A Petrobras anunciou um reajuste no preço do diesel A para as distribuidoras a partir desta quinta-feira, 1º de fevereiro. O valor médio passará a ser de R$ 3,72 por litro, representando um aumento de R$ 0,22 por litro, o equivalente a 6,29%.
Com a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para a composição do diesel B comercializado nos postos, a participação da Petrobras no preço final ao consumidor será de aproximadamente R$ 3,20 por litro. Esse aumento corresponde a um acréscimo de R$ 0,19 no valor do diesel B.
Esse é o primeiro ajuste no preço do diesel A desde dezembro de 2023, quando houve uma redução no valor. O último aumento do combustível ocorreu em outubro de 2023. Apesar do reajuste atual, a Petrobras destaca que, desde dezembro de 2022, o preço do diesel acumula uma redução de R$ 0,77 por litro, o que representa uma queda de 17,1%. Quando ajustado pela inflação do período, essa redução chega a R$ 1,20 por litro, ou 24,5%.
O aumento no preço do combustível foi pauta de reuniões realizadas nesta semana entre representantes do governo federal e a Petrobras. Na última segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com a presidente da estatal, Magda Chambriard, para discutir o reajuste. Também participaram da reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).
O reajuste no preço do diesel pode gerar impactos significativos em diversos setores da economia, especialmente no transporte de cargas e no custo dos alimentos. Como o diesel é amplamente utilizado por caminhões, ônibus e outros veículos de transporte de mercadorias, a alta no combustível tende a refletir no aumento dos custos logísticos.
No setor alimentício, o repasse do aumento pode elevar o preço dos produtos nos supermercados, já que a maior parte dos itens comercializados no Brasil depende do transporte rodoviário. Além disso, setores como o agronegócio, que utiliza maquinários movidos a diesel, também podem sentir os efeitos do reajuste.
Especialistas apontam que o impacto no bolso do consumidor dependerá do repasse feito pelas transportadoras e empresas ao longo da cadeia produtiva. Em momentos de alta nos combustíveis, normalmente há um efeito cascata que pode resultar em inflação no preço final de bens e serviços.
O novo reajuste reforça a importância da busca por alternativas logísticas mais sustentáveis e eficientes, além de debates sobre a política de preços dos combustíveis no Brasil.
