas em 2022, número 35% superior à média registrada no mesmo período dos anos de 2000 a 2021.
As vendas da Taurus nos EUA acompanharam esse movimento de recuo do mercado norte-americano, mas em proporção inferior à observada no NICS, ao comparar a evolução entre o primeiro semestre de 2021 e 2022.
Ao mesmo tempo, a demanda local continua forte, com destaque para o aumento do interesse do consumidor por produtos de maior valor agregado, movimento que vem se verificando desde a flexibilização da legislação brasileira relativa à aquisição de armas. A Companhia ampliou as vendas no mercado brasileiro, priorizando o atendimento a essa demanda.
Considerando ainda o repasse da inflação, com o aumento de preços adotado em agosto de 2021, a receita com a venda de armas no Brasil apresentou crescimento de 47,4%, quando comparado o primeiro semestre de 2022 ao mesmo período do ano passado. Com isso, aumentou também a participação da receita das vendas locais no total da receita com armas, que foi de 21,3% no primeiro semestre de 2021 para 28,6% no primeiro semestre de 2022.
A Taurus manteve a rentabilidade operacional, com a margem bruta de 48,6% no primeiro semestre de 2022, superando o mesmo semestre de 2021 em 2,7 pontos percentuais, e margem Ebitda de 34,4%, com alta de 1,1 p.p. no mesmo período de comparação. No segundo trimestre de 2022, a margem bruta foi de 47,6%, também apresentando aumento em relação ao registrado no segundo trimestre de 2021 (+2,0 p.p.).
A empresa atingiu ótimos resultados, mesmo considerando as mudanças das condições do mercado e da valorização do real em relação ao dólar médio, que foi de 5,8% na avaliação semestral e 6,8% na comparação entre o segundo trimestre de 2022 e 2021. Como as vendas são, em sua maior parte, realizadas no exterior (68,4% da receita do 1S22), a queda na cotação do dólar pressiona essa parcela da receita, que é convertida em moeda nacional ao ser contabilizada no resultado da Companhia. Mas, com um mix de produtos mais rico e maior produtividade operacional, a Taurus superou a lucratividade alcançada no ano passado, o que comprova que o modelo de gestão é ágil e assertivo.
A Taurus é hoje uma empresa cuja marca é reconhecida pela sua qualidade, com sólidos resultados obtidos a partir de uma operação bem estruturada e moderna. Conta com amplo portfólio de produtos de qualidade, assim como custo de produção e preços finais competitivos, o que assegura boa rentabilidade. A estratégia de focar em pesquisa e desenvolvimento (P&D), com o desenvolvimento pelo CITE – Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA de novos produtos que incorporam tecnologia e processos industriais eficientes, assim como os investimentos que vêm sendo feitos, se confirma acertada.
Segundo o CEO Global, Salesio Nuhs, tecnologia é a palavra-chave na Taurus. “Nós entendemos que tecnologia e inovação têm que fazer parte do nosso cotidiano e, por isso, nossos investimentos têm sido também direcionados para P&D e aquisição de equipamentos no estado da arte. Mantemos nosso plano de investimentos, financiado pela forte geração de caixa da Companhia e, também, com a possibilidade de retomar a captação de recursos no mercado de crédito. A tomada de financiamentos, no entanto, será sempre realizada com muito critério, mantendo a baixa alavancagem financeira da Taurus, de forma a garantir um caixa saudável que permita remunerar os acionistas de forma adequada”, afirma.
A Companhia segue empenhada em lançar produtos inovadores, que atendam a demanda do mercado. O mais recente, lançado em julho, foi a Taurus GX4 Graphene, que chega para revolucionar o mercado, marcando o início da 3ª geração de pistolas. É a primeira arma do mundo com grafeno na composição de seus componentes injetados e no tratamento superficial das peças metálicas, colocando o Brasil como pioneiro no uso dessa tecnologia. O grafeno, material à base de carbono, é considerado atualmente o material mais resistente, leve e fino. E, de acordo com a empresa, o lançamento da GX4 Graphene é apenas o início de uma série de importantes novidades que estão sendo trabalhadas pelo Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA.
A Taurus, em parceria do CITE com a Nione – unidade das empresas Randon e Fras-le –, está desenvolvendo projeto para a aplicação de nano partículas de nióbio em ligas de metais. Em julho, foi realizada uma reunião entre o CITE da Taurus e a equipe de inovação da Nione de kick off desse projeto que, junto com o grafeno, completará novo ciclo tecnológico de materiais inéditos utilizados na fabricação dos armamentos Taurus, adicionando ao portfólio armas cada vez mais leves e resistentes. Reforçando, assim, o pioneirismo da Taurus mundialmente na aplicação de nanotecnologia em armas leves e, com isso, também a competitividade no mercado internacional.
A Taurus também está negociando um contrato de nacionalização da tecnologia de aplicação de DLC (Diamond Like Carbon), que envolve a implantação de uma moderna fábrica no condomínio de fornecedores, localizado na unidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Essa tecnologia, que hoje já é utilizada no cano da pistola GX4 na fábrica americana, estará disponível para a Taurus no Brasil.
A empresa tem mais novidades, como a entrada em um novo segmento de negócio: a produção de supressores (ou silenciadores). É um passo estratégico importante para a Companhia, que passará a atuar neste mercado mundial atualmente estimado em US$ 400 milhões, conforme fonte da Associação Americana de Supressores, e que apresenta forte potencial de crescimento.
“Estamos continuamente trabalhando para identificar as tendências e aproveitar as oportunidades do mercado. Temos nossa inteligência de mercado e a flexibilidade em termos operacionais para nos adequarmos às mudanças do mercado atual e aproveitarmos para crescer ainda mais nos EUA e no Brasil. Estamos reforçando nosso time de marketing e contratando novas agências de publicidade, sendo uma nos EUA e duas no Brasil. Ao mesmo tempo, em termos operacionais, ampliamos a parcela de nossas linhas de produção dedicada à fabricação de revólveres, produto clássico, cuja demanda é mais estável no mercado norte-americano”, explica Salesio Nuhs.
A Taurus tem também flexibilidade em termos de distribuição geográfica das vendas. Com o aumento da demanda no Brasil, nos últimos meses direcionou maior parcela da produção para atender o consumidor nacional. No lançamento, os estoques da GX4 Graphene na maioria das lojas brasileiras, por exemplo, se esgotaram em apenas dois dias. A primeira loja conceito, localizada em Brasília, tem apresentado desempenho acima do esperado. O projeto desenvolvido de modo a criar maior aproximação com o consumidor, terá sua segunda unidade na cidade de São Paulo, onde as obras já foram iniciadas.
Como previa, no segundo trimestre de 2022 a empresa aumentou as vendas para outros países além dos EUA e seguiu com a opção de ampliar sua atuação em licitações internacionais, sempre que considerar vantajoso e houver folga de produção para tal. A Companhia tem grande competitividade nessas licitações, por contar com produtos de qualidade e preços competitivos.
A joint venture de carregadores segue em plena operação e vem aumentando sua produção e ampliando os modelos disponíveis. A decisão estratégica de produzir carregadores no Brasil se confirmou acertada, visto que a forte demanda no último ano levou à falta do produto no mercado, de modo que a Taurus não teria sido capaz de entregar o volume recorde de armas que vendeu se não pudesse contar com carregadores de fabricação própria.
Outro assunto de grande relevância e que está no centro das discussões em todo o mundo é a pauta ESG (sigla em inglês para “ambiental, social e governança corporativa”). A Taurus, agora que se tornou uma companhia sólida em termos operacionais e financeiros, está dedicando maior foco a esse tema importante. Com relação à governança corporativa, a empresa já tinha uma estrutura consistente, adotando as melhores práticas, como o Conselho da Administração formado por maioria de membros independentes, a existência de um Conselho Fiscal permanente e um Comitê de Auditoria estatutário, entre outras.
Agora, a Companhia está se voltando com mais ênfase aos outros dois aspectos do ESG, assim como fazendo o levantamento de dados e informações para reportar ao mercado. A E&Y elaborou a primeira matriz de relevância da Taurus, onde foram mapeados os tópicos de maior destaque para os stakeholders. A Taurus, em parceria com a empresa contratada, definirá as metas e processos de medição, assim como fará a elaboração do primeiro Relatório Anual de Sustentabilidade da Companhia, que deverá ser publicado em 2023.
No aspecto social, considerando o público interno, a empresa tem investido nos últimos dois anos em diversos projetos de desenvolvimento profissional de seus colaboradores, contribuindo assim para o crescimento pessoal e crescente qualificação da equipe da Taurus. Nesse sentido, tem o Programa Educacional de Excelência em Pesquisa e Inovação (Proet), que financia até 70% de cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado, e o Projeto Trilhar, que define trilhas de carreiras e contará com mais de 300 qualificações para os colaboradores poderem orientar seu desenvolvimento profissional.
Já foram realizadas mais de mil horas de treinamento, contando com a participação de mais de 1.300 colaboradores, incluindo 21 no MBE em Engenharia de Sistemas Taurus e cinco mestrandos. A empresa tem também seu compromisso com a sociedade e a geração de oportunidades profissionais. Nesse sentido, participa do Programa Jovem Aprendiz e tem o projeto Taurus do Bem, que visa incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
“Seguimos com muitos projetos em andamento e planos para a Taurus, baseados em crescimento, tecnologia e parcerias estratégicas com universidades e entidades ligadas a inovação. Nosso foco está direcionado para entregar resultados consistentes com o nosso firme compromisso de tornar a Taurus uma empresa cuja inovação e tecnologia seja reconhecida mundialmente. Nessa jornada, contamos com o direcionamento de nossos Conselheiros, a quem agradecemos, assim como agradecemos o suporte e a confiança de nossos acionistas, a parceria de nossos fornecedores e clientes e a dedicação de nossos funcionários”, finaliza Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.