O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) interceptou cerca de 174,5 toneladas de uva-passa contaminada com ocratoxina A, substância que pode ser prejudicial à saúde humana. As apreensões correspondem a 6,72% do total importado pelo Brasil em 2023.
As uvas-passas contaminadas foram importadas de países como Turquia, Chile, Argentina e Uruguai. As análises laboratoriais realizadas pelo Mapa constataram que os lotes estavam acima dos limites máximos permitidos para a substância.
A ocratoxina A é uma micotoxina produzida por fungos que pode estar presente em diversos alimentos, como cereais, frutos secos, café, cacau e uvas. A substância pode causar danos ao fígado, rins e sistema nervoso central.
Os países de origem dos lotes apreendidos foram notificados oficialmente pelo Mapa. Os produtos foram devolvidos à sua origem ou condenados para destruição ou desnaturação.
O Mapa mantém o Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/Vegetal) para garantir a segurança alimentar dos consumidores brasileiros. O programa realiza ações de monitoramento da qualidade e segurança dos produtos de origem vegetal por meio do gerenciamento de riscos e do controle oficial na cadeia produtiva.
“O nível de conformidade das uvas-passas importadas para o Brasil é consideravelmente alto, evidenciando que nossas equipes estão sempre atentas para assegurar que apenas produtos de qualidade cheguem ao consumidor, principalmente neste período festivo”, destaca Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal.
O Mapa orienta os Os responsáveis pelos produtos, incluindo embaladores, detentores ou importadores, devem observar os requisitos mínimos de identidade e qualidade estabelecidos pelo Mapa, conforme a Portaria nº 635, para garantir que sejam considerados próprios para consumo. Os limites máximos tolerados para micotoxinas atendem às normas estabelecidas pela Instrução Normativa nº 160/2022 da Anvisa, com análises laboratoriais realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) e pela Rede Credenciada de laboratórios.
consumidores a comprarem uva-passa de fornecedores confiáveis e que tenham boas práticas de fabricação. É importante também verificar a validade do produto e a presença de fungos ou manchas.
