O Ministério Público Federal (MPF), pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Rio de Janeiro (PRDC-RJ), vem atuando desde ontem (8) para desmobilizar acampamento instalado na frente das instalações do Palácio Duque de Caxias e prevenir ataques golpistas em pontos estratégicos da região metropolitana do Estado.
Após contatos com o governo do Estado e com a Secretaria de Polícia Militar e a Polícia Federal, o órgão expediu neste domingo ofício ao Comando Militar do Leste (CML) no Rio de Janeiro para que se tomem providências urgentes para desmantelar e desocupar acampamento. O governador destacou que o CML administra a área, sendo necessária a sua atuação.
No ofício, a PRDC destaca que o CML deve adotar todas as providências necessárias para desocupar o acampamento situado em área contígua ao prédio do comando, inclusive mediante auxílio da Polícia Militar e outras forças de segurança, informando imediatamente o resultado de tais medidas.
“O país assistiu na data de hoje (ontem, 08/01) a atos golpistas, com métodos terroristas, de depredação do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional. Os criminosos atentaram contra o Estado Democrático de Direito e manifestaram total desprezo pelas instituições da República”, alertou o procurador da República Julio José Araujo Junior, ao expedir o ofício.
Para o MPF, “os atos violentos puseram em risco a vida de numerosas pessoas (entre agentes públicos e particulares), causaram danos ao patrimônio público e, sobretudo, causaram medo e insegurança à população em geral. Além disso, geram a apreensão de que novas mobilizações golpistas ocorrerão, não só em Brasília, mas em todo o país”.
Além disso, diante de informações das redes sociais, o procurador da República dialogou e cobrou das autoridades atuação firme para impedir a invasão da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e outros espaços públicos. “A atuação do MPF e o papel importante das forças de segurança, mediante diálogo permanente com a Secretaria de Polícia Militar, garantiram que no Rio de Janeiro os golpistas não realizassem qualquer investida em pontos estratégicos da região metropolitana”, afirmou.
Inquérito Civil n.º 1.30.001.004832/2022-14
CidadeMarketing com informações do MPF/RJ