A inflação de setembro acelerou em todas as faixas de renda, tanto na comparação com agosto, quanto frente ao mesmo mês de 2017. É o que revela o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta quarta-feira, 10, pelo Grupo de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
A alta de preços nos grupos “alimentos e bebidas” e “habitação” produziu impacto maior na inflação das famílias mais pobres, com destaque para cereais (1,7%), panificados (0,9%), energia elétrica (0,46%) e aluguel (0,24%).
A inflação do grupo “transportes” – em especial dos combustíveis (4,2%) e das passagens aéreas (16,8%) – pressionou todas as faixas de renda em setembro, mas principalmente as famílias de grande poder aquisitivo, dado o peso desses itens na cesta de consumo dessa classe. O grupo “despesas pessoais”, influenciado pelas altas nos serviços pessoais (0,42%) e recreação (0,3%), também impactou mais intensamente a inflação das classes mais ricas.
No acumulado de 2018, a trajetória da inflação manteve-se mais amena para as famílias mais pobres (3,0%), em comparação com os segmentos de renda mais alta (3,6%). Nos últimos 12 meses encerrados em setembro, as taxas de inflação apresentaram aceleração em todas as faixas.
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