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Brasileiros lideram boicote à American Airlines após caso com Ingrid Guimarães

A marca adotou a prática de downgrade, que fere os direitos do consumidor ao rebaixar passageiros para uma classe inferior à contratada, sem consentimento ou compensação adequada.

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Reprodução/Instagram
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A atriz Ingrid Guimarães usou as redes sociais no último domingo (9) para denunciar a companhia American Airlines por coação, após supostamente ter sido ameaçada e forçada a trocar de lugar com um passageiro durante um voo de Nova York para o Rio de Janeiro. Segundo a atriz, ela foi obrigada a ceder seu assento na classe premium economy para beneficiar um passageiro da classe executiva.

Guimarães relatou ter sido surpreendida quando um funcionário da companhia a informou que ela teria que se retirar e ir para a classe econômica. O motivo alegado foi um problema no assento de um passageiro da classe executiva, que precisaria ficar com o lugar da atriz na premium economy.

“Eu disse que não ia sair do meu lugar, que não conhecia essa regra e que era meu direito. Eles começaram a me coagir, dizendo que eu nunca mais viajaria de American Airlines. Eu disse: ‘tudo bem’. Aí foram aparecendo três pessoas, todas me ameaçando e dizendo que o voo não ia sair, que todo mundo ia ter que descer do avião por minha causa”, relatou a atriz. “Em nenhum momento perguntaram minha opinião, nem me explicaram, apenas exigiram que eu levantasse, com ameaças”. De acordo com a atriz, a companhia justificou que a escolha para a troca de assentos se deu porque, entre todos os passageiros da premium economy, ela era uma “mulher viajando sozinha”.

Em resposta à atriz no X (antigo Twitter), a companhia aérea afirmou: “Seus comentários nos preocupam. Fale conosco via DM (mensagem privada) e nos informe seu código de confirmação [da passagem] e mais informações sobre o ocorrido”. Como compensação, Ingrid recebeu um voucher de US$ 300 de desconto para uma futura passagem, o que ela considerou insuficiente diante da situação. “Coação, abuso moral, desrespeito e ameaças. Em troca, deram um voucher sem me explicar nada, apenas um papel na minha mão dizendo que eu tinha um descontinho de 300 dólares”, desabafou a atriz.

A repercussão do caso gerou uma onda de indignação nas redes sociais, especialmente entre consumidores brasileiros, que passaram a promover um movimento de boicote à American Airlines. Comentários no perfil oficial da companhia no Instagram demonstram a revolta dos passageiros.

“Não vendemos mais nenhum bilhete desta empresa. Convido meus colegas consultores de viagens a fazerem o mesmo! RESPEITE O BRASILEIRO! Respeite o CLIENTE…”, afirmou uma proprietária de uma agência de turismo.

Outra internauta reforçou a mobilização: “Acharam que iriam tirar uma mulher ‘sozinha’ do lugar, né?! Mas ELA NÃO ESTÁ SOZINHA!”.

Há também críticas ao atendimento da American Airlines. “As piores comissárias entre tantas cias aéreas globais são as da American Airlines. Grossas, mal-humoradas, rudes e indelicadas. Sempre fujo dessa companhia. Não respeitam os passageiros e acham que estão nos fazendo um favor quando, na verdade, pagamos muito caro para estar ali”, escreveu uma usuária.

Na postagem da atriz, um consumidor relatou ter passado pela mesma situação: “Aconteceu o mesmo comigo há pouco mais de um ano. Uma poltrona da cabine executiva quebrou, e a companhia fez o downgrade meu e da minha esposa da Executiva para a Econômica. Quando questionei por que nós recebemos o downgrade, se o assento danificado não era o meu, me informaram que era porque eu havia pago minha passagem com milhas. Isso mostra que duas coisas não mudaram nesse tempo: a péssima manutenção das aeronaves e o desrespeito da empresa pelos seus clientes”, afirmou Leonardo Tavares.

O downgrade aplicado pela American Airlines refere-se à prática de rebaixar um passageiro para uma classe inferior àquela pela qual ele pagou, sem o seu consentimento ou uma compensação adequada. No caso envolvendo a atriz Ingrid Guimarães, a companhia aérea a obrigou a trocar seu assento na classe Premium Economy por um da classe Econômica, supostamente para acomodar um passageiro da classe Executiva que enfrentou problemas com seu assento original.

Essa prática tem sido considerada ilegal e agressiva porque viola direitos do consumidor, especialmente quando ocorre de forma coercitiva e sem explicação clara. Em muitos países, incluindo os Estados Unidos e o Brasil, companhias aéreas são obrigadas a oferecer reembolsos ou compensações justas quando há downgrade involuntário. Além disso, a maneira como a empresa lidou com a situação gerou grande repercussão negativa, sendo interpretada como coação e abuso moral, já que a atriz relatou ter sido ameaçada a aceitar a mudança de assento.

O CidadeMarketing entrou em contato com a assessoria de imprensa da American Airlines no Brasil e, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.

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