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Consumidores denunciam cremes dentais da Colgate; relatos preocupam e indicam riscos à saúde bucal

Inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral, sensação de ardência, dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão estão entre os principais relatos dos consumidores sobre o uso dos produtos.

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Inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral, sensação de ardência, dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão estão entre os principais relatos dos consumidores sobre o uso dos produtos.
Foto: Thales Brandão
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Consumidores da marca Colgate têm relatado, através das redes sociais e da plataforma ReclameAqui, problemas de saúde bucal após o uso de cremes dentais da marca. Os relatos incluem inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral, sensação de ardência, dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.

A “Colgate Total Prevenção Ativa”, uma nova versão da “Colgate Total 12”, foi lançada em julho de 2024 e apresenta uma mudança significativa em sua formulação: o fluoreto de estanho substituiu o fluoreto de sódio utilizado na versão anterior. Segundo levantamentos, aproximadamente 30 relatos de alergias relacionadas ao uso do creme dental foram registrados no ReclameAqui em apenas 24 horas — e o número de denúncias continua crescendo diariamente. A maioria das denúncias está relacionada à versão Clean Mint da linha Colgate Total 12.

Pelo ReclameAqui, uma consumidora de Curitiba relatou sua experiência:  “Uso há muitos anos as pastas Colgate, especialmente da linha Total. Recentemente, comecei a notar o surgimento de várias aftas na boca e inicialmente atribuí isso à alimentação ou à imunidade. No entanto, ao pesquisar na internet sobre possíveis causas, descobri que diversos consumidores estavam relatando problemas semelhantes após a mudança na fórmula da Colgate Total, que alterou o tipo de flúor utilizado. Os sintomas que venho enfrentando coincidem exatamente com esses relatos. Até o momento, não vi nenhum posicionamento oficial da marca, apenas inúmeras queixas nas redes sociais. O mínimo que a Colgate deveria fazer era oferecer uma reparação pelos danos causados e fornecer orientações sobre essas reações adversas. O que devo fazer? Como serei compensada por isso?”

Apesar da crescente preocupação dos consumidores, a Colgate tem respondido às reclamações com um protocolo padrão de atendimento, oferecendo canais de contato para esclarecimentos adicionais: “Se tiver alguma dúvida adicional ou precisar de mais esclarecimentos, por favor, não hesite em nos contatar pelo telefone 0800 703 77 22, de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h, ou pelo formulário disponível em www.colgate.com.br/contato“.

O perfil oficial da Colgate no Instagram tem recebido uma enxurrada de comentários negativos. Uma postagem fixada da marca, que apresenta uma campanha com a humorista Tata Werneck, já conta com quase 2 mil comentários, a maioria deles de consumidores afetados ou de familiares preocupados com a situação.

“Três meses de terror por causa da pasta ‘Total Prevenção Ativa’. Fui à emergência, consultei-me com diversos especialistas e fiz exames laboratoriais. Nada explicava meus sintomas. Descobri que o problema era a pasta de dente! Aftas, placas brancas, gengivas inflamadas, inchaço embaixo da língua, sensibilidade ao sal e aos temperos me impediram de me alimentar normalmente”, desabafou Aline Dourado.

Outro usuário questionou a postura da empresa: “Após ver os alertas, parei de usar a pasta e melhorei em dois dias. Colgate, como pode deixar isso acontecer? Retirem do mercado esse produto e emitam uma nota de esclarecimento urgente!”.

No site da Colgate, a empresa não menciona explicitamente o uso do fluoreto de estanho na nova fórmula, enquanto a embalagem do produto destaca a mudança com uma assinatura “Nova Fórmula”. Em contrapartida, a empresa promove o ingrediente como um avanço: “Conheça o fluoreto de estanho: um íon derivado do flúr, presente naturalmente na crosta terrestre e em diferentes minerais”.

Reprodução/Site Colgate

A preocupação também se estende a dentistas. A profissional dentista, formada há 20 anos, relatou pelo Instagram que passou por diversas consultas médicas e exames sem conseguir um diagnóstico preciso para seus sintomas. “Sou dentista, formada há 20 anos. Ultimamente comecei a apresentar várias reações e lesões na minha boca que nunca tive antes. Consultei três colegas estomatologistas e até mesmo médico reumatologista e hematologista, fiz vários exames sem diagnóstico conclusivos! Tive irritações intensas após a escovação com essa pasta, suspendi o uso e troquei a marca. Descobri hoje que a fórmula foi alterada com acréscimo do fluoreto de estanho. Peço que revejam essa formulação pois recebi várias reclamações de pacientes que também não tiveram diagnóstico conclusivos e, que agora descobri realmente o agente causador. Grata”, alertou.

Apesar da grande repercussão, a Colgate ainda não se manifestou oficialmente sobre as denúncias. A falta de resposta tem gerado insatisfação entre os consumidores, que cobram um posicionamento transparente da marca.  A situação levanta questionamentos sobre a segurança do produto e a necessidade de um monitoramento mais rigoroso dos impactos da nova fórmula na saúde bucal dos consumidores.

O CidadeMarketing entrou em contato com a equipe de comunicação e assessoria da Colgate-Palmolive para esclarecer a situação e enviou os seguintes questionamentos:

1) A Colgate realizou alguma alteração na fórmula dos cremes dentais, especialmente na Colgate Total Prevenção Ativa, nova versão da Colgate Total 12? Se sim, quais foram as mudanças?
2) Como a empresa está acolhendo e orientando os consumidores afetados?
3) Há previsão para a retirada dos produtos do mercado? O problema identificado afeta apenas alguns lotes ou pode ser generalizado?
4) Quais orientações a Colgate fornece aos consumidores que relataram reações adversas?
5) Existe alguma nota oficial da Colgate sobre o caso?
Assim que recebermos um posicionamento da marca, esta matéria será atualizada com as devidas informações.

Especialistas em defesa do consumidor recomendam que, além de entrar em contato com a Colgate-Palmolive, os consumidores registrem suas queixas no Ministério da Justiça por meio da plataforma Consumidor.gov.br e acionem a Anvisa. No entanto, ao consultar a plataforma do Ministério da Justiça, verificamos que a Colgate-Palmolive não está cadastrada. Para que a empresa seja incluída no sistema, os consumidores podem solicitar o cadastro através do link: https://consumidor.gov.br/pages/principal/sugerir-empresa.

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