O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024, em comparação com o trimestre anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho foi impulsionado principalmente pelos setores de Serviços e Indústria, que avançaram 0,9% e 0,6%, respectivamente. Em contrapartida, a Agropecuária apresentou queda de 0,9% no período.
No total, o PIB do terceiro trimestre somou R$ 3,0 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 414,0 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Serviços: O setor de Serviços foi o grande motor do crescimento, com destaque para Informação e Comunicação (2,1%), Outras Atividades de Serviços (1,7%) e Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados (1,5%).
Indústria: Dentro da Indústria, o melhor desempenho veio das Indústrias de Transformação, que cresceram 1,3%. No entanto, houve retrações em Construção (-1,7%) e Eletricidade e Gás, Água, Esgoto e Gestão de Resíduos (-1,4%).
Agropecuária: O segmento agropecuário enfrentou um recuo de 0,8%, influenciado por quedas na produção de milho (-11,9%) e laranja (-14,9%), segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola.
Sob a perspectiva do consumo, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu 1,5%, enquanto a Despesa de Consumo do Governo aumentou 0,8%. A Formação Bruta de Capital Fixo, indicador de investimento, apresentou alta significativa de 2,1%.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o PIB avançou 4,0%. O setor de Serviços cresceu 4,1%, enquanto a Indústria registrou alta de 3,6%. O segmento de Agropecuária, entretanto, contraiu-se em 0,8%.
A taxa de investimento alcançou 17,6% do PIB, um aumento em relação aos 16,4% registrados no mesmo período do ano passado. Por outro lado, a taxa de poupança foi de 14,9%, abaixo dos 15,4% observados no terceiro trimestre de 2023.
O resultado positivo reforça a recuperação econômica do Brasil em 2024, ainda que com desafios pontuais, como o desempenho mais fraco da Agropecuária. O IBGE também destacou que as séries trimestrais foram revisadas, incorporando novas metodologias e atualizações de dados, refletindo uma visão mais precisa da economia.
Com o crescimento acumulado de 3,3% até setembro, o país mantém um ritmo sólido de recuperação, consolidando expectativas positivas para o fechamento do ano.