A Associação Brasileira de Anunciantes – ABA – lançou na última quinta-feira, dia 21, durante a 3ª Reunião de Diretoria Nacional o “Guia GARM de Sustentabilidade: ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa na indústria de mídia”. O material foi produzido pelos Comitês de Comunicação & ESG e de Mídia da entidade, a partir de sua versão original elaborada pela WFA – World Federation of Advertisers – entidade global que representa os anunciantes e na qual a ABA é afiliada e membro de seu Executive Committee.
A entidade, cumprindo seu papel de disseminadora de boas práticas no mercado, traz o documento com o objetivo de discutir o impacto da indústria de mídia na sustentabilidade e como pode ser feita a redução de danos ao meio ambiente. O guia promove um conjunto de orientações práticas do que as agências e os atores do mercado podem fazer. A necessidade de ação e de organização dentro do tema é tamanha que, em 2020, foi criada no Reino Unido a Ad Net Zero – ANZ, uma iniciativa que nasceu como resposta da indústria de publicidade ao debate em torno do assunto, e que tem a ambiciosa meta de zerar as emissões de carbono do setor até o final 2030.
“Ao reconhecer o papel crucial que a indústria publicitária desempenha na moldagem de tendências e comportamentos, e entender a urgência do desafio global de mudanças climáticas, temos a responsabilidade de liderar essa filosofia sustentável em todos o ecossistema de mídia, sendo este o principal objetivo da ABA com este guia elaborado pela GARM – Global Alliance for Responsible Media, lançado no Brasil de forma pioneira pela ABA, em novembro de 2021” , pontua Sandra Martinelli, CEO da ABA e membro Executive Committee da WFA.
A presidente do Comitê de Comunicação & ESG da ABA, Fabíola Duarte, Head of Communication da Diageo, ressalta a preocupação que o meio publicitário precisa ter com as emissões poluentes. “Precisamos que profissionais de marketing e comunicação usem sua criatividade e o alcance de suas mídias e campanhas para promover a conscientização e incentivar comportamentos mais sustentáveis.”
A publicação de 14 capítulos projeta ser a base, o ponto de partida para planos de ações nas agências Brasil afora, e pretende oferecer ao mercado um panorama abrangente de como o segmento da mídia pode criar soluções particulares e em cadeia para questões que afetam a todos.
Fazer conexões e negócios com fornecedores comprometidos com práticas eco-friendly é uma das grandes chaves para que esta cadeia de mídia sustentável se consolide.
“Está na hora de repensarmos as abordagens tradicionais e adotarmos práticas inovadoras. A otimização de recursos é essencial, reduzindo desperdícios tanto na produção de materiais quanto na veiculação de campanhas. Investir em tecnologias mais eficientes e sustentáveis também é crucial para diminuir nossa pegada de carbono. No entanto, o maior desafio reside em nosso próprio comportamento interno. Devemos revisar nossas operações, dos escritórios às viagens, buscando minimizar nosso impacto ambiental. Ao abraçar práticas que compensam as emissões, mostramos que estamos comprometidos não apenas com a retórica, mas com a ação concreta”, alerta a Presidente do Comitê de Mídia e VP da ABA, Paula Marsilli, Diretora de Mídia e Audiências da Natura & Co.
