A Petrobras (PETR4) enfrentou um cenário desafiador no quarto trimestre de 2024, registrando um lucro líquido de R$ 31,043 bilhões, indicando uma baixa de 28,4% em relação ao ano anterior. O resultado divulgado ficou abaixo das expectativas do consenso LSEG, que estimava R$ 35 bilhões. A empresa apontou que o lucro líquido foi impactado negativamente em R$ 9,9 bilhões, principalmente devido a despesas com impairment e abandono de áreas, apesar de ser parcialmente compensado pelo efeito líquido na apuração do imposto de renda.
A reação do mercado foi imediata, com as ações da Petrobras abrindo com uma queda de 12% nesta sexta-feira, 8. O anúncio do corte na distribuição de dividendos e a queda no lucro desencadearam uma forte reação nos recibos de ações (ADRs) da Petrobras nos Estados Unidos, com uma queda de 10% no pós-mercado. Esse declínio se aprofundou ainda mais pela manhã, ultrapassando 12%, afetando significativamente o desempenho da bolsa brasileira, dada a relevância da Petrobras na composição do Ibovespa.
A empresa comunicou que o conselho aprovou o pagamento de R$ 14,2 bilhões em dividendos, seguindo a fórmula que estabelece o equivalente a 45% do fluxo de caixa livre. No entanto, a ausência de dividendos extraordinários desapontou parte do mercado, contribuindo para a pressão sobre as ações. O resultado negativo da Petrobras sinaliza desafios no setor, ampliando as incertezas e impactando o mercado acionário. O desempenho futuro da empresa dependerá das estratégias adotadas para lidar com essas adversidades e restabelecer a confiança dos investidores.
