Neste sábado (6), o Brasil perdeu uma de suas figuras mais queridas e influentes: o cartunista Ziraldo Alves Pinto, aos 91 anos. Ziraldo faleceu em seu apartamento no bairro da Lagoa, no Rio de Janeiro, deixando para trás um legado artístico inestimável.
Nascido em Caratinga, na Região Leste de Minas Gerais, Ziraldo ganhou fama e reconhecimento por suas obras memoráveis, sendo especialmente aclamado por sua criação mais emblemática, “O Menino Maluquinho”. Desde o seu lançamento, esta história encantadora cativou gerações de leitores e foi adaptada para livro e série televisiva, tornando-se um ícone da literatura infantojuvenil brasileira.
No entanto, o talento de Ziraldo não se limitava apenas ao universo do Menino Maluquinho. Ele era um verdadeiro multiartista, tendo se destacado como cartunista, chargista, escritor, pintor, dramaturgo, cronista, apresentador e humorista ao longo de mais de seis décadas de carreira. Formado em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1957, Ziraldo demonstrou sua versatilidade e genialidade em diversas áreas.
Infelizmente, nos últimos anos, sua saúde foi comprometida por três acidentes vasculares cerebrais a partir de 2018, o que o levou a se afastar de suas atividades habituais, incluindo entrevistas, por recomendação médica.
Além de “O Menino Maluquinho”, Ziraldo também é lembrado por outras criações notáveis, como a revista em quadrinhos “A Turma do Pererê”, que também conquistou uma adaptação audiovisual. Seu primeiro livro, “Flicts”, lançado em 1969, é uma obra tocante que conta a história de um tom solitário de bege em busca de pertencimento entre as cores do arco-íris.
Atualmente, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro (RJ) presta uma homenagem ao legado de Ziraldo com a exposição interativa “Mundo Zira”, que oferece aos visitantes uma imersão na trajetória artística desse grande mestre dos quadrinhos brasileiros.
A partida de Ziraldo deixa uma lacuna imensa no cenário cultural do país, mas seu legado continuará vivo através de suas obras atemporais, que continuarão a encantar e inspirar gerações futuras. Que sua memória e contribuições para a cultura brasileira sejam sempre lembradas e celebradas com carinho e admiração.
