Neste final de semana, a CNN Brasil ainda conhece as culinárias de Nova York e Quioto e as histórias de Atenas e Panamá, além de procurar entender o que há por trás dos fetiches e fantasias com Pedro Andrade, e como se dá o processo de inovação nas empresas com Phelipe Siani e Fernando Nakagawa.
Confira a programação:
CNN VIAGEM & GASTRONOMIA – 07/01, 21h
Panamá: um tesouro escondido no Caribe
O primeiro destino do CNN Viagem & Gastronomia em 2023 é um deleite para todos os sentidos: o mar do Caribe. Daniela Filomeno embarca em uma viagem de luxo e aventura pela América Central e chega ao Panamá, um país bonito por natureza, onde praias, florestas, sabores locais e hotéis incríveis se misturam em perfeita harmonia.
O programa tem como destino o arquipélago Bocas del Toro, região com paisagens de tirar o fôlego, onde é possível fazer um roteiro fora do convencional. Daniela visitou, por exemplo, uma fazenda de cacau que produz chocolates de alta qualidade e que também funciona como projeto social. Dali, a nossa apresentadora foi conhecer o que o mar do Caribe tem: golfinhos, corais, ilhas paradisíacas, bares “pé na areia” e cardápios de dar água na boca.
A fauna do país também um convite a uma imersão nas belezas da natureza. Por causa de sua localização, o Panamá é um dos cinco corredores de aves migratórias do mundo, abrigando 10% de todas as espécies de aves conhecidas do planeta, com mais variedade de pássaros do que os Estados Unidos e o Canadá juntos. E mais: a equipe do CNN Viagem & Gastronomia ficou hospedada em dois hotéis recém-inaugurados, abertos no final de 2021 e mostrados em detalhes: o Bocas Bali Luxury Water Villas e o La Coralina Island House. São verdadeiros refúgios de natureza, com inspiração balinesa, arquitetura integrada ao meio ambiente, infraestrutura sustentável e dedicação total ao bem-estar dos hóspedes.
Classificação indicativa: 12 anos.
JORNADAS CULINÁRIAS – 07/01, 21h45
Nova York | Quioto
Dois lugares que não poderiam ser mais distintos estão no Jornadas Culinárias desta semana. De um lado, a frenética Nova York. De outro, Quioto, antiga capital imperial do Japão, com suas construções históricas e trajes tradicionais. Mas quem disse que a metrópole americana não tem tradição? O chef Michael White, apaixonado pela diversidade gastronômica da cidade, vai aproveitar para mostrar que, apesar da pressa, os nova iorquinos não vivem só de fast food.
Da icônica delicatessen judaica Katz que, desde 1888, serve um famoso sanduíche de pastrami, aos produtores artesanais que inundam os arredores de Nova York, o chef vai garimpar carnes maturadas, queijos de fazer inveja aos franceses, e produtos frescos para preparar uma refeição para uma das maiores tradições americanas: o 4 de Julho, Dia da Independência.
Do outro lado do mundo, o chef japonês Shinobu Namae deixa a agitação de Tóquio, onde fica seu estrelado restaurante, para conhecer a tradição japonesa do chá. Namae, que tem formação clássica francesa, vai mergulhar nas raízes de seu país para conhecer um ingrediente que é tão importante para sua cultura que tem até mesmo uma cerimônia dedicada só a ele. Como ele vai aplicar tudo isso ao seu modo de cozinhar?
Classificação indicativa: livre.
UNIVERSO KARNAL – 07/01, 23h
Fake News
“Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”. Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista e autor da famosa frase, tinha o rádio como principal veículo de suas mentiras. Agora, mais de 80 anos depois, a mentira está na era das redes. Digitais, complexas, voláteis, não-lineares, as fake news estão mais do que nunca no cotidiano. Sem ter como escapar delas, o melhor é duvidar e questionar de tudo?
Para debater a questão, Leandro Karnal recebe Isabela Kalil, professora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), onde coordena o NEU (Núcleo de Etnografia Urbana e Audiovisual). Para ela, o mundo vive uma “infodemia”, termo que caracteriza o excesso de informação e representa um prato cheio para comportamentos maliciosos. Karnal ainda mergulha no universo da criação de notícias falsas e suas consequências com a ajuda de profissionais especializados na manipulação de imagens e sons. Afinal, manipular informações, criar narrativas falsas, não é algo novo, mas resta saber quais são suas consequências.
Para combater tanta desinformação, o faro aguçado de um jornalista com mais de 60 anos de experiência, ajuda muito. Ao lado de Leandro Karnal, o experiente jornalista Boris Casoy apresenta estratégias para não ser seduzido pelas fake news.
Classificação indicativa: livre.
SINAIS VITAIS – 07/01, 19h15
Cérebro: A Máquina Perfeita
O cérebro e os seus mistérios são tema do episódio do CNN Sinais Vitais, com dr. Roberto Kalil. Como o cérebro funciona? O que a ciência sabe sobre isso? Qual a sua função no organismo? E como ele reage a estímulos como uma música, por exemplo? Para isso, dr. Roberto Kalil entrevistou grandes estudiosos do principal órgão do corpo humano.
O médico Paulo Niemeyer Filho, neurocirurgião e diretor do Instituto do Cérebro Paulo Niemeyer, explica que o que diferencia um humano dos outros animais é o lobo frontal. “Os lobos frontais se desenvolveram e deram ao homem a capacidade do pensamento simbólico, que foi o que deu origem à linguagem, a capacidade de desenvolver a matemática, as letras, e todo o nosso pensamento, todos os nossos sonhos”, afirmou Niemeyer. A equipe do CNN Sinais Vitais foi até o Rio de Janeiro para acompanhar uma cirurgia de tumor realizada por Paulo Niemeyer Filho. Durante o procedimento, o paciente ficou acordado, já que a área do tumor podia afetar a sua linguagem.
Dr. Kalil também entrevistou o neurocientista Miguel Nicolelis. A entrevista foi feita no Museu Catavento, em São Paulo, que exibia uma exposição sobre o universo. Nicolelis tem uma teoria de como o cérebro humano evoluiu para se tornar um computador orgânico sem rival no universo conhecido. “O cérebro humano só é comparável ao universo que nos cerca. É através do cérebro que a gente confere significado, interpreta, gera uma noção de realidade que é peculiar ao ser humano. Por isso que eu gosto de dizer que o cérebro construiu, esculpiu o universo humano. O cérebro tenta criar um modelo do que tá aqui fora para maximizar nossas chances de sobrevivência”, completa Nicolelis.
O episódio ainda traz as principais pesquisas que envolvem o cérebro. A Universidade Federal do ABC realizou um estudo com violinistas para entender a empatia do cérebro de um músico ao tocar sozinho e ao tocar acompanhado. Para medir isso, o estatístico e neurocientista João Ricardo Sato utilizou toucas com sistema de espectroscopia funcional no infravermelho que medem a oxigenação em diferentes áreas do cérebro. Convidados pelo Sinais Vitais, a Família Lima foi até um teatro em Campinas, onde Lucas, Amon, Moisés e Allen tocaram enquanto seus cérebros eram monitorados.
Outro grande pesquisador que participa do episódio é o Stevens Rehen, do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR). Neurocientista especializado em pesquisas com células-tronco, ele também é professor titular do Instituto de Biologia da UFRJ. Stevens capta células da pele ou da urina e as transforma em neurônios e consequentemente em mini cérebros. Ainda no IDOR, temos a participação de Julie Wein que trabalha com análise de emoções usando ressonância magnética. No IDOR, eles estudam, por exemplo, por que as pessoas se dividem em grupos sociais como religião, futebol, política.
MARAVILHAS DO MUNDO COM RICHARD QUEST – 08/01, 21h45
Atenas e Cidade do Panamá
No segundo episódio de Maravilhas do Mundo, o jornalista britânico Richard Quest leva o público para dois lugares que, nos últimos anos, têm sido destaque mais pelas notícias ruins do que pelas boas. Primeira parada: Atenas. Berço da democracia, lugar cheio de história, mais recentemente a cidade esteve no centro da crise financeira que atingiu a Grécia, sediando manifestações que culminaram em violência e até mortes. Quase dez anos após o ápice da crise, Richard Quest conhece a cidade que emergiu das cinzas. Ele faz isso ouvindo, inclusive, figuras marcantes daquele período, como o ex-ministro de finanças do país, Yanis Varoufakis. E ainda vai explorar raízes mais antigas da cidade com a história inusitada de um príncipe e uma princesa, que se casaram no exílio e retornaram a Atenas para viver como plebeus.
Já o segundo destino deste episódio foi destaque na última vez por conta do escândalo dos Panama Papers, que Richard Quest, inclusive, cobriu, como jornalista. Ele próprio admite que sabia muito pouco sobre este lugar que agora está prestes a descobrir. A Cidade do Panamá não é grande, mas é crucial tanto geograficamente quanto economicamente. São esses interesses que estão por trás de como a cidade foi sendo construída e moldada ao longo dos anos. Parte desta história é alvo dos filmes do cineasta Abner Benaim, que conversa com Quest, e define a Cidade do Panamá como “um lugar usado por todos”. É o ponto nevrálgico deste lugar – o Canal do Panamá – que Quest também vai explorar de perto e, inclusive, ajudar a operar a complicada rede de botões que abre e fecha eclusas, liberando milhões de dólares para ir e vir, em forma de mercadorias dentro de navios gigantes.
Classificação indicativa: 10 anos.
ENTRE MUNDOS – 08/01, 22h30
Fetiches e Fantasias
Quando o assunto é sexo, aquilo que geralmente se faz entre quatro paredes pode ser muito mais ousado do que as pessoas gostam de admitir. Fantasias, fetiches, kinks… hoje, cada vez mais pessoas se sentem à vontade para falar sobre esse assunto, e agregar mais e segregar menos.
Nesse episódio de Entre Mundos, Pedro Andrade vai explorar as diferentes nuances do fetichismo. Da dançarina de pole dance que é expoente do voyeurismo à mulher que é adepta do exibicionismo, com “toques” de cosplay. E por falar em fantasia, vamos conhecer o lendário The Eagle, o bar que é um dos lugares mais emblemáticos para a comunidade LGBT nos Estados Unidos. Inaugurado em 1969, quando os tempos eram outros, o local virou um símbolo de resistência para um público que, naquela época, não podia existir, segundo Pedro Andrade. O jornalista entrevista Chris Kelley, vencedor do concurso “Mr. Eagle”, em novembro de 2022, e que tem um fetiche que está entre os mais comuns: couro.
E como funciona o sadomasoquismo? Pedro vai tentar entender em que ponto dor e prazer se misturam, e conversar com quem entende do assunto para se aprofundar nas razões por trás de tudo isso, se é que elas existem.
Classificação indicativa: 16 anos.
CNN SOFT BUSINESS – 08/01, 23h15
Inovações nas empresas
Quando se fala em inovação nas empresas, o lugar comum nos leva a imaginar que é preciso criar uma nova tecnologia ultra moderna, capaz de revolucionar o mercado. Mas não é bem assim. Uma simples atitude corporativa inovadora, que pode não envolver tecnologia alguma, já é capaz de gerar valor e lucro para uma empresa. O iTunes, antigo aplicativo da Apple, por exemplo, foi o primeiro a se perguntar, em 2003: será que os amantes de música querem comprar um álbum digital inteiro, como era na mídia física? Ou podemos vender faixas de músicas digitais separadamente? De modo inovador, o iTunes deu um salto e, em 2010, se tornou a varejista de música número 1 do mundo. Claro que outras empresas chegariam de modo inovador nesse mercado mais adiante, o que fez o iTunes, inclusive, ser extinto em 2019. E a inovação é por aí, mesmo.
Segundo o economista austríaco Joseph Schumpeter, “a inovação é a possibilidade de criação e, ao mesmo tempo, de destruição”. Quando chega uma inovação no mercado, o antigo corre o risco de morrer. É o caso da inovação que foi o smartphone. Faz sentido comprar um celular para fazer apenas chamadas telefônicas atualmente? Ainda que seja uma força destruidora do antigo, “a inovação é um motor do crescimento econômico”, nas palavras do mesmo Schumpeter. É quando um produto, um serviço ou um modelo de negócio inovador é capaz de gerar negócio e movimentar a economia.
Nesse sentido, o Brasil tem empresas inovadoras reconhecidas no mercado, e que viram seus lucros serem multiplicados a partir do investimento que fizeram em inovação. Segundo apurou o CNN Soft Business, a fabricante de aviões Embraer, por exemplo, atribuiu 51% da receita de US$ 4,1 bilhões, registrados em 2021, a inovações que ocorreram nos últimos cinco anos. Além da Embraer, empresas tradicionais como Vale e Petrobras, Natura e Magazine Luiza, Fleury e WEG são consideradas, por especialistas, inovadoras em seus negócios. Mas, há anos, são sempre as mesmas, e poucas. Em comparação ao mundo, a falta de inovação fica mais evidente: o Brasil está na 57ª posição do Índice Global de Inovação, da ONU.
O coordenador do Observatório da Inovação da USP, Glauco Arbix, explica o porquê: “o Brasil tem uma economia muito fechada para se pensar em uma expansão acelerada da inovação. São barreiras para as empresas brasileiras e startups, mas também para as estrangeiras. As dificuldades começam quando você vai registrar, com papelada e burocracia. Impostos, infraestrutura precária, dificuldade de acesso a grandes bancos de dados. Nós estamos atrasados em relação às práticas mais avançadas do mundo empresarial e estamos atrasados na própria universidade. O mundo inteiro quer pôr universidade junto com a empresa. Aqui se segrega e se ataca a universidade, que é de onde vêm as pesquisas. O dinheiro para investir em tecnologia também é caro e, muitas vezes, não há gente qualificada para fazer aquilo. Se não quebrarmos esse ciclo, ficaremos pior das pernas”, reflete o professor.
Sobre as empresas inovadoras presentes na Bolsa de Valores, o CNN Soft Business conversou com a analista de ações da casa de investimentos Nord Research, Danielle Lopes, que explicou a relação entre inovação e valor dos papéis dessas empresas na B3: “Inovação não está necessariamente ligada ao reconhecimento de uma ação. Mas se considerarmos que a inovação vai melhorar e subir os resultados da empresa, aí sim a gente pode dizer que a ação vai acompanhar esse movimento. O resultado manda. E a inovação pode contribuir. Mas ela não é um motorzinho para puxar as ações para cima”.
Apresentado por Phelipe Siani e Fernando Nakagawa, o CNN Soft Business também esmiúça, em uma reportagem, os prejuízos que o chamado “deepfake” pode trazer para os negócios.
Classificação indicativa: livre.