Instituto Avon, Uber e Wieden+Kennedy anunciam hoje uma ferramenta para auxiliar mulheres vítimas de violência doméstica durante o período da COVID-19: uma assistente virtual que, por meio de um chatbot, oferece uma forma silenciosa para que as mulheres peçam ajuda e recebam a orientação necessária dentro de suas próprias casas. O recurso busca auxiliar vítimas de violência doméstica – que, de acordo com indicadores, vem aumentando durante o isolamento social.
A partir de agora, mulheres de todo o Brasil que estiverem se sentindo ameaçadas podem buscar ajuda por WhatsApp, por meio do número (11) 94494-2415. Ao acionar esse número, a vítima é contatada por uma assistente virtual, simulando uma pessoa em sua rede de contatos, para melhor entender sua situação. A ideia é não despertar a atenção do agressor.
Depois de responder a algumas perguntas para identificar o grau de risco que corre, a vítima receberá o suporte apropriado. Caso seja necessário buscar hospital, unidade de saúde, delegacia ou centro de atendimento que preste serviço e assistência social e psicológica e orientação jurídica às mulheres em situação de violência, ela receberá um código promocional para solicitar uma viagem de forma gratuita no aplicativo da Uber e se deslocar com independência.
A iniciativa, que faz parte do compromisso global da Uber de fornecer em todo o mundo 10 milhões de viagens para pessoas em necessidade durante a pandemia, é acompanhada por projetos em mais de 16 países que buscam ajudar vítimas de violência doméstica.
No Brasil, a ação é uma parceria com o Instituto Avon e integra o programa Você Não Está Sozinha, com ações e serviços desenhados em resposta ao aumento da violência contra mulheres e meninas no contexto da pandemia. Para a viabilização das ações, o Instituto Avon selou parcerias com a iniciativa privada e a sociedade civil para mitigar os impactos do isolamento na vida de mulheres e meninas por meio da prestação de serviços essenciais para aquelas em situação de violência.
“A violência contra a mulher é um problema complexo que também está espalhado por nossa sociedade. Temos um compromisso com esse combate e não vamos esquecê-lo neste período de isolamento social. Queremos colaborar com iniciativas que ajudem a avançar nessa questão. Por meio desse projeto conseguimos ajudar quem precisa unindo a tecnologia – que propicia o alcance em grande escala – e a mobilidade para movimentar o que mais importa neste momento.”, comenta Claudia Woods, diretora-geral da Uber para o Brasil.
“O enfrentamento à COVID-19 requer a união entre iniciativa privada, governos e sociedades, bem como a implementação de ações inovadoras para problemas antigos, que se intensificaram diante desta pandemia, como a violência doméstica. Por isso, a parceria com a Uber e a Wieden+Kennedy é tão importante para o Instituto Avon. As mulheres que estão em situação de violência precisam de recursos rápidos para buscar ajuda e orientação, incluindo transporte, em casos mais urgentes que demandam o deslocamento da vítima e de sua família”, acrescenta Daniela Grelin, diretora-executiva do Instituto Avon.
Mariana Borga, diretora de criação da agência Wieden+Kennedy, revela que “ficamos muito felizes com o convite de participar deste projeto. Nosso desafio era criar uma identidade para a ferramenta que pudesse se camuflar entre os contatos da vítima e que, ao mesmo tempo, transmitisse o papel acolhedor da iniciativa”.
Desde 2018 a Uber tem um compromisso público de enfrentamento à violência contra a mulher em parceria com diversas organizações que são autoridade no assunto. Em 2020 a empresa renovou o compromisso com um investimento de R$ 5 milhões nos próximos três anos por meio de projetos com Instituto Patrícia Galvão, Instituto Igarapé, Rede Feminista de Juristas (DeFEMde), Promundo e Fórum Brasileira de Segurança Pública. Além disso, a empresa vem desenvolvendo uma série de recursos de segurança e, por meio do projeto Elas na Direção, que ainda está em fase de expansão, busca oferecer uma oportunidade de geração de renda com flexibilidade para mulheres.
Há 12 anos, o Instituto Avon articula empresas públicas e privadas, organizações sociais e órgãos públicos no Brasil e já destinou mais de R$ 38 milhões para apoiar e proteger mulheres e meninas em situação de violência em quatro frentes: formação e informação, advocacy, engajamento da sociedade e apoio a projetos nas áreas de segurança pública, justiça, saúde e educação no tema. Além disso, já apoiou 225 projetos voltados para o fortalecimento da rede de proteção às mulheres, contribuiu com a formação de mais de 10 mil servidores públicos (profissionais de segurança, justiça, saúde e educação) e viabilizou a aproximação entre mais de 4 mil advogadas e terapeutas voluntárias e mulheres em situação de violência para a prestação de serviços gratuitos por meio do Mapa do Acolhimento, além de 10 mil atendimentos online pelo aplicativo Mete a Colher.