A AMAZ Aceleradora de Impacto, apoiada pelo Fundo JBS pela Amazônia, divulgou o resultado da Chamada 2021, que selecionou seis negócios inovadores que serão acelerados e receberão investimento em 2022. Os selecionados – BrCarbon, Floresta S.A., Inocas, Mahta, Soul Brasil e Vivalá – têm atuação nos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.
As iniciativas escolhidas propõem soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável de produtos e serviços em cadeias de valor estratégicas para a conservação da Amazônia em áreas como créditos de carbono e reflorestamento, produção de óleos, ingredientes amazônicos para alimentação e turismo de base comunitária.
Os seis negócios receberão investimento inicial de R$ 200 mil, com possibilidade de reinvestimento (follow) de outros R$ 400 mil ao final do processo. Esse grupo foi escolhido dentre 156 inscritos na Chamada 2021, que, em um primeiro momento, selecionou 12 iniciativas para um processo de pré-aceleração. Essa imersão, juntamente com as diligências realizadas pelo time da AMAZ para conhecer melhor a atuação de cada um deles e a realização de pitchs, resultaram na escolha.
“A experiência com a AMAZ mostra que o ecossistema de negócios ligados à conservação da floresta tem um enorme potencial de crescimento na Região Amazônica. Os seis selecionados possuem projetos de alta qualidade e diversidade de empreendedores, todos com propósito de gerar impacto ambiental e social de forma concreta. O Fundo JBS pela Amazônia tem participado ativamente desse processo e quer estimular o crescimento de negócios ligados à bioeconomia da floresta”, destaca Andrea Azevedo, diretora de Programas e Projetos do Fundo.
O potencial de impacto dos negócios, entre cinco e dez anos, inclui mais de um milhão de hectares de florestas preservados, mais de 700 mil toneladas de CO2 de emissão de carbono evitadas anualmente, 3.700 hectares de florestas recuperadas, centenas de famílias beneficiadas e injeção de cerca de R$ 30 milhões em comunidades locais.
“Ficamos muito impressionados com a qualidade dos negócios, a escala de impacto que podemos alcançar, e o potencial de construir na prática uma nova economia aliada à conservação florestal na Amazônia.”, avalia Mariano Cenamo, CEO da AMAZ.
A AMAZ é um dos seis primeiros projetos selecionados pelo Fundo JBS pela Amazônia, em junho deste ano, os quais irão receber um valor de R$ 50 milhões de investimento. Com isso, a entidade constituída pela JBS em setembro de 2020 busca promover ações de conservação e preservação do bioma amazônico, a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais e o desenvolvimento científico e tecnológico da região.
Conheça os negócios selecionados pela AMAZ
► BrCarbon: Climate Tech brasileira voltada à conservação florestal e restauração ecológica especializada em projetos de carbono. Com equipe altamente qualificada, utiliza estratégias inovadoras e tecnologia de ponta para acelerar, multiplicar e consolidar projetos de carbono e gestão florestal no Brasil.
► Floresta S.A.: Implanta modelos regenerativos de produção agroflorestal em escala, com um portfólio de 10 culturas agrícolas e madeireiras. Além de produtos da bioeconomia, traz ao mercado financeiro oportunidade de investimento direto em agrofloresta na Amazônia, com rentabilidade alvo de 17% ao ano.
► Inocas: Tem como objetivo gerar uma alternativa ao óleo de soja e palma, alavancando a cadeia produtiva da macaúba como fonte de óleos vegetais sustentáveis. O piloto da companhia está localizado na região do bioma cerrado no Alto Paranaíba, em MG, e terá implementado, até o final de 2021, o plantio de 2.000 hectares de macaúba em sistema agrossilvipastoril (árvores associadas com cultivos agrícolas e atividade pecuária) em parceria com agricultores familiares. Com a entrada na AMAZ, a empresa expandirá sua atuação para a Amazônia Legal em 2022.
► Mahta: Foodtech que atua na área de suplementos alimentares produzidos com ingredientes predominantemente provenientes de comunidades amazônicas. Objetiva gerar inovação e valor, além de reduzir os impactos ambientais negativos, por meio de cadeias produtivas com a participação de comunidades locais, modelo que pode ser replicado para uma mudança sistêmica na indústria alimentícia. Simultaneamente, entregará valor nutricional diferenciado aos consumidores, impulsionando a conservação e regeneração da Amazônia.
► Soul Brasil Cuisine: Tem como missão apresentar produtos com ingredientes da biodiversidade brasileira, especialmente a amazônica, sustentáveis, orgânicos, veganos e livres de substâncias artificiais para o Brasil e o mundo. Está no mercado há quase três anos, principalmente em empórios e supermercados do eixo Rio e São Paulo, além de exportar para Estados Unidos e Europa. Os produtos têm certificação orgânica.
► Vivalá: Realiza expedições em Unidades de Conservação brasileiras por meio do turismo de base comunitária. Promove o desenvolvimento socioambiental do país de modo inovador, unindo em expedições vivências com comunidades e natureza. Já engajou mais de 900 viajantes de 10 países e injetou R$ 627 mil diretamente em comunidades tradicionais pela compra de serviços de base comunitária.