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O que fazer se você cair em um golpe do Pix?

Notifique imediatamente o banco e registre a ocorrência em uma delegacia. Informe seus contatos sobre a invasão para evitar que mais pessoas sejam vítimas.

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O Pix, ferramenta revolucionária de pagamentos instantâneos no Brasil, trouxe agilidade e praticidade para milhões de usuários. Contudo, com a popularidade, também surgiram riscos de fraudes. Se você foi vítima de um golpe, saiba que existem medidas para tentar recuperar o valor e proteger sua segurança financeira.  Um dos golpes mais comuns envolve a invasão de contas do WhatsApp. Após obter acesso ao aplicativo, os criminosos exploram a agenda de contatos da vítima e enviam mensagens fraudulentas para amigos e familiares, solicitando transferências via Pix, geralmente sob pretextos urgentes ou emocionais.

Se você cair em um golpe, é possível registrar um pedido de devolução do valor por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central. O processo deve seguir os seguintes passos:

Prazo para registrar o pedido:

  • O pagador tem até 80 dias para registrar a solicitação.
  • O recebedor tem 30 dias, após o bloqueio dos valores, para contestar o pedido.

Registro de contestação:

  • Pessoa Física: Faça a contestação diretamente no aplicativo do banco ou pela Central de Relacionamento.
  • Pessoa Jurídica: O registro deve ser feito exclusivamente pela Central de Relacionamento do banco.

No app do Banco do Brasil, por exemplo, o processo é simples:

Acesse a aba “Extratos”.
Selecione a transação suspeita.
Clique em “Contestar Lançamento” e siga as instruções.

A instituição recebedora avaliará o pedido e notificará o resultado.

A instituição financeira do pagador abre uma notificação para a instituição do recebedor.
Se a solicitação for aceita, o valor da transação é bloqueado na conta do recebedor durante o período de análise.
Caso a devolução seja aprovada, o dinheiro é estornado, integral ou parcialmente, dependendo do saldo disponível na conta do recebedor.
Se a conta do recebedor estiver encerrada ou o saldo for insuficiente, a devolução pode ser inviabilizada.

O MED é acionado em dois cenários principais:
Confirmação de golpe: Quando o Pix foi utilizado de forma fraudulenta.
Falha operacional: Problemas técnicos nas instituições envolvidas na transação.
O MED não cobre casos de desacordos comerciais ou erros de digitação da chave Pix.

Bloqueio cautelar: uma proteção adicional
Outra ferramenta para combater fraudes é o Bloqueio Cautelar, regulamentado pela Resolução BCB nº 147/21. Ele permite que instituições financeiras bloqueiem temporariamente valores recebidos em caso de suspeita de fraude, garantindo tempo para análise detalhada.

O bloqueio, válido por até 72 horas, aplica-se apenas a contas de pessoas físicas. Durante esse período, a instituição verifica se há indícios de irregularidades e toma as medidas cabíveis.

A devolução nem sempre é garantida. Mesmo quando a instituição recebedora concorda com a solicitação, o valor estornado depende:
Do saldo disponível na conta do recebedor.
Do status da conta (ativa ou encerrada).
A devolução pode ser feita em parcelas, caso o valor total não esteja disponível imediatamente.

Com ferramentas como o MED e o Bloqueio Cautelar, o Banco Central busca equilibrar inovação e proteção no sistema financeiro. Para prevenir fraudes, siga boas práticas, como verificar destinatários, evitar transferências suspeitas e relatar imediatamente qualquer irregularidade ao banco.

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