O horário de verão é uma prática adotada em diversos países para otimizar o uso da luz natural, adiantando os relógios em uma hora durante parte do ano. O principal objetivo dessa medida é economizar energia elétrica, principalmente no início da noite, quando o consumo de eletricidade tende a aumentar devido à necessidade de iluminação. No Brasil, essa prática foi aplicada por décadas, sendo suspensa em 2019, mas com discussões recentes sobre sua possível retomada pelo governo.
Historicamente, o horário de verão proporcionou economia de energia elétrica, principalmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, que possuem maior demanda durante o período noturno. A medida é eficaz porque, ao estender a duração da luz natural, reduz-se a necessidade de consumo em horários de pico. Além da economia de energia, o horário de verão pode ter impactos positivos no setor produtivo, com redução de custos operacionais e até melhora no fluxo de atividades econômicas.
Com o aumento das preocupações sobre o consumo energético e a demanda por sustentabilidade, surgem novamente discussões sobre a volta do horário de verão no Brasil. Alguns especialistas apontam que, apesar dos avanços tecnológicos, como o uso de lâmpadas de LED e aparelhos mais eficientes, a economia gerada pela prática ainda seria relevante, especialmente diante da crescente pressão sobre os sistemas elétricos e a busca por fontes renováveis de energia.
Para o atual governo, a retomada do horário de verão poderia ser uma medida estratégica para amenizar possíveis crises energéticas e estimular hábitos mais sustentáveis. Além disso, a economia proporcionada pode aliviar os custos de produção de energia em um momento em que os preços de combustíveis e outras fontes energéticas estão em alta, impactando diretamente os consumidores e a indústria.
No entanto, a decisão ainda depende de uma análise detalhada sobre os reais benefícios para o país. Se implantado novamente, o horário de verão poderá trazer vantagens econômicas e contribuir para a redução de gastos com eletricidade, beneficiando tanto o governo quanto os consumidores.
A discussão sobre a volta do horário de verão ganhou força dentro do governo federal, especialmente diante da escassez de chuvas, aumento das temperaturas e agravamento da seca no Brasil. Com grande parte da energia nacional proveniente de usinas hidrelétricas, a mudança no horário em diversos estados pode ser uma estratégia eficaz para reduzir o consumo de eletricidade. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a medida poderia contribuir para estabilizar o preço da energia. O vice-presidente Geraldo Alckmin também endossou a proposta, ressaltando a importância de medidas complementares de economia de energia. Criado em 1931 e em vigor até 2019, o horário de verão foi revogado pelo governo anterior, mas sua possível retomada volta a ser vista como uma solução para enfrentar os desafios energéticos do país.