A 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo aprovou nesta segunda-feira o pedido de recuperação judicial da Polishop, varejista de eletrodomésticos, com uma dívida que soma R$ 352 milhões. A decisão, assinada pelo juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, confirma que a Polishop preenche os requisitos legais para o requerimento, suspendendo execuções, arrestos e penhoras contra a empresa por um período de 180 dias.
Detalhes da decisão judicial
Conforme a decisão judicial, a administradora judicial, Cabezón Administração Judicial, deverá apresentar, em 48 horas, um termo de compromisso. Em 15 dias, é exigida a apresentação de uma proposta de trabalho e remuneração, além do primeiro relatório sobre o andamento do processo. A Polishop também deve fornecer contas mensais e documentos relevantes, como extratos bancários e comprovantes de recolhimento de impostos e encargos sociais.
Próximos passos para os Credores
Um edital será publicado para que os credores apresentem habilitações ou divergências no prazo de 15 dias, diretamente à administradora judicial. Esse processo é crucial para assegurar que todas as reivindicações sejam consideradas no plano de recuperação judicial.
Impactos da Crise no Varejo
O setor varejista ainda enfrenta os efeitos da pandemia da covid-19, que exacerbou as dificuldades financeiras devido à alta taxa de juros e ao crescimento da inadimplência. A Polishop, conhecida por seus 54 pontos de venda no Brasil, não foi exceção e acumulou uma dívida significativa de R$ 352 milhões.
Entramos em contato com a equipe de comunicação da Polishop, mas até o fechamento desta matéria, não recebemos uma resposta. O espaço permanece aberto para uma nota oficial da empresa.
A aprovação do pedido de recuperação judicial é um passo importante para a Polishop, que agora tem a oportunidade de reestruturar suas finanças e tentar superar a crise. A próxima fase envolve o engajamento dos credores e a implementação de um plano eficaz de recuperação.