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Inovação aberta favorece participação de pequenos negócios em processos inovadores de grandes empresas

Tema foi destaque durante o segundo dia do Congresso Brasileiro da Inovação da Indústria, realizado em São Paulo, em formato híbrido

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A inovação aberta tem possibilitado que pequenos negócios contribuam no desenvolvimento de soluções tecnológicas de grandes empresas. É o caso da startup ShowKase, especializada em soluções de e-commerce 360º, que em 2019, com o apoio do Sebrae, participou de um projeto de inovação aberta para digitalizar os lojistas que compravam de um grande player do varejo nacional. Nesta quinta-feira (10), o CEO da empresa, Jefferson Araújo, compartilhou a experiência para a plateia do painel “O essencial em estratégias corporativas de inovação aberta”, do Congresso Brasileiro da Inovação da Indústria. O evento é uma realização do Sebrae em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo Jefferson, a experiência de inovação aberta fez toda a diferença para que a empresa desse um salto no mercado, com grandes resultados. Para que projetos como esse alcancem o sucesso, o CEO acredita que deve haver uma conscientização dos dois lados. “ Tanto a startup que tem que estar apta para conversar com as grandes empresas, quanto essas precisam ter um ecossistema preparado para receber essa startup”, avaliou.

O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, também participou do painel do Congresso. Além de destacar o esforço do Sebrae para que a estratégia de inovação aberta seja permanente entre os pequenos negócios, ele reforçou a necessidade de dar visibilidade e sistematizar a oferta de inovação para as grandes empresas. “Primeiro, é preciso organizar minimamente para que os pequenos negócios sejam capazes de fazer essas conexões. Então, nosso trabalho vai desde ajudar na identificação de potenciais, como as startups, bem como habilitando-as para acesso a recursos e – mais recentemente – com a oferta de bolsas de inovação”, declarou.

Mediadora do painel, a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, por sua vez, ressaltou a inovação aberta como uma estratégia complementar para que as empresas possam inovar. Segundo ela, é preciso que o espírito seja de cooperação entre os diversos atores e parceiros. “Deve haver a compreensão de que a colaboração é fundamental para as nossas empresas para que juntos possamos de fato desenvolver o Brasil”, pontuou.

Na ocasião, a líder global de P&D da Natura, Roseli Mello, aproveitou a oportunidade para compartilhar as experiências da empresa com inovação aberta. Segundo ela, há 20 anos, a Natura deu o primeiro passo ao realizar o primeiro programa de colaboração com a comunidade científica. Atualmente a empresa desenvolve dois programas, o Natura Campus e o Natura Startups que se apoia nessa estratégia. “Eu acredito que além de uma questão cultural da empresa, essa também é uma questão de persistência e organização”, comentou.

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