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Dólar a R$ 6,38? Google exibe valor incorreto e AGU solicita investigação

Plataforma já havia mostrado cotações divergentes em novembro deste ano.

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Reprodução/Google

Nesta quarta-feira (25/12), a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao Banco Central do Brasil informações detalhadas sobre possíveis inconsistências na cotação do dólar exibida na plataforma de buscas do Google. Durante o feriado de Natal, o buscador apresentou o valor de R$ 6,38, R$ 0,20 acima do último fechamento oficial registrado em 23/12, que foi de R$ 6,18.

A Procuradoria-Geral da União (PGU), órgão vinculado à AGU, poderá atuar no caso caso sejam constatadas irregularidades. Segundo o advogado-geral da União, Jorge Messias, o objetivo é combater a disseminação de dados econômicos equivocados que possam gerar impactos para a sociedade brasileira.

A cotação oficial do dólar no Brasil, chamada Ptax, não é definida em dias de feriado. Contudo, a exibição do valor inflacionado pela plataforma causou estranheza, especialmente por sua divergência com o último fechamento. A AGU argumenta que, mesmo sem definição oficial, a apresentação de valores inconsistentes pode induzir usuários ao erro e afetar decisões financeiras.

No ofício encaminhado ao Banco Central, a AGU solicitou:
A cotação oficial do dólar no Brasil durante o feriado de 25/12;
Dados sobre o valor da moeda norte-americana em outros países na mesma data;
Informações sobre como cotações internacionais podem influenciar a exibição de valores no Brasil durante feriados.

Este não é o primeiro caso envolvendo o Google e a exibição de valores divergentes para a moeda norte-americana. Em novembro deste ano, a plataforma mostrou o dólar cotado a R$ 6,18, enquanto o valor real na ocasião era de R$ 5,74. Naquele momento, a empresa reconheceu o erro e afirmou que tomaria medidas corretivas para evitar novos problemas.

Após a notificação da AGU, o valor de R$ 6,38 foi retirado das buscas no Google.  O Banco Central ainda não se manifestou sobre o pedido da AGU, mas há expectativa de que as informações sejam fornecidas em caráter de urgência. A investigação busca esclarecer se o erro foi resultado de uma falha técnica, de fontes de dados não oficiais ou de outro fator que comprometa a transparência das informações econômicas.

O caso levanta um alerta sobre a necessidade de supervisão e rigor na divulgação de informações econômicas em plataformas digitais, especialmente em serviços amplamente utilizados como o Google. Dados incorretos podem gerar prejuízos para empresas, investidores e consumidores que confiam nesses sistemas para tomar decisões financeiras.

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