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Vai faltar arroz no Brasil?

Governo Federal. Associações e Federação se manifestam sobre o mercado de arroz no Brasil.

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Foto: Thales Brandão

A preocupação com a possível escassez de arroz no Brasil devido às enchentes no Rio Grande do Sul tem gerado debates e medidas preventivas por parte do governo e entidades do setor. Produtores de arroz e supermercados se manifestaram, tranquilizando a população quanto ao abastecimento, mas o governo federal optou por autorizar a importação do grão como precaução.

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) asseguram que não há risco iminente de desabastecimento de arroz no país, apesar das preocupações geradas pelas condições climáticas desfavoráveis na principal região produtora. Com o intuito de evitar especulações e garantir a estabilidade do mercado, o governo federal publicou uma medida provisória autorizando a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz.

Segundo a Medida Provisória nº 1.217, de 9 de maio de 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estará encarregada de realizar leilões públicos para a importação do grão, com preferência para pequenos varejistas das regiões metropolitanas. A expectativa é adquirir inicialmente 200 mil toneladas de arroz, priorizando os países do Mercosul como Argentina, Uruguai e Paraguai, além da possibilidade de importação da Bolívia.

Por meio de uma ação conjunta dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (MAPA) e da Fazenda (MF), será estabelecida, com base em proposta da Conab, a quantidade de arroz a ser adquirida, bem como os limites e as condições para a venda do produto, inclusive considerando a possibilidade de aplicação de deságio. Além disso, foi autorizada a inclusão nos leilões dos custos relacionados ao preço da sacaria e ao transporte do produto até os locais de entrega determinados pela Companhia. A medida provisória também dispensa a exigência de certificação prevista na Lei nº 9.973/2000, que trata do sistema de armazenagem de produtos agropecuários, visando a agilizar as operações.

Apesar das adversidades, a Federarroz relata que 83% da área prevista para a safra já foi colhida, com boa qualidade e produtividade. O presidente da entidade, Alexandre Velho, enfatiza a capacidade do Rio Grande do Sul em garantir o abastecimento interno, ressaltando que, mesmo com eventuais dificuldades logísticas, o estado dispõe de um volume suficiente para suprir a demanda nacional.  De acordo com a Federarroz, os dados oficiais indicam que 84% da área cultivada já foi colhida antes do início das chuvas, com uma projeção para a safra 2023/2024 em torno de 7.150 mil toneladas, representando uma redução de apenas 1,24% em relação à safra anterior.

A Associação Brasileira de Supermercados também tranquiliza os consumidores, informando que o abastecimento no varejo está normalizado, tanto nas lojas físicas quanto no e-commerce. Contudo, a entidade reforça a importância de evitar estoques excessivos em casa, garantindo que todos tenham acesso ao produto.
Apesar das garantias de que há estoque suficiente para atender toda a população, alguns supermercados estão limitando a venda de arroz aos clientes finais. Essa medida restritiva, adotada por alguns estabelecimentos, visa controlar a demanda e evitar possíveis episódios de escassez do produto nas prateleiras. Embora a restrição possa causar algum desconforto aos consumidores, é uma estratégia temporária para garantir que o arroz esteja disponível para todos, especialmente em momentos de incerteza quanto ao abastecimento – devido a dificuldade logística e importação do cereal pela Conab.

Em um cenário de incertezas, as medidas preventivas adotadas pelo governo e a garantia de abastecimento por parte das entidades do setor são fundamentais para manter a estabilidade do mercado e assegurar o acesso da população ao arroz.

Como ajudar a população do Rio Grande do Sul:
Se preferir, visite o site https://www.paraquemdoar.com.br/ para escolher uma instituição séria para realizar a sua doação.

O Governador Eduardo Leite anunciou a abertura de um canal direto em parceria com o Banrisul para aqueles que desejam contribuir com doações para ajudar a população afetada pelo colapso das chuvas no Rio Grande do Sul.

“SOBRE AS DOAÇÕES: Estamos reativando a chave PIX para  receber doações. A chave PIX é vinculada ao CNPJ: 92.958.800/0001-38. Esta é uma conta SEGURA para doações, administrada pelo Estado e supervisionada por entidades competentes.”

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