Segundo indicador da Serasa Experian, de janeiro a setembro deste ano, foram registradas 3.046.294 tentativas de fraudes de identidade contra o consumidor no Brasil, representando uma tentativa a cada 8 segundos. As tentativas de fraudes relacionadas com o segmento de Bancos e Cartões lidera com 1,7 milhão. Em segundo lugar, estão as Financeiras, com 528 mil tentativas, seguido pelo setor de serviços, com 457 mil. Varejo aparece em quarto lugar, com 254 mil pessoas que foram alvo e Telefonia em último lugar, com 79 mil.
Na visão por idade, a população com idade entre 36 e 50 anos foi a que mais sofreu, com 1,1 milhão. Em segundo lugar, estão os consumidores de 26 a 35 anos, que sofreram com 839 mil tentativas. Depois aparecem: 51 a 60 anos (427 mil tentativas); até 25 anos (349 mil tentativas) e acima de 60 anos (334 mil tentativas).
“Superar as 3 milhões de tentativas de fraude em nove meses do ano é um cenário bastante expressivo porque é preciso considerar que ainda temos períodos em que os golpistas costumam intensificar suas ações, como a Black Friday e o Natal. Por isso, o consumidor precisa ter cuidado redobrado e desconfiar de ofertas milagrosas, sites desconhecidos e não clicar em links estranhos, por exemplo. Para que a proteção seja mais eficiente, as empresas também possuem um papel muito importante no combate, seja investir em soluções de autenticação e prevenção à fraude e até mesmo conscientizar seus clientes divulgando informações seguras”, alerta o diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.
Por Estados, São Paulo lidera o ranking, com cerca de 934 mil tentativas no mesmo período. Na sequência aparecem: Rio de Janeiro, com 331 mil; Minas Gerais, com 263 mil; Paraná, com 201 mil e Rio Grande do Sul, com 151 mil. Veja abaixo o ranking completo por Estados.
Veja dicas dos especialistas da Serasa Experian para consumidores e empresas evitarem ser vítimas de golpistas:
Consumidores:
• Inclua suas informações pessoais e dados de cartão se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro;
• Desconfie de ofertas com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar pegar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador;
• Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminem os dispositivos com vírus para funcionarem sem que o usuário perceba;
• Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;
• Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;
• Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;
• Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de qualquer fraude do Pix.
Empresas:
• Com a aceleração da adoção de canais digitais na vida dos consumidores, as empresas estão cada vez mais investindo em novos métodos de detecção de fraudes e tecnologias cada vez mais sofisticadas ao longo da jornada do cliente, para que a segurança da operação não afete sua experiência integrada. A Serasa Experian, por exemplo, tem soluções modulares inteligentes e um time de especialistas em autenticação e prevenção à fraude que possibilitam oferecer uma experiência segura e sem atrito ao cliente final. Com combinação de dados, analytics e soluções automatizadas, as empresas podem expandir os negócios com segurança.
• Conte com plataformas de pagamento online. A empresa que deseja atuar de forma online, prestando serviços ou vendendo produtos, precisa ter a máxima atenção com os pagamentos. É preciso adotar uma sistemática que alie rapidez no processamento das transações à segurança;
• Faça a análise de compras mais caras. Outra prática que pode reduzir bastante o risco de fraude online é a análise das compras. Sempre que a empresa se deparar com um pedido de alto valor, por exemplo, é necessário dedicar uma atenção especial, verificando de forma mais detalhada o cliente e os dados informados. Uma forma de garantir a segurança desse tipo de transação é realizando um contato prévio por e-mail ou telefone para confirmar dados ou a própria compra. Embora esse tipo de avaliação possa tornar o processo de venda mais longo, ele é essencial para resguardar o seu negócio contra fraudes;
• Verifique cadastros. Contar com uma base de dados do cliente é essencial para reforçar a segurança de operações online. Nesse quesito, ter acesso a um cadastro atualizado dos consumidores, no qual é possível checar a veracidade das informações fornecidas no momento de uma compra, por exemplo, é outra estratégia para reduzir os riscos na hora de vender. A confirmação cadastral pode facilmente identificar tentativas de fraudes, sinalizando situações suspeitas, como divergências de dados do cliente com as que constam de outras bases de dados confiáveis;
• Consulte o perfil do seu cliente. Conhecer o cliente é, sem dúvida, uma das maneiras mais eficientes de se evitar fraudes online. Quando a empresa é capaz de avaliar o histórico do consumidor no mercado, status do seu CPF ou CNPJ, os seus hábitos e a existência de pendências em seu nome, por exemplo. Fica muito mais fácil e seguro avaliar os riscos de uma operação.
Metodologia
O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude – Consumidor é resultado do cruzamento de dois conjuntos de informações das bases de dados da Serasa Experian: 1) total de consultas de CPFs efetuado mensalmente na Serasa Experian; 2) estimativa do risco de fraude, obtida através da aplicação dos modelos probabilísticos de detecção de fraudes desenvolvidos pela Serasa Experian, baseados em dados brasileiros e tecnologia Experian global já consolidada em outros países. O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes – Consumidor é constituído pela multiplicação da quantidade de CPFs consultados (item 1) pela probabilidade de fraude (item 2).