Maceió, capital do estado de Alagoas, enfrenta um desastre ambiental de proporções alarmantes, resultado das atividades da Braskem na região. O caso da Mina 18, cujo iminente risco de afundamento ameaça devastar o bairro de Mutange. As 35 minas da Braskem, antes vistas como fonte de recursos, tornaram-se cavernas de desespero desde um terremoto em 2018 que abriu rachaduras em cinco bairros, resultando na evacuação de mais de 14 mil imóveis e afetando diretamente cerca de 60 mil pessoas.
O Legado das minas de sal-gema:
Por décadas, a Braskem utilizou as 35 minas na região para a extração de sal-gema, uma atividade que, até então, parecia inofensiva. No entanto, em 2018, um terremoto revelou as consequências devastadoras dessa prática, abrindo rachaduras em diversos bairros e lançando a população em uma situação de emergência.
A ameaça iminente da Mina 18:
Destacando o cenário crítico da Mina 18, evidenciamos o perigo iminente de afundamento que paira sobre o bairro de Mutange. Este local, outrora tranquilo, agora enfrenta o risco iminente de destruição, gerando apreensão e incerteza entre os residentes.
A evacuação e seus impactos sociais:
A evacuação forçada de mais de 14 mil imóveis trouxe consigo um impacto social significativo, afetando diretamente cerca de 60 mil família afetadas. Comunidades inteiras foram deslocadas, perdendo não apenas seus lares, mas também suas raízes e conexões.
O encerramento da mineração e o trabalho de fechamento das minas:
Diante da tragédia, a Braskem interrompeu suas operações de mineração no final de 2019. Desde então, a empresa empenhou-se em um trabalho de fechamento das minas, buscando conter danos e restaurar, ao menos em parte, a normalidade na região.
O crime ambiental praticado pela Braskem
Juridicamente, a Braskem enfrenta ações legais e pressões para compensar os danos causados. Moradores afetados, organizações ambientais e autoridades locais buscam responsabilizar a empresa por suas atividades, exigindo reparação pelos danos sociais, ambientais e econômicos causados.
As investigações em curso e as ações judiciais são etapas fundamentais para garantir que a Braskem assuma a responsabilidade pelas consequências de suas operações. O desfecho desses processos terá implicações significativas não apenas para as vítimas diretamente afetadas, mas também para a precedência legal em casos de desastres ambientais relacionados à exploração industrial. Este aspecto legal adiciona uma dimensão crítica à tragédia em Maceió, trazendo à tona a necessidade de responsabilidade corporativa e a importância de regulamentações rigorosas para evitar que tais eventos ocorram no futuro.